Por Marco
Antonio Esteves Balbi*
Último
presidente da OAB-RJ, onde colecionou inimigos e desafetos, fez o seu sucessor
e se instituiu como o responsável pelos Direitos Humanos. Além disso,
pressionou o governador Sérgio Cabral a assinar o decreto de criação da
Comissão Estadual da Verdade, que dormia lá numa gaveta.
O
proselitismo do Wadih tem uma finalidade: manter o nome dele na mídia a
qualquer custo, posto que será candidato a um cargo eletivo em 5 de outubro. E
detesta farda, qualquer uma, até do mata-mosquito!
As
Organizações Globo, desde outubro do ano passado, renegaram o apoio que
proporcionaram, junto com toda a sociedade, à reação democrática de março de
1964 e ao regime de exceção que se seguiu, certamente fazendo corar de vergonha
o patriarca Roberto Marinho, se vivo fosse. Depois que os black blocs
entulharam esterco nas portarias das sedes do Rio de Janeiro e de São Paulo e
que os seus principais repórteres tiveram que sair das ruas, ameaçados que
foram de agressão, substituídos por jornalistas menos conhecidos e
descaracterizados nos equipamentos, as coberturas passaram por modificação
substancial.
Corre a
boca pequena que os principais executivos da emissora foram visitados ou
visitaram um certo senhor de nove dedos, que lhes teria lembrado certas
pendências fiscais, mas isto eu juro que é intriga.
O certo é que a cobertura dos órgãos de
comunicação da Globo se modificou. E, ao se aproximar a comemoração dos 50 anos
da reação democrática de 31 de março de 1964 apresentou-se a situação ideal
para por em prática esta mudança. Confiram a grade de programas dos canais de
TV aberto e fechado, confiram a programação das rádios, confiram os debates,
confiram as exposições em cartaz em várias cidades do país e ali terá um
logotipo, um patrocínio, um apoio cultural das Organizações Globo.
Não é privilégio
dela o revisionismo histórico, eu diria
enfurecido, Brasil afora, em relação ao regime de exceção, mas afinal os
melhores índices de audiência estão com eles. Assim, repercutem mais.
O jornal O
Globo já vem há algum tempo apresentando algumas reportagens sobre os 50 anos
do que eles chamam de "golpe militar". Recentemente fez uma intensiva
e numa delas unem-se duas pontas Wadih e Globo, num daqueles casos que mais
propiciam atenção geral: Rubens Paiva.
Depois de
controversas histórias vazadas de depoimentos que teriam sido dados às
Comissões da Verdade Nacional e Estadual, inclusive com o uso sempre
oportunista de Elio Gaspari, que acusou toda uma geração de oficiais do
Exército Brasileiro de assassinos, chega-se ao coroamento da reportagem levada
ao ar pelo Jornal Nacional na data de hoje, 21 de março de 2014.
Ela teve
início no domingo, 16 de março, quando em reportagem que ocupou seis páginas da
edição, destacou-se a primeira delas intitulada "O corpo que saiu para o
oceano"! Ali, um militar identificado por agente Y, ao qual Elio Gaspari e
outras reportagens já haviam se referido, conta uma rocambolesca história de
como ele foi chamado para resolver um problema, fazer desaparecer os restos
mortais de Rubens Paiva. O roteiro faria qualquer profissional de Hollywood
babar, tal a criatividade, mas o jornal o "comprou" e divulgou. O
agente Y, coronel reformado do Exército, exigia permanecer incógnito.
O jornal
continuou a execrar o "golpe militar", diariamente, até que ontem, 20
de março, o agente Y reapareceu, desta vez se identificando, só que para outro
jornal, um dos poucos concorrentes de O Globo na cidade do Rio de Janeiro: O
Dia! E, mudou a história! Desta feita ele não tinha mandado jogar os despojos
de Rubens Paiva no mar, mas sim num dos rios que banha Petrópolis, junto à
famosa Casa da Morte, Casa esta que ele mesmo havia denunciado a localização e
tudo que ali acontecia.
O jornal O
Globo correu atrás da barriga e foi se socorrer em quem? No Wadih e numa de
suas prepostas que havia entrevistado o coronel Paulo Malhães. Hoje o jornal
publica o que teria sido o relato desta personagem contando detalhes de como se
livrar de um corpo sem deixar vestígios,utilizando-se dos rios, inclusive o de
Rubens Paiva. A reportagem termina entrevistando a pessoa que colheu o
depoimento do coronel. A advogada coloca em dúvida as assertivas apresentadas.
Chego,
finalmente, ao Jornal Nacional e ao William Bonner. Ele e sua companheira de
bancada capricham na pose grave para fazer uma denúncia: o corpo de Rubens
Paiva, ou o que seriam seus despojos, foram jogados num rio em Petrópolis. E,
entrevistam quem? Bingo: Wadih Damous, exigindo um pedido de desculpas do
Exército Brasileiro, ao mesmo tempo que clama pela verdade! E a advogada volta
a questionar a veracidade do depoimento!
Aguardem cenas dos próximos capítulos! Mas, algumas conclusões já podem
ser tiradas, não é verdade?
Fonte: A Verdade Sufocada
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Marco Antonio Esteves Balbi é Coronel Reformado do EB
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