quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Exército denunciou para Dilma esquema de venda de votos, com título de eleitor duplicado, no RJ

 
Em várias “comunidades” do Rio de Janeiro, principalmente no Complexo da Maré e na Baixada Fluminense, existem vários cidadãos com dois títulos de eleitores. Eles recebem dinheiro em troca do voto. Este mecanismo eleitoral do crime organizado foi denunciado, oficialmente, pela inteligência do Exército à Presidenta Dilma Rousseff – candidata à reeleição. Generais revoltados com tal escândalo já falam em “risco de ruptura institucional”, dependendo do resultado. Eis a verdadeira Zona Eleitoral... Ainda mais quando as pesquisas indicam até uma vitória de Marina Silva sobre Dilma Rousseff, com Aécio Neves ficando de fora.

Até então guardada sigilosamente pelo governo e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a informação sobre a vergonhosa manipulação de votos no Rio de Janeiro vazou no final da tarde de ontem. O grupo político de Aécio Neves tomou conhecimento. Espera-se que parta para alguma denúncia mais consistente e formal. Do contrário, ficará o informado pelo não dito. Concretamente, por falta de poder ofensivo, a candidatura do neto de Tancredo Neves corre tanto risco de naufrágio quanto o PTitanic.

Como de hábito no atual desgoverno, se for questionada sobre o explosivo tema, Dilma dirá que é “invenção” e que nada sabia sobre tal denúncia. Independentemente do que for dito, o resultado eleitoral já não merecia muito crédito – por causa da urna eletrônica, da transmissão de dados e do processamento de votos sem chances de auditoria externa. Agora se torna absolutamente inconfiável.

A descoberta concreta de fraude eleitoral, até agora mantida em “sigilo de Estado”, ocorreu durante as ocupações militares. Foram encontrados títulos eleitorais duplicados. Este mesmo golpe é aplicado em alguns estados do Nordeste e do Norte. No Maranhão, por cada voto a mais, o eleitor duplicado recebe até R$ 300 reais. O mesmo valor seria negociado nas áreas carentes do Rio de Janeiro – ainda dominadas por milícias urbanas.

Só a identificação biométrica, individualizada, do eleitor, cruzando dados do número do cadastro do eleitor, da carteira de identidade e do CPF, poderia evitar tal duplicidade de títulos ou a chance de alguém votar no lugar de alguém que já morreu – mas continua eleitoralmente ativo. Mas o Tribunal Superior Eleitoral não agiu com a necessária velocidade para fazer o recadastramento geral dos eleitores. Mais grave ainda: a oposição sequer cobrou tal celeridade que deveria ser prioritária e urgente para impedir a fraude eleitoral na hora da votação. A urna só é liberada para o voto se reconhecer as digitais do eleitor.

No Rio de Janeiro, por exemplo, só os 402.146 eleitores de Armação de Buzios e Niterói (universo ínfimo de 3,3% do total) usarão o sistema de identificação biométrica para votar. O eleitorado total fluminense, agora sob suspeita, é de 12.141.145 cidadãos. Quem não se recadastrou até 7 de maio não poderá participar da eleição. Em todo o Brasil, o recadastramento é feito gradualmente, obedecendo à Resolução 23.335 do TSE, atualmente presidido por José Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal e, em um passado não muito distante, advogado do Partido dos Trabalhadores.

A meta do TSE era contar, neste ano, com 22 milhões de eleitores identificados pela impressão digital. Em julho, chegou a um total de 23.851.673 aptos a votar com biometria. O eleitorado brasileiro total habilitado a votar este ano é de 142.822.046 eleitores – conforme as estatísticas eleitorais de 2014 do TSE.

A equipe treinada da Justiça Eleitoral realiza a coleta das impressões digitais, além de fazer a fotografia dos eleitores de maneira rápida e fácil. Um escâner de altíssima resolução permite uma leitura de qualidade das impressões digitais. Um programa de computador faz o controle de qualidade automaticamente. Na prática, os “fantasmas” devem desaparecer com o recadastramento.

Banqueiragem

Os bancos continuarão obtendo lucros recordes, com juros altos, carga tributária elevada como sempre e custo de vida aumentando ligeiramente. Eis a única previsão concreta para a economia brasileira em 2015, seja quem for eleito para o trono do Palácio do Planalto. Os demais prognósticos são uma grande incógnita. Cartomantes têm mais chances de acerto que os economistas que embarcam na conversinha nada fiada do desgoverno.

Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio indicou um recorde de brasileiros endividados. Ao mesmo tempo, outro estudo do Banco Central revela que a inadimplência está no menos nível desde 2011. No final das contas, os bancos continuam faturando em cima de quem é forçado ou induzido a pegar dinheiro emprestado. Passam sufoco os encalacrados com juros e taxas dos cartões de crédito e os que incorporam o cheque especial ao cada vez mais apertado orçamento mensal, corroído pela “inflação”. No fundo, o brasileiro se vira na economia informal – o que minimiza os efeitos diretos das crises midiaticamente anunciadas.

Quem deve nem sempre teme, No entanto, se aporrinha muito. Bancos, financeiras e escritórios de advocacia contratados para recuperação de dívidas dadas como perdidas promovem um ataque constante, via telefone, SMS e cartas para a residência dos inadimplentes. Não há facilidades nas negociações – a não ser quando o “calote” já é dado como certo e a dívida já foi contabilizada pelo banco como “perda”. O termo é um humor econômico de baixo calão, já que as tarifas e os juros embutidos nos empréstimos já renderam muita coisa até se transformar no suposto “prejuízo”.

Curiosamente, tal cenário não é devidamente tratado na campanha presidencial. O Brasil desenhado pelos marketeiros não tem gente encalacrada. Além disso, comprometidos com o sistema financeiro, a maioria esmagadora dos candidatos (pelo menos aqueles com alguma chance concreta de vencer a eleição) fogem do polêmico assunto. Na vida real, todos bem de vida, não sabem a pressão psicológica sofrida por quem fica devendo ao banco ou tem o nome “negativado” nos serviços de proteção ao crédito.

As soluções concretas para os problemas do Brasil Capimunista (carestia, cartelização, cartorialismo, corrupção e canalhice) continuam fora da agenda dos candidatos. Por isso, pouco se pode esperar do resultado das urnas, seja ele qual for.  

Ameaçado pela promessa alheia

 

Soma fatal


 

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