sábado, 22 de março de 2014

CPI da Petrobras: Aécio mobiliza oposição e assinaturas já passam de 200.


Aécio Neves (centro) durante reunião da Executiva do PSDB em Brasília

O PSDB vai apoiar a instalação de CPI na Câmara para investigar a Petrobras, com foco na compra da refinaria. Na terça-feira, partidos de oposição vão se reunir para traçar estratégias para que a comissão seja instalada. Ontem, a lista de assinaturas ultrapassou 200 deputados.

Para emplacar a CPI na Câmara, a oposição tem um desafio de conquistar o apoio de mais de 150 deputados governistas. A tarefa é considerada difícil, mas os oposicionistas apostam no clima de insatisfação entre a base aliada e na pressão popular para avançar com a proposta.

Pelas regras da Câmara, para pedir a instalação são necessárias 171 assinaturas. No entanto, para furar a fila de pedidos e ser imediatamente instalada, uma CPI precisa reunir o apoio de 257 deputados para ganhar urgência, sendo votada em plenário. Os partidos de oposição contam com 102 parlamentares.

Pré-candidato à Presidência, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) vai convidar líderes de todos os partidos de oposição a discutir uma estratégia de atuação em bloco para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e investigar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petrobras.

Aécio quer articular a reunião até terça-feira. O senador pretende envolver siglas como o PSOL, que não se alinha com PT ou PSDB, e o PSB, que tem seu próprio candidato ao Planalto, o governador Eduardo Campos (PE).

Em conversa com a Folha ontem, Aécio defendeu a investigação — a presidente Dilma Rousseff, que era chefe do conselho da Petrobras na época da compra, disse ter decidido pela aquisição da refinaria com base em um relatório "falho". O negócio resultou em prejuízo de US$ 1,18 bilhão para a estatal.



"A presidente foi eleita com base em duas premissas: a de que daria continuidade aos resultados da economia e de que era uma boa gestora. A economia está aí, todo mundo vê, a inflação voltou...", analisou Aécio. Na avaliação do tucano, a polêmica em torno da compra da refinaria de Pasadena, somada a resultados negativos do setor elétrico "desconstroem a imagem de gestora eficiente." (Com informações da Folha)

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