A violência na Faixa de Gaza vem provocando fortes reações
nos Estados Unidos
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Mais de 300 sobreviventes do Holocausto e seus descendentes
lançaram uma nota condenando o que chamam de "genocídio" de Israel na
Faixa de Gaza.
A Rede Internacional Judaica Antissionista (Rija) publicou o
manifesto como um anúncio pago no jornal americano The New York Times.
A nota é uma reação ao anúncio publicado por outro
sobrevivente da perseguição na Alemanha de Adolf Hitler, Elie Wiesel, que
comparou o movimento palestino Hamas ao nazismo.
Mais de 2.000 pessoas já morreram na atual onda de violência
na Faixa de Gaza, na sua maioria, civis palestinos.
Do lado israelense, são contabilizados 68 mortos, na maioria
soldados.
Neste domingo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu
afirmou que a campanha militar contra militantes de Gaza não tem data para
terminar e que seguirá até que os objetivos israelenses tenham sido atingidos.
Ano letivo
Netanyahu repetiu o seu alerta para que palestinos abandonem
qualquer local onde haja atividade de militantes.
Os comentários foram feitos durante uma reunião de cúpula no
domingo.
Ataques aéreos israelenses deixaram dois palestinos mortos e
outros cinco feridos no domingo de manhã.
O primeiro-ministro israelense também afirmou que os ataques
continuarão depois do início do ano letivo em Israel, em 1º de setembro.
Comunidades no sul do país tinham expressado temores pela
segurança dos seus alunos.
Na sexta-feira, um menino israelense de quatro anos foi
morto próximo à fronteira com a Faixa de Gaza por fogo de morteiros.
O conflito na Faixa de Gaza vem provocando fortes reações
nos Estados Unidos, com diversas manifestações pró e anti-Israel.
Boicote
O anúncio publicado no New York Times foi assinado por 40
sobreviventes do Holocausto e 287 descendentes e outros parentes.
Eles fazem um apelo pela suspensão do bloqueio da Faixa de
Gaza e por um boicote a Israel.
"Como sobreviventes e descendentes de sobreviventes
judeus e vítimas do genocídio nazista, nós condenamos inequivocamente o
massacre de palestinos em Gaza e a contínua ocupação e colonização da Palestina
histórica", diz a nota.
A Rija, fundada em 2008, é uma pequena organização de
esquerda altamente crítica a Israel.
O governo israelense endureceu o bloqueio à Faixa de Gaza em
2007, depois que o Hamas, que defende a extinção de Israel, assumiu o poder no
território, após derrotar os rivais do Fatah nas eleições de 2006.
O Egito, que considera o Hamas como inimigo, também mantém
um bloqueio na fronteira sul da Faixa de Gaza.
Fonte: BBC - Brasil
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