A bolsa brasileira ignora a queda dos mercados em Wall
Street e pega carona, mais uma vez, nas pesquisas políticas, na tentativa de
tirar o atraso de 2014. A piora na avaliação da presidente Dilma Rousseff na
pesquisa CNI/Ibope voltou a alimentar as esperanças dos investidores em uma
possível vitória da oposição, caso a corrida presidencial chegue ao segundo
turno.
Na pesquisa, a avaliação positiva do governo Dilma caiu para
36% em março, ante 43% em dezembro. A aprovação pessoal da presidente da
República recuou para 51%, de 56%. Além disso, cresceu a fatia dos que
desaprovam o combate à inflação do governo.
“Essa pesquisa foi uma surpresa, tendo em vista que na
pesquisa do Ibope divulgada na semana passada, Dilma não tinha perdido terreno
para seus opositores”, aponta o economista sênior da INVX Global Partners,
Eduardo Velho. “A bolsa já vinha subindo graças à entrada dos estrangeiros. Ao
que tudo indica, daqui para frente, as pesquisas eleitorais serão o grande
indicador para o mercado, que alimenta uma perspectiva de vitória da oposição
no segundo turno.”
Às 16h35, o Ibovespa subia 3,37%, para 49.580 pontos, com
volume muito forte, de R$ 8,6 bilhões. Porém, segundo operadores, os
estrangeiros estão na ponta vendedora, embolsando ganhos recentes. Assim como
aconteceu na semana passada, quando circularam rumores sobre a pesquisa
eleitoral do Ibope, as ações de estatais lideram os ganhos: Eletrobras ON
dispara 9,84%, seguida de Petrobras PN (7,43%), Petrobras ON (7,18%) e Banco do
Brasil ON (7,01%).
Entre as demais ações de peso do índice, os
ganhos são mais modestos: Vale PNA sobe 1,41%, Itaú PN avança 1,89% e Bradesco
PN tem alta de 3,96%. Apenas Suzano PNA (-0,12%) cai entre as 73 ações do
Ibovespa. (Valor)
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