“O bando tem elevado nível de organização e controle de suas
atividades no crime, talvez pelo fato de contar com vários ex-militares em suas
fileiras”. (Trecho de um recente relatório reservado da Polícia Federal sobre a
prisão do narcotraficante “Menor P” – que teve treinamento de elite na Brigada
de Infantaria Paraquedista do Exército, onde passou por curso especial de
comando – e que se preparava para seguir o plano estratégico do também
“reeducando” Marcola, da famosa facção paulista PCC, unificando os grupos
criminosos no Rio de Janeiro).
“O corpo técnico da Petrobrás precisa ser respeitado. O dia
a dia da empresa é de crescimento da produção e eu trabalhando para que a
autoestima esteja lá em cima. Mas sem fantasia, dentro da realidade da vida.
Não fantasie porque o mundo é duro”. (Palavras da Presidente da Petrobras,
Maria das Graças Foster, em entrevista concedida a O Globo, em 25 de março,
comentando o momento de uma estatal de economia mista que sofre questionamentos
em sua governança corporativa, sendo alvo de escândalos bilionários de
corrupção, capazes de envergonhar a mais safada CPI – cuja sigla real é:
Comissão Para Impunidade).
Os dois trechos entre aspas confirmam a importância e
necessidade da boa gestão – até para a governança do crime organizado (estamos
falando do narcotráfico, e não da administração do capimunismo tupiniquim).
Aliás, a prisão do “Menor P”, que liderava o tráfico em 11 favelas da Maré, foi
um exemplo de boa gestão pós-moderna. A PF contou com a colaboração da
operacionalidade israelense, no uso de um sofisticado veículo aéreo não
tripulado, que localizou, com precisão, onde estava o gestor do narcotráfico.
O (mal) exemplo do “Menor P” é uma demanda real do mercado –
espaço onde ocorrem as trocas reais e simbólicas de informações, produtos ou
serviços. A Era da Comunicação Digital, marcada pela revolução dos smartphones
e da difusão instantânea de informações, exige Educação. Escolas, universidades
e empresas têm de formar Profissionais de verdade. O Brasil Capimunista, com
democracia capenga, cheia de malandragem autoritária, peca neste quesito
básico...
O trabalhador produtivo deste presente do futuro precisa
combinar humildade para aprender, domínio das línguas e da matemática, alto
nível técnico, vontade política, criatividade, motivação, visão empreendedora,
bom senso administrativo, capacidade de decidir com base em conceitos corretos,
compreensão pragmática de como fazer marketing e visão humana para estabelecer
parcerias políticas, táticas e estratégicas focadas em resultados concretos.
Tais qualidades devem ser aplicadas aos indivíduos. Cada um
de nós tem obrigação de conhecê-las, descobri-las e desenvolvê-las,
aplicando-as ao dia a dia da vida profana – ou sagrada. Só dá para sobreviver,
evoluindo para melhor, se aprendermos a gerir. Gestão é a manifestação prática
da vontade política e estratégica, aplicada a uma racionalidade administrativa,
para mobilizar, organizar, decidir e agir.
A boa gestão depende de Comunicação e Marketing. Comunicação
é o intercâmbio de informações entre seres humanos, através de objetos, meios
ou sistemas. Marketing é a gestão da política e estratégia de comunicação
focada em resultados para o mercado – que lida com sua mercadoria mais valiosa:
a informação, com seus valores de uso, troca e estima. Política é a arte de
definir o que fazer. Estratégia é a arte de colocar a política em prática,
usando os conceitos e os meios corretos.
Governar (algo ou a si mesmo) é uma arte. A governança
(pessoal ou corporativa) depende de alguns princípios fundamentais: Vontade
Política, Visão Humanista, Ética, Transparência, Equidade, Justiça, Legalidade,
Responsabilidade, Prestação de Contas, Qualidade e Verdade. A obra não é fácil.
Mas precisa ser tocada com competência, eficiência e senso prático de
realidade.
Uma breve análise da situação brasileira mostra que vamos
muito mal de governança. Aliás, historicamente, sempre fomos horríveis nisto. O
vício capimunista delega ao poder estatal – e a quem parece estar no comando
dele – o papel de tocador da História. Na realidade, quem deveria tocar a
História, com seu trabalho, é o cidadão-eleitor-contribuinte. O desafio é: como
fazer isto no País da Vagabundagem, da Corrupção, da falta de respeito aos
valores éticos, humanos e democráticos?
Missão quase impossível... No Brasil, nada funciona direito.
