Os três policiais militares (PMs) que estavam na viatura que
socorreu e arrastou o corpo da auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva
Ferreira, de 38 anos, no último domingo (16,) vão ganhar liberdade provisória.
A decisão foi anunciada na tarde desta quinta-feira (20) pela juiza Ana Paula
Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar.
Os três policiais militares estão presos no Complexo de
Gericinó - Tomaz Silva/Agência Brasil
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No despacho, a juiza diz que atendeu ao pedido do Ministério
Público do estado, que se mostrou favorável à concessão da liberdade aos três
indiciados pelo crime. “Na leitura dos termos da prisão em flagrante, não é
possível verificar de onde partiram os tiros que atingiram Claudia Silva
Ferreira, constando que os indiciados não estavam no local e foram acionados
via rádio, pois a vítima estava baleada no chão", diz Ana Paula na
decisão.
"Assim sendo, por mais fortes e chocantes, e até mesmo
revoltantes que sejam as imagens de Claudia Silva Ferreira, já baleada, sendo
arrastada no asfalto, presa ao reboque da viatura, não é possível afirmar que
os PMs conheciam tal fato e o ignoraram. Ao contrário, o que mostram as imagens
é que a viatura parou e dois policiais desceram e a colocaram de volta na
viatura”, acrescenta a juiza.
Os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo
e o sargento Alex Sandro da Silva Alves estão presos no Complexo Penitenciário
de Gericinó desde segunda-feira (17). Ontem (19) eles prestaram depoimento na
Polícia Civil. Os três estavam na viatura que transportou Claudia, atingida no
peito por um tiro de fuzil durante operação policial no morro da Congonha, em
Madureira. No trajeto para o Hospital Carlos Chagas, no bairro vizinho de
Marechal Hermes, a tampa da caçapa do camburão, onde a mulher foi colocada, se
abriu e ela foi arrastada por cerca de 250 metros, presa apenas pela roupa.
Nesta quinta-feira, três policiais militares que
participavam diretamente da operação no Morro da Congonha, foram ouvidos pela
Polícia Civil. Além de Claudia, a troca
de tiros entre os policiais e traficantes, resultou na morte de um adolescente
de 16 anos.
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