quarta-feira, 13 de agosto de 2014

“Comissão da Verdade do Rio afirma que preso foi torturado em hospital durante ditadura”

Observações do site A Verdade Sufocada

A Comissão da Verdade está perdendo a credibilidade:

São tantas  afirmações  baseadas em depoimentos não comprovados, alguns desmentidos !..
Como acreditar que o preso foi torturado e morto dentro de um Hospital ?
Como acreditar em laudos modificados  40 anos depois ou mais?
Como acreditar em uma comissão que diz  pretender contar a história recente do país, e investiga apenas um lado da luta armada nas décadas de 60 a 85 ?
Como disse  Pérsio Arida a Mário Sérgio Conti,  em entrevista ao Globo News, recentemente, porque investigar tantos anos depois do fato ocorrido e apenas um lado ?
Um  dos inúmeros exemplos deste procedimento é a matéria “Comissão da Verdade do Rio afirma que preso foi torturado em hospital durante ditadura”, que segue a seguir:

“Comissão da Verdade do Rio afirma que preso foi torturado em hospital durante ditadura”

Foto do prontuário de Raul Amaro Ferreira: na imagem, preso 
aparece sem nenhuma lesão - Arquivo Nacional / Reprodução
“ Raul Amaro Nin teria sofrido lesões dentro de centro hospitalar do exército"



RIO — A Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-Rio), em audiência realizada nesta segunda-feira, apresentou provas que mostram que Raul Amaro Nin Ferreira, de 27 anos, foi torturado até a morte no Hospital Central do Exército durante a ditadura. De acordo com as informações divulgadas pela manhã na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, é a primeira vez que há comprovação destas práticas dentro de um centro hospitalar no Brasil.

— Mesmo nas piores situações de violações de direitos humanos que a humanidade enfrenta, as pessoas não são mortas dentro de um hospital. O triste da história que temos para revelar é exatamente isso: Raul Amaro foi torturado e morto dentro do Hospital Central do Exército — afirmou a presidente da CEV-Rio, Nadine Borges, em sessão que contou com a participação do ex-preso político Álvaro Caldas e de Felipe Nin, sobrinho de Raul.

O engenheiro Raul Amaro foi preso no dia 1º de agosto de 1971 em uma blitz montada em Laranjeiras. Ele foi levado ao Dops e, no dia seguinte, transferido para o DOI-Codi. Segundo a versão desta segunda, no dia 4 de agosto ele foi levado para o Hospital Central do Exército (HCE) com vários ferimentos no corpo. Em seu prontuário de entrada no Dops, o preso aparece em foto sem nenhuma lesão. A justificativa para os ferimentos, registrada na caderneta nº 6.400 da 13ª Enfermaria, era de que teria acontecido uma briga durante a revista na casa de Raul. Durante os oito dias que esteve no hospital, o preso foi interrogado duas vezes, como apontam documentos produzido pelos militares, e nessas ocasiões foi torturado, como afirma relatório do médico-legista Nelson Massini.

Em julho de 2012, O GLOBO noticiou que documentos mostravam que Raul teria chegado vivo ao Dops. A informação serviu para que a família retomasse a investigação e elaborasse um relatório com 262 páginas que evidenciam que o preso foi interrogado dentro do HCE. Em um dos documentos, o general Rubens do Nascimento Paiva “apresenta o comissário Eduardo Rodrigues e o escrivão Jeovah Silva, ambos do DOPS, que vão a este hospital a fim de interrogarem o preso Raul Amaro Nin Ferreira”.

— O Hospital Central era usado como uma extensão do DOI-Codi, para lá eram levados presos feridos na rua, em alguma ação de combate, ou por terem chegado ao limite de resistência da tortura — afirmou o ex-preso político Álvaro Caldas.

Além dos documentos autorizando interrogatórios, a investigação contou com uma análise do médico-legista Nelson Massini que confirmou que Raul foi torturado durante o período em que esteve no hospital. Utilizando uma metodologia que consiste em compreender a datação das lesões através de suas tonalidades — conhecida como espectro de equimoses de Legran Du Salle — o legista utilizou os documentos da época para chegar a conclusão.

— Ao vermos a descrição das lesões, vimos que ele as sofreu enquanto estava no hospital. Esta afirmação desmente a versão oficial de que ele teria tido uma briga antes de ser preso, e é confirmada quando comparamos com as informações que conseguimos com os levantamentos nos arquivos — analisou Massini.

A família de Raul emitiu uma nota manifestando o “horror” diante da hipótese de que Raul Amaro chegou a ser torturado nas dependências do Hospital Central do Exército (HCE).

“A família se sente chocada com a contradição entre o que já é público sobre o caso de Raul Amaro e as versões oficiais de que a instituição militar desconhece as torturas ocorridas em pessoas mantidas sob sua responsabilidade durante a ditadura militar e manifesta a expectativa de algum pronunciamento das autoridades competentes sobre o caso”, diz o texto.”

(Publicado no O Globo - 11/08/2014)




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A editoria do site A Verdade Sufocada volta a comentar a matéria:

A presidente da CEV-Rio, Nadine Borges, baseada nos depoimentos abaixo afirmou, segundo O Globo de 12/08/14  que Raul Amaro Ferreira Nin foi morto no Hospital Militar

1-Testemunhas : um ex-preso político Álvaro Caldas e Felipe Nin, sobrinho de Raul.
2- Relatório do legista Nelson Massini que afirma que durante os oito dias  Raul Amaro Ferreira Nin  esteve no hospital, foi interrogado duas vezes,  quando foi torturado,  "como apontam documentos produzido pelos militares".

O perito  Nelson Massini é o mesmo que fez a perícia nos corpos dos dez militantes, mortos no "Massacre de Eldorado dos Carajás", durante o confronto entre policiais e militantes do MST.

Segundo ele os sem-terra teriam sido executados.

Esta afirmação até hoje é discutida, pois existem vídeos onde nota-se, claramente,  que os  militantes, armados com seus “intrumentos de trabalho”, partiram para cima da polícia, que reagiu e revidou  ao ataque para não serem trucidados.

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