sábado, 29 de março de 2014

Dilma e o PT tentam esconder do país a roubalheira da Petrobras. Agora querem saquear a CPI criada pela Oposição.

 
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, preso por lavagem de dinheiro pela PF, escrevendo sabe-se lá o que nas costas da Presidente da República. O pânico tomou conta do Planalto com as ligações perigosas de Dilma com o maior escândalo da história deste país.

No dia em que a oposição formalizou o pedido de criação da CPI da Petrobras no Senado, o Planalto orientou sua base aliada a propor a inclusão de "aditivos" no objeto de investigação da comissão que podem atingir o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos, os principais adversários da presidente Dilma Rousseff na eleição.

A ideia é que, além da compra da refinaria de Pasadena, a CPI investigue as suspeitas de formação de cartel e fraude em licitações de trens em São Paulo, que atinge os tucanos, e o porto de Suape, administrado por Campos. PSDB e PSB articularam a criação da CPI da Petrobras. A estratégia foi definida em reunião com Dilma como alternativa à operação de retirada de assinaturas do requerimento protocolado ontem pela oposição, que tem apoio de 29 senadores, sendo oito de partidos da base aliada.

O governo ainda não desistiu de convencer seus aliados a desistirem da CPI, mas já reconhece que a operação tem poucas chances de dar certo. As pressões serão concentradas em Sérgio Petecão (PSD), Clésio Andrade (PMDB) e Eduardo Amorim (PSC). A estratégia do Planalto foi colocada em prática ontem na Câmara e no Senado. A equipe presidencial diz que a tática é respaldada em precedentes no Congresso, como na CPI das ONGs, que teve aditivos ao objeto investigado.

Como terá maioria na comissão, o governo quer, inclusive, iniciar as investigações pelas irregularidades no metrô paulista, com o argumento de que seriam mais antigas. O Planalto ainda tentará fazer com que a CPI seja mista (Câmara e Senado). A oposição vai combater a operação sob o argumento de que é necessário que os temas tenham vinculação com o objeto principal da comissão, que é investigar a Petrobras.

Ontem, o líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT) não conseguiu explicar o motivo de incluir o porto de Suape nas investigações da CPI. O mesmo aconteceu com o caso dos trens de São Paulo. Lançada pelo PSDB, a CPI da Petrobras, além do caso Pasadena, mira o suposto superfaturamento de refinarias, irregularidades em plataformas e a suspeita de que empresa holandesa pagou propina a funcionários da estatal. A previsão é que dure 180 dias. A ideia de criar a comissão ganhou o apoio final necessário com a adesão do PSB.

RESISTÊNCIA

Aliado do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), resistia à apuração, mas ontem disse que "não há mais o que fazer" e que discutiria com os líderes a instalação. A oposição cobrou pública e reservadamente que ele leia o pedido de criação da CPI até a terça.

Aécio criticou a movimentação para forçar governistas a abandonarem a CPI. "Não acredito que nenhum dos signatários possa se submeter a qualquer tipo de chantagem."

O governo foi defendido pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR): "Se é para fazer investigação política, era importante trazer esse tema [Metrô de São Paulo] para a CPI. Eles estão politizando". Ao ser indagada se o caso não era estranho ao objeto da CPI, ela disse: "Tem que ter coerência. Se eu sugiro investigação política para algo que já tem investigações técnicas, como é o caso da Petrobras, por que fazer só para um tema e não para o outro?".

Em visita ao Congresso, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Augusto Nardes, comentou o caso Pasadena. "Pelas informações que nós temos, me parece que não foi um bom negócio. Com certeza, o prejuízo para a nação brasileira foi bastante significativo", disse. (Folha de São Paulo)

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