sábado, 5 de dezembro de 2015

Impeachment e Intervenção Militar: Irmãos Siameses

 
O Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República em 1889. O General Eurico Gaspar Dutra foi Presidente do Brasil após a ditadura de Getúlio Vargas (1937/1945) e durante seu mandato (1946) foi promulgada uma das melhores Constituições que o Brasil já teve. O General Henrique Teixeira Lott garantiu com sua autoridade a posse de Juscelino Kubistchek em 1956. Em 1964, os militares assumiram o poder, atendendo ao clamor popular para evitar que uma ditadura comunista se instalasse no país. Durante o governo do General Emílio Garrastazu Médici (1969/1974) o vertiginoso progresso econômico do Brasil passou a ser chamado de “milagre brasileiro”.

Até 1964, os militares brasileiros tinham voz ativa na política e na sociedade nacional. Entre 1964 a 1985 comandaram o país. O Brasil era um país mais sério, mais respeitado, mais patriota e mais progressista. Da mesma forma que ocuparam o poder em 1964, os militares o entregaram em 1985: atendendo aos pedidos do povo e sem derramamento de sangue. Os combates que ocorreram durante o período que a imprensa nacional gosta de chamar de “anos de chumbo” foram ocasionados pela insistência da esquerda em tentar tomar o poder de assalto pela força das armas. Veja a história de Dilma Rousseff, Fernando Pimentel, José Genoíno, José Dirceu, Fernando Gabeira entre outros. Todos usaram técnicas de guerrilha e de terrorismo urbano visando instalar uma ditadura do proletariado no Brasil.

Após 1985 os militares brasileiros retiraram-se para a caserna a passaram a se ocupar de assuntos estritamente profissionais. E começaram a apanhar. A esquerda, vingativa, tenta até hoje reescrever a história. E muitos tolos engolem as mentiras. Por força legal os militares são proibidos de se manifestarem, até para defenderem sua honra. Quando o fazem são exonerados. É só ver os exemplos recentes dos generais Hamilton Mourão e José Carlos De Nardi, exonerados pela presidente.

Durante os 30 anos de silêncio compulsório dos militares brasileiros o país virou de cabeça para baixo. A corrupção atingiu níveis jamais imaginados. A principal estatal brasileira foi loteada e rapinada por maus políticos. A família sofre contínuos ataques. A imoralidade tornou-se a ordem do dia. Programas sociais substituíram o saco de cimento na conquista ilegal de votos. A inflação voltou, o desemprego subiu, e o Brasil vive uma profunda recessão. E chegou o impeachment. Cunha sabe que cairá, mas resolveu levar Dilma consigo. No processo, trocam acusações. E mostram, com clareza, o baixíssimo nível das pessoas que hoje detém o poder em Brasília. Alguns, mais castos (por ignorância ou conveniência), criticam a iniciativa de Cunha: ele não teria moral para iniciar o impeachment. E qual moral Dilma teria para continuar a testa do governo? Seria a moral dos votos conquistados com o estelionato eleitoral e com a suspeita de fraude nas urnas eletrônicas? Ou com a corrupção na Petrobrás que ela comandou? Ou a moral dos seus companheiros de Partido dos Trabalhadores cuja cúpula ou está presa ou está sob fortíssima suspeita? Diga-me com quem andas e eu te direi quem és!

É de se perguntar: o silêncio compulsório dos militares fez algum bem ao Brasil? É óbvio que não. Militar não é cidadão de segunda classe. Se não lhe deve ser permitido rasgar a Constituição (assim como a qualquer outro cidadão) também não se pode tolher o militar de pensar e falar. Quem o faz, age assim em benefício próprio, pois teme a força militar e a prestação de contas que virá.

Já disse e repito: é difícil imaginar um cenário no futuro próximo do Brasil em que não se encare a necessidade de intervenção militar para manter a lei e a ordem e para ajudar as instituições a limparem a casa. A lama está por todos os lados, e só teme o longo braço da lei quem deve explicações à Justiça. O impeachment é um mecanismo constitucional e legal que pode e deve ser usado. Se, como consequência desse processo, for necessário que as Forças Armadas intervenham; que venha a intervenção. Os dois mecanismos não estão de lado opostos nem seus defensores deveriam se sentir em lados antagônicos; muito antes pelo contrário: impeachment e intervenção militar podem se tornar irmãos siameses: um completando o outro, para o bem do Brasil.

Mas, para isso ocorrer, os brasileiros precisarão mostrar a sua voz e a sua cara. Collor caiu porque os cara-pintadas ocuparam as ruas do Brasil. Está chegando o momento de fazer pressão. De mostrar que o Brasil de hoje não é o Brasil que queremos. Que não concordamos com a corrupção, a imoralidade e a falta de ética. Está chegando a hora de levar o lema da nossa bandeira para as ruas:


Ordem e Progresso para o Brasil!

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