A Gestão parece uma utopia. PT da vida na fila de um ônibus para o trabalho –
porque a moto resolveu pirar o cabeçote e detonou o motor -, ouvi a queixa de
um micro-empreendedor injuriado com a desgovernança em São Paulo – aquele lugar
que deveria ser a locomotiva do Brasil, mas onde a governança pública funciona
no melhor estilo do Terceiro Mundo:
“Há 12 anos abri uma fabricazinha calçados femininos na Zona
Leste. Dou emprego a 44 pessoas. Não aguento mais. Não vejo a hora de poder me
aposentar e sair fora. O governo só me rouba. Botei uma faixa anunciando uma
promoção. Apareceu um fiscal engravatado, mandou tirar e avisou. Você levou R$
15 mil de multa. Avisei a ele que não vou pagar. Dane-se. Qualquer hora chuto o
balde. Fecho essa merda e vou me embora. O governo fica com ela”.
Eis o incômodo de quem ousa ser empreendedor na Terra
arrasada do Nunca, que é o Brasil. Por aqui, os insumos mais altos são energia,
salários e impostos. Ninguém aguenta ter o governo – ineficiente e corrupto –
como sócio compulsório, indesejável, que rouba do produtor e do cidadão
assalariado, em média, 40% do resultado do trabalho e do esforço produtivo, sem
proporcionar a devida contrapartida em benefícios sociais: Educação, Saúde,
Transporte e Infraestrutura com qualidade.
O pequeno empresário injuriado do final de tarde da última
sexta-feira, no bairro paulistano da Saúde, rumo ao aperto em um desconfortável
e atrasado microônibus para São Bernardo do Campo, ainda soltou uma outra
bronca, antes do embarque: “Todo mundo está falando que o Lula e a família dele
estão construindo torres de edifícios e colocando á venda, por valores
altíssimos, em São Bernardo. De onde sai tanto dinheiro?”
Talvez quem tenha a resposta é o inimigo-aliado número 1 do
governo petralha. O deputado federal Eduardo Cunha explicou para um amigo
argentino, grande empresário, vizinho de seu prédio na Barra da Tijuca (RJ),
por que entrou em guerra com o governo Dilma Rousseff: “Estou de saco cheio do
PT. Só eles querem ganhar... Estão ficando bilionários... Estes caras estão
acima de tudo... A imprensa sabe e nada fala...”
Por causa de desabafos como o de Eduardo Cunha, faz sucesso
nas redes sociais o vídeo acima: Juro eu vou embora desse País... As pessoas
estão de saco cheio... O senso comum real é este... Ninguém suporta mais o
estado caótico, corrupto e violento das coisas no Brasil. Só os beneficiados
pelas bolsas vagabundagem e outras benesses clientelistas do governo – nas
periferias miseráveis e ignorantes – aceitam o jogo imundo da petralhada como
se nada tivessem a ver com a sujeirada.
Outro Eduardo, o Campos, que sonha em tomar o trono da
Dilma, também aproveitou a gravação do programa do PSB para detonar a
ex-aliada: “O Brasil está cheio desse tipo de governança do compadrio, de botar
gente porque fulaninho pediu, gente incompetente, gente que quer fazer coisa errada. Esse modelo está vencido.
É por isso que o Brasil vai mudar 2014 pelo voto”.
Não existe teoria do fato consumado. Não adianta a
marketagem e a manipulação de pesquisas – que agora até admitem a queda da
Presidenta, ainda no comecinho do desgaste com escândalos na Petrobras – que
são de direta responsabilidade dela, na mais generosa hipótese, por
incompetência gerencial.
A “faxineira” é foi um blefe. A “gerentona” outra farsa.
Tudo criação da marketagem criada em um ambiente de mídia amestrada por
mensalões da publicidade e propaganda chapa branca. Dilma Rousseff vai perder a
reeleição. Se vencer, na base da fraude, não terá condições de governabilidade.
Sofrerá impeachment, rapidinho. Isto não é praga, nem previsão de oposição. É
risco concreto. Dilma perdeu credibilidade. Seu desgoverno não tem
legitimidade.
Por ironia da História mal contada do Brasil, a velha
guerrilheira Dilma não vai cair por força de Golpe Militar. Vai sucumbir pelos
golpes dos Meliantes – militantes na governança do crime organizado contra o
Brasil. Dilma é a o triunfo da derrota. É a vanguarda do atraso.
Como diria o técnico Joel Santana, abusando de
sua arte jocosa de poliglota: “The game is over... Fora you, PT”.
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