terça-feira, 15 de abril de 2014

Indústria automobilística sente os efeitos da crise econômica e fala em férias coletivas e demissões


seguro_automovel_01Sinal vermelho – O Palácio do Planalto pode até tentar camuflar a verdade quanto o assunto é a crise econômica, mas a bolha de virtuosismo, lançada por Lula e mantida por Dilma Rousseff, entra na segunda fase de estouros. A presidente tem afirmado de maneira reiterada que a crise resulta do cenário internacional e das manifestações da natureza no País, mas a verdade é que o descompasso econômico é fruto da incompetência que sobra em um governo conhecidamente paralisado.

Menina dos olhos do ex-metalúrgico Lula e um dos setores mais beneficiados com as isenções tributárias dos últimos anos, o segmento automobilístico começa a dar sinais de que sentiu os efeitos da crise. Com o recuo do consumidor, que mudou de hábitos e está pensando muito antes de contrair novas dívidas, a indústria automobilística usou de todas as estratégias para tentar desovar, nos últimos dias, um estoque de automóveis que correspondia a trinta dias de produção.

Como a estratégia não emplacou, apesar de todas as investidas do setor na seara de promoções e ofertas, algumas montadoras decidiram apelar às férias coletivas e aos planos de demissão voluntária. Isso porque o estoque de automóveis novos nos pátios das montadoras e nas concessionárias já corresponde a quase dois meses de produção.

Esse cenário não significa que o mercado de automóveis desaqueceu totalmente, pois os consumidores estão preferindo comprar carros usados. Ou seja, evitar demissões nas montadoras exigirá um enorme malabarismo do governo. A situação deve piorar nos próximos meses, quando o governo deve aumentar a carga tributária que incide nos automóveis.

Diante do preocupante quadro de crise econômica, em que o emprego não aumenta e a inflação continua resistente, obrigado a elevação das taxas de juro, a única solução para conter o avanço do mais temido fantasma da economia e baixar o consumo. O governo petista de Dilma Vana Rousseff vem tentando, desde janeiro de 2011, medidas de estímulo à economia – foram 23 medidas até agora – sem que nenhuma tenha apresentado algum efeito prático. Isso porque quando tenta-se combater um dos motivos da crise, provoca-se o surgimento de novo problema em outra ponta. Resumindo, algo parecido com o dito popular do “se ficar o bicho come, se correr o bicho pega”.

Há dias, conversando com profissionais da comunicação, o editor do ucho.info, quando questionado sobre a solução para a elevação de preços provocada pelo consumo excessivo, disse que lamentavelmente a situação chegou a tal ponto que o único remédio seria uma ligeira alta dos índices de desemprego, que em outro vértice surgiria com os custos sociais que cabem ao governo federal. Em outras palavras, o brasileiro acreditou na balela do consumismo lançada por Lula e no atual momento somente desempregado é que o cidadão reduzirá o consumo para um patamar responsável. Isso porque o Palácio do Planalto não apenas aposta na mentira, mas insiste em vender à população a ideia de que o Brasil é o país de Alice, aquele das maravilhas, e que a crise do momento é passageira.

Em termos acadêmicos, a solução citada pode parecer um tremendo absurdo, mas é preciso fechar alguma torneira para minar a resistência da inflação, que continua valente porque o governo não investiu em infraestrutura e tratou a desindustrialização como uma sandice qualquer. Pleno emprego, como vive o Brasil, sem uma indústria que atenda à demanda, é o mesmo que montar uma bomba-relógio. Acontece que desemprego em ano eleitoral é suicídio político.

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