Por ucho.info
Sinal vermelho – O Palácio do Planalto pode até tentar
camuflar a verdade quanto o assunto é a crise econômica, mas a bolha de
virtuosismo, lançada por Lula e mantida por Dilma Rousseff, entra na segunda
fase de estouros. A presidente tem afirmado de maneira reiterada que a crise
resulta do cenário internacional e das manifestações da natureza no País, mas a
verdade é que o descompasso econômico é fruto da incompetência que sobra em um
governo conhecidamente paralisado.
Menina dos olhos do ex-metalúrgico Lula e um dos setores
mais beneficiados com as isenções tributárias dos últimos anos, o segmento
automobilístico começa a dar sinais de que sentiu os efeitos da crise. Com o
recuo do consumidor, que mudou de hábitos e está pensando muito antes de
contrair novas dívidas, a indústria automobilística usou de todas as
estratégias para tentar desovar, nos últimos dias, um estoque de automóveis que
correspondia a trinta dias de produção.
Como a estratégia não emplacou, apesar de todas as
investidas do setor na seara de promoções e ofertas, algumas montadoras
decidiram apelar às férias coletivas e aos planos de demissão voluntária. Isso
porque o estoque de automóveis novos nos pátios das montadoras e nas
concessionárias já corresponde a quase dois meses de produção.
Esse cenário não significa que o mercado de automóveis
desaqueceu totalmente, pois os consumidores estão preferindo comprar carros
usados. Ou seja, evitar demissões nas montadoras exigirá um enorme malabarismo
do governo. A situação deve piorar nos próximos meses, quando o governo deve
aumentar a carga tributária que incide nos automóveis.
Diante do preocupante quadro de crise econômica, em que o
emprego não aumenta e a inflação continua resistente, obrigado a elevação das
taxas de juro, a única solução para conter o avanço do mais temido fantasma da
economia e baixar o consumo. O governo petista de Dilma Vana Rousseff vem
tentando, desde janeiro de 2011, medidas de estímulo à economia – foram 23
medidas até agora – sem que nenhuma tenha apresentado algum efeito prático.
Isso porque quando tenta-se combater um dos motivos da crise, provoca-se o
surgimento de novo problema em outra ponta. Resumindo, algo parecido com o dito
popular do “se ficar o bicho come, se correr o bicho pega”.
Há dias, conversando com profissionais da comunicação, o
editor do ucho.info, quando questionado sobre a solução para a elevação de
preços provocada pelo consumo excessivo, disse que lamentavelmente a situação
chegou a tal ponto que o único remédio seria uma ligeira alta dos índices de
desemprego, que em outro vértice surgiria com os custos sociais que cabem ao
governo federal. Em outras palavras, o brasileiro acreditou na balela do
consumismo lançada por Lula e no atual momento somente desempregado é que o
cidadão reduzirá o consumo para um patamar responsável. Isso porque o Palácio
do Planalto não apenas aposta na mentira, mas insiste em vender à população a
ideia de que o Brasil é o país de Alice, aquele das maravilhas, e que a crise
do momento é passageira.
Em termos acadêmicos, a solução citada pode parecer um
tremendo absurdo, mas é preciso fechar alguma torneira para minar a resistência
da inflação, que continua valente porque o governo não investiu em
infraestrutura e tratou a desindustrialização como uma sandice qualquer. Pleno
emprego, como vive o Brasil, sem uma indústria que atenda à demanda, é o mesmo
que montar uma bomba-relógio. Acontece que desemprego em ano eleitoral é
suicídio político.
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