Observações do site A Verdade Sufocada
A Comissão da Verdade está perdendo a credibilidade:
São tantas afirmações baseadas em depoimentos não comprovados, alguns desmentidos !..
Como acreditar que o preso foi torturado e morto dentro de um Hospital ?
Como acreditar em laudos modificados 40 anos depois ou mais?
Como acreditar em uma comissão que diz pretender contar a história recente do país, e investiga apenas um lado da luta armada nas décadas de 60 a 85 ?
Como disse Pérsio Arida a Mário Sérgio Conti, em entrevista ao Globo News, recentemente, porque investigar tantos anos depois do fato ocorrido e apenas um lado ?
Um dos inúmeros exemplos deste procedimento é a matéria “Comissão da Verdade do Rio afirma que preso foi torturado em hospital durante ditadura”, que segue a seguir:
“Comissão da Verdade do Rio afirma que preso foi torturado em hospital durante ditadura”
Foto do prontuário de Raul Amaro Ferreira: na imagem, preso
aparece sem nenhuma lesão - Arquivo Nacional / Reprodução
|
“ Raul Amaro Nin teria sofrido lesões dentro de centro
hospitalar do exército"
RIO — A Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro
(CEV-Rio), em audiência realizada nesta segunda-feira, apresentou provas que
mostram que Raul Amaro Nin Ferreira, de 27 anos, foi torturado até a morte no
Hospital Central do Exército durante a ditadura. De acordo com as informações
divulgadas pela manhã na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, é a primeira
vez que há comprovação destas práticas dentro de um centro hospitalar no
Brasil.
— Mesmo nas piores situações de violações de direitos
humanos que a humanidade enfrenta, as pessoas não são mortas dentro de um
hospital. O triste da história que temos para revelar é exatamente isso: Raul
Amaro foi torturado e morto dentro do Hospital Central do Exército — afirmou a
presidente da CEV-Rio, Nadine Borges, em sessão que contou com a participação
do ex-preso político Álvaro Caldas e de Felipe Nin, sobrinho de Raul.
O engenheiro Raul Amaro foi preso no dia 1º de agosto de
1971 em uma blitz montada em Laranjeiras. Ele foi levado ao Dops e, no dia
seguinte, transferido para o DOI-Codi. Segundo a versão desta segunda, no dia 4
de agosto ele foi levado para o Hospital Central do Exército (HCE) com vários
ferimentos no corpo. Em seu prontuário de entrada no Dops, o preso aparece em
foto sem nenhuma lesão. A justificativa para os ferimentos, registrada na
caderneta nº 6.400 da 13ª Enfermaria, era de que teria acontecido uma briga
durante a revista na casa de Raul. Durante os oito dias que esteve no hospital,
o preso foi interrogado duas vezes, como apontam documentos produzido pelos
militares, e nessas ocasiões foi torturado, como afirma relatório do
médico-legista Nelson Massini.
Em julho de 2012, O GLOBO noticiou que documentos mostravam
que Raul teria chegado vivo ao Dops. A informação serviu para que a família
retomasse a investigação e elaborasse um relatório com 262 páginas que
evidenciam que o preso foi interrogado dentro do HCE. Em um dos documentos, o
general Rubens do Nascimento Paiva “apresenta o comissário Eduardo Rodrigues e
o escrivão Jeovah Silva, ambos do DOPS, que vão a este hospital a fim de
interrogarem o preso Raul Amaro Nin Ferreira”.
— O Hospital Central era usado como uma extensão do
DOI-Codi, para lá eram levados presos feridos na rua, em alguma ação de
combate, ou por terem chegado ao limite de resistência da tortura — afirmou o
ex-preso político Álvaro Caldas.
Além dos documentos autorizando interrogatórios, a
investigação contou com uma análise do médico-legista Nelson Massini que
confirmou que Raul foi torturado durante o período em que esteve no hospital.
Utilizando uma metodologia que consiste em compreender a datação das lesões
através de suas tonalidades — conhecida como espectro de equimoses de Legran Du
Salle — o legista utilizou os documentos da época para chegar a conclusão.
— Ao vermos a descrição das lesões, vimos que ele as sofreu
enquanto estava no hospital. Esta afirmação desmente a versão oficial de que
ele teria tido uma briga antes de ser preso, e é confirmada quando comparamos
com as informações que conseguimos com os levantamentos nos arquivos — analisou
Massini.
A família de Raul emitiu uma nota manifestando o “horror”
diante da hipótese de que Raul Amaro chegou a ser torturado nas dependências do
Hospital Central do Exército (HCE).
“A família se sente chocada com a contradição entre o que já
é público sobre o caso de Raul Amaro e as versões oficiais de que a instituição
militar desconhece as torturas ocorridas em pessoas mantidas sob sua
responsabilidade durante a ditadura militar e manifesta a expectativa de algum
pronunciamento das autoridades competentes sobre o caso”, diz o texto.”
(Publicado no O Globo - 11/08/2014)
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A editoria do site A Verdade Sufocada volta a comentar
a matéria:
A presidente da CEV-Rio, Nadine Borges, baseada nos
depoimentos abaixo afirmou, segundo O Globo de 12/08/14 que Raul Amaro Ferreira Nin foi morto no
Hospital Militar
1-Testemunhas : um ex-preso político Álvaro Caldas e Felipe
Nin, sobrinho de Raul.
2- Relatório do legista Nelson Massini que afirma que
durante os oito dias Raul Amaro Ferreira
Nin esteve no hospital, foi interrogado
duas vezes, quando foi torturado, "como apontam documentos produzido pelos
militares".
O perito Nelson
Massini é o mesmo que fez a perícia nos corpos dos dez militantes, mortos no
"Massacre de Eldorado dos Carajás", durante o confronto entre
policiais e militantes do MST.
Segundo ele os sem-terra teriam sido executados.
Esta afirmação até hoje é discutida, pois existem vídeos
onde nota-se, claramente, que os militantes, armados com seus “intrumentos de
trabalho”, partiram para cima da polícia, que reagiu e revidou ao ataque para não serem trucidados.
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