sábado, 3 de maio de 2014

Kátia Abreu denuncia ecoterrorismo do Greenpeace


Em sua coluna de hoje na Folha, a senadora Kátia Abreu levanta importantes questões sobre a postura ideológica do Greenpeace, a partir de declarações feitas por seu diretor-executivo, o ativista sul-africano Kumi Naidoo, que participou recentemente do Global Agribusiness Forum.

Há anos que o Greenpeace se transformou em uma máquina de pregação anticapitalista sob o manto do ambientalismo. Até mesmo um de seus fundadores já o denunciou por isso. O ecoterrorismo – o terrorismo climático – cai como uma luva àqueles que desejam condenar o progresso capitalista por todos os males do planeta.

O ambientalismo virou o refúgio de muita viúva do comunismo, uma nova seita religiosa que incute pânico nos leigos, a partir de profecias catastróficas iminentes, apenas para forçar mais concentração de poder e recursos no estado e destruir o estilo de vida vigente, i.e., o sistema capitalista. Kátia Abreu escreve:

O terror sempre foi a mais perversa das ferramentas políticas. Nesse caso, é também contraproducente, pois acaba impedindo a formação de consensos nas conferências governamentais. A cenografia ambientalista dá mais uma prova de que seu movimento é um fim em si mesmo e não busca soluções. Ruim para todos nós.

O pior vem em seguida. Mirando o agronegócio brasileiro, ele disse que “as grandes fazendas industriais são menos resistentes aos impactos do clima do que as pequenas culturas ecológicas; que grandes terras tomadas por monoculturas e dependentes de fertilizantes e agrotóxicos não são sustentáveis e que é preciso mudanças radicais e urgentes”.

Mais adiante, o sr. Naidoo afirmou que “a abordagem do setor costuma ser a da monocultura voltada ao mercado de commodities e ao consumo animal” e prosseguiu: “O mal está no tamanho da propriedade, que deve ser pequeno, na especialização produtiva, no uso de adubos e de remédios contra as doenças e pragas e na produção de plantas para consumo de animais”.

O viés ideológico fica evidente. Assim como o marxismo, o ecoterrorismo busca um respaldo científico para sua ideologia, mas não passa de uma casca, de pseudo-ciência, de cientificismo marretado até produzir o efeito desejado: uma visão escatológica voltada para um único alvo, o capitalismo. Kátia Abreu conclui:

Na utopia passadista do sr. Naidoo, não há lugar para a liberdade e para o indivíduo. O Estado, em nome da natureza, tudo dirige e controla. É assim que vamos tornar as pessoas mais felizes e o mundo melhor?

Liberdade é valor inarredável. Um paraíso verde, cheio de escravos, é pesadelo com o qual não queremos sonhar.

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