Ao desabar de 44% para 34%, Dilma perdeu cerca
de 30% das
intenções de voto de fevereiro a junho.
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Pesquisa Datafolha concluída nesta quinta-feira (5) confirma
a lenta tendência de queda de intenções de voto pela reeleição da presidente
Dilma Rousseff. Em relação a maio, data do levantamento anterior, ela variou de
37% para 34%. Desde fevereiro, já caiu dez pontos percentuais.
Os principais adversários da petista, porém, não estão
conseguindo tirar proveito disso. Juntos, eles somavam 38% na pesquisa
anterior. Agora, recuaram para 35%. Em relação a maio, os dois principais
rivais de Dilma variaram negativamente. O senador Aécio Neves (MG),
pré-candidato do PSDB à Presidência, oscilou um ponto para baixo. Agora está
com 19%.
Movimento mais brusco ocorreu com o ex-governador de
Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que recuou quatro pontos. Com 7%, ele aparece
em situação de empate técnico com o Pastor Everaldo Pereira (PSC), 4%.
A nova rodada do Datafolha mostra que o que cresceu de forma
notável entre maio e agora foi o total de eleitores que não sabem em quem
votar, de 8% para 13%. Além disso, outros 17% afirmam que pretendem votar nulo,
em branco ou em nenhum dos candidatos apresentados.
Combinados, esses números podem ser um sinal de forte
desalento em relação à disputa. Na comparação com os mesmos períodos de
eleições anteriores, a atual taxa de eleitores sem candidato (30%) é recorde
desde 1989.
A pesquisa sugere que esse comportamento do eleitor é um
reflexo do aumento do pessimismo da população com os rumos da economia do país
e da deterioração das expectativas com inflação, emprego e poder de compra, que
também fizeram cair a aprovação ao governo Dilma. O Datafolha entrevistou 4.337
pessoas entre terça (3) e quinta (5) em 207 municípios. A margem de erro do
levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.
A disputa eleitoral deste ano também poderá ficar marcada
por uma forte tendência de clivagem regional. O maior contraste está entre os
nove Estados da região Nordeste e os quatro do Sudeste. No Nordeste, cujo apoio
foi decisivo para a eleição da presidente em 2010, Dilma ostenta ampla vantagem
sobre seus adversários: 48% para a petista contra 11% de Eduardo Campos e 10%
de Aécio.
No Sudeste, a disputa está mais apertada. Na região mais
populosa do país, Dilma tem 26% e aparece em situação de empate técnico com
Aécio, que foi governador de Minas Gerais e tem 25%. Campos, que governou
Pernambuco, tem 4%. (Folha de São Paulo)
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