Por VEJA
A presidente Dilma Rousseff e o presidente do Paraguai,
Horacio Cartes: incidente diplomático
(Wenderson Araujo/AFP)
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Governo paraguaio faz queixa contra Brasil por invasão de
soberania. Itamaraty nega que militares tenham navegado em águas paraguaias
O porta-voz da marinha paraguaia, o capitão de corveta
Miguel Salum, disse neste domingo que lanchas militares brasileiras entraram
duas vezes em território paraguaio, no Lago Itaipu. Além disso, segundo ele, houve
troca de tiros, incidente que motivou uma nota de descontentamento do Paraguai
em relação ao Brasil. O governo paraguaio afirmou que o acontecimento foi
"um grave ato contra a soberania paraguaia".
De acordo com Salum, a primeira incursão em águas paraguaias
aconteceu na terça-feira em Puerto Tigre e a segunda, um dia depois, em Puerto
Adela, no departamento de Canindeyú. Ambos os pontos estão localizados na parte
paraguaia do Lago de Itaipu.
Os militares brasileiros envolvidos integram a operação Ágata,
lançada há duas semanas para reprimir crimes na área da fronteira.
"Toda a informação que temos, de acordo com o
depoimento dos pescadores da região, evidenciam que entraram em águas soberanas
paraguaias", declarou o capitão.
No local, houve uma troca de tiros entre militares
brasileiros, contrabandistas e militares paraguaios.
A marinha em Puerto Adela informou que as lanchas do Brasil
abriram fogo contra os marinheiros paraguaios, que responderam com disparos
para o alto. "Nossa equipe disparou para o ar com fins
intimidatórios", disse.
Por causa do episódio, na sexta, o embaixador brasileiro em
Assunção foi convocado à chancelaria paraguaia para ouvir as queixas do
governo. O Ministério de Relações Exteriores do Paraguai enviou uma carta de
conteúdo semelhante ao Itamaraty lamentando os incidentes.
De acordo com o governo brasileiro, toda a ação ocorreu em
território nacional.
(com agências internacionais)
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