Idiotas falam e dizem idiotices e, por óbvio, isso faz deles
o que são: idiotas. Se fizessem e dissessem as coisas que fazia e dizia
Schopenhauer, então Schopenhauer seriam. É evidente! A canalha andou ruminando
que eu estaria tentando relativizar isso e aquilo. Relativizar o quê? Ao
contrário: eu estou dizendo que o comportamento de Dilma não tem desculpa.
Ainda que ela e os demais conselheiros tenham sido levados, pelo conjunto de
dados à época disponível, a aprovar a compra de 50% da refinaria de Pasadena,
como justificar o que houve depois?
1 – por que Dilma, na condição de ministra-chefe da Casa
Civil e, sim!, presidente do Conselho, nada fez quando ficou claro que a
Petrobras havia caído numa armadilha?
2 – a compra foi aprovada em 2006; em 2007, a Astra já havia
entrado na Justiça americana para obrigar a Petrobras a comprar a outra metade;
3 – em 2008, a Petrobras organizou a sua defesa nos EUA; no
mesmo ano, enviou US$ 200 milhões à refinaria;
4 – o senhor Nestor Cerveró, sobre quem recaem as suspeitas
de ter elaborado um memorial executivo incompleto, continuou à frente da
diretoria da Área Internacional da Petrobras;
5 – Cerveró saiu da Área Internacional e virou nada menos do
que diretor financeiro da BR Distribuidora, presidida pelo petista José Eduardo
Dutra, um daqueles que Dilma chamou os seus “Três Porquinhos” na campanha
eleitoral.
Relativizando? Não! Ao contrário: eu estou é deixando claro
que, para Dilma, não há saída nesse caso e que a sua desculpa é muito fraca.
Como afirmei na coluna de hoje da Folha, posta na vitrine, não vale R$ 1,99.
Se a conselheira Dilma não tinha como saber o tamanho do
abacaxi em 2006, como asseveram outros conselheiros, a conselheira já sabia de
tudo em 2007 e seguiu sabendo em 2008, 2009 e 2010. Depois, quem passou a saber
de tudo em 2011, 2012, 2013 e 2014 foi a presidente da República.
E é justamente em 2014 que vamos encontrar o tal Cerveró
como diretor financeiro da BR Distribuidora. Se Dilma foi enganada, como ela
diz, transformou o logro de que foi vítima em omissão.
Ora, ela que venha a público contar a história
inteira. Mas, nesse caso, suponho, terá de entregar os companheiros.
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