Por Julio Severo
Se depender de Emir Sader, a direita, ou os conservadores,
já têm seu candidato: Marina Silva. Ele defendeu essa ideia no site esquerdista
Carta Capital. Ora, para que ele tivesse um pingo de razão, ele teria de provar
que:
- Marina não militou durante mais de duas décadas no Partido dos Trabalhadores (PT).
- Marina nunca foi uma ambientalista radical nem foi ministra do Meio-Ambiente no governo Lula.
- Marina nunca ocupou papel de liderança na infame Central dos Trabalhadores (CUT).
- Marina nunca teve papel de liderança na Rede Sustentabilidade, cujos fundadores são a favor do aborto, “casamento” gay e maconha e, além disso, opostos às campanhas evangélicas em defesa da família.
- Marina nunca foi assessorada pelo maior católico
progressista — Leonardo Boff — nem pelo maior protestante progressista — Caio
Fábio.
Marina Silva e Leonardo Boff, da Teologia da Libertação
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Se Emir Sader conseguir provar que Marina não tem esses
envolvimentos, então ele pode começar a argumentar sobre uma possibilidade de
Marina ser conservadora.
Contudo, esse não é o caso. Marina nunca foi conservadora.
Pelo contrário, ela se queixou da “onda de conservadorismo” que quase derrotou
Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2010. A onda conservadora
foi a expressão de fortes sentimentos cristãos contra o aborto e o
homossexualismo. Em vez de se colocar frontalmente contra o histórico e
posições patentemente abortistas e homossexualistas de Dilma e do PT, Marina,
em sua “Carta Aberta aos Candidatos à Presidência da República Dilma e Serra”,
criticou abertamente o que ela enxergou como “esse conservadorismo renitente
que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem
limites.” (Fonte: http://bit.ly/11zFSqq)
O que Sader está fazendo — escolhendo uma esquerdista para
os conservadores — não é novidade. Na última eleição presidencial americana, os
eleitores americanos tinham uma candidata excelente: Michele Bachmann, que é
contra o aborto, o “casamento” gay, a favor da educação escolar em casa, da
liberdade dos pais vacinarem ou não os filhos, etc.
No entanto, a esquerda americana insistia em peso que o
candidato ideal para a direita americana era o mórmon liberal Mitt Romney, que
como governador do estado de Massachusetts legalizou o “casamento” gay.
Massachusetts, sob Romney, foi o primeiro estado americano a legalizar essa
abominação.
Romney era o candidato predileto da esquerda americana para
a direita americana! Estamos num tempo tão difícil que agora, desde os EUA até
o Brasil, quem escolhe candidatos para os conservadores são os próprios
esquerdistas.
Pobre de nós, conservadores! Estamos tão incapacitados de
fazer escolhas que os esquerdistas “bondosamente” indicam seus próprios aliados
para nos representar. É a velha, desgastada e inútil estratégia de “votar no
menos pior ajuda” — sim, sempre acaba ajudando a garantir a perpetuidade da
esquerda no poder.
Michele Bachmann não é nada parecida com Romney, assim como
Marina não é nada parecida com uma cristã conservadora. Michele é uma política
cheia do Espírito Santo, não cheia de Teologia da Libertação. Veja as
referências de Michele aqui:
- Michele Bachmann fala de suas raízes carismáticas
- Bachmann fala acerca de perspectivas seculares sobrepolíticos cheios do Espírito Santo
Michele nunca se envergonhou nem atacou ondas conservadoras.
Pelo contrário, ela apoiou todas, inclusive o Tea Party, que foi a maior onda
conservadora nos EUA.
Agora compare a Michele cheia do Espírito Santo com a Marina
cheia da Teologia da Libertação:
Essa é a Marina que Emir Sader e outros da esquerda
brasileira escolheram para representar os conservadores do Brasil. Sader tem a
coerência de mostrar que no passado a escolha para os conservadores foi o
socialista Fernando Henrique Cardoso. Assim, ao mesmo tempo em que escolhem um
Lula ou uma Dilma para si, a esquerda escolhe como “alternativa” para os
conservadores um clone camuflado dessas criaturas socialistas.
E se Marina também sofrer um acidente de avião? Não tem
problema: Sader & Cia não vão hesitar de nomear Aécio Neves pró-“casamento”
gay como o legítimo representante dos conservadores.
Como cristão conservador, só tenho uma resposta: Vade retro,
Satana!
A esquerda nos EUA e no Brasil está com tudo para escolher
candidatos para si e para os conservadores.
Pena que não tenhamos nenhum candidato cheio do Espírito
Santo, contra o aborto, o “casamento” gay, a favor da educação escolar em casa,
da liberdade dos pais vacinarem ou não os filhos, etc.
Pena que não tenhamos nenhum candidato para condenar de
forma clara e sem ambiguidade — parafraseando Marina — “a Teologia da
Libertação renitente que coloniza a política e sacrifica a família e a vida em
nome de uma igualdade marxista utópica e destrutiva.”
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