Por Ucho.Info
Fio da navalha – Agrava-se a cada dia a crise institucional
que vem derretendo o governo perdulário de corrupto de Dilma Vana
Rousseff, que está em queda livre nas pesquisas de opinião, como “nunca
antes na história deste país”. Enquanto destilava inverdades nos Estados
Unidos, Dilma era in formada sobre a piora do clima nos bastidores do Palácio
do Planalto.
Por um lado avançava de maneira perigosa a articulação
canhestra do petista Aloizio Mercadante, ministro-chefe da Casa Civil, para
desidratar o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) como articulador político
do governo, assunto que tem merecido, não é de hoje, largo espaço no UCHO.INFO.
Alijado das principais decisões palacianas, Mercadante iniciou um movimento
silencioso para complicar a atuação de Temer, que ao aceitar o convite da
presidente da República se recusou a cumprir ordens da Casa Civil, decisão que
encolheu ainda mais o já pequeno ministro da pasta.
Inimigo conhecido de Lula e adulador contumaz de Dilma, o
ministro da Casa Civil tem operado nos bastidores para minar os planos
políticos do PMBD e comprometer a relação entre Lula e os caciques
peemedebistas, cenário que atrapalha a combalida administração da presidente da
República.
Na quinta-feira (2), quando defendeu a saída de Michel Temer
da articulação política do governo, alegando que os petistas o boicotavam no
Congresso Nacional, o presidente da Câmara dos Deputados, o experiente Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), não tomou tal atitude para gerar intrigas entre o Parlamento e
o Palácio do Planalto, mas porque conhece as entranhas do poder. Cunha foi
criticado por muitos, mas sua fala foi ao cerne da questão e incomodou muito
mais do que os palacianos gostariam. Tanto é assim, que Temer começa a avaliar
a possibilidade de abandonar a função que lhe foi confiada.
No momento em que experimenta baixos índices de aprovação do
seu governo (9% de acordo com pesquisa CNI/Ipobe), Dilma não tem condições de
perder um parceiro importante como Michel Temer, que consegue minimizar o
desejo de intifada que reina no PMDB.
Considerando o fato de que Dilma Rousseff está por um fio, a
ordem na sede do Executivo federal é evitar que a peçonha política do alarife e
lobista Luiz Inácio da Silva suba a rampa do Palácio do Planalto, que, caso
aconteça, não deixará espaço para que a presidente continue no cargo.
No contraponto, no prédio vizinho ao Palácio do Planalto,
mais precisamente no Ministério da Justiça, o petista José Eduardo Martins
Cardozo também avalia a possibilidade de deixar o governo. Isso porque o
ministro não aceita ser pressionado pela cúpula do PT, em especial por Lula, em
virtude da atuação da Polícia Federal nas operações “Lava-Jato” e “Acrônimo”,
que têm alvejado o partido de forma acachapante. Há quem diga que a fala de
José Eduardo Cardozo foi premeditada e buscava reforço para permanecer no
governo, mas até o momento a presidente da República não se manifestou a
respeito do tema. Assim como não comentou o imbróglio envolvendo Michel Temer.
Dilma Rousseff sabe que descumpriu um acordo selado com
Lula, que dava ao ex-metalúrgico o direito de concorrer à Presidência na
eleição de 2014, mas seu apego ao poder obrigou-a a sepultar os planos políticos
do criador. A queda de braços entre caciques petistas e o staff palaciano está
apenas no começo, mas Dilma poderá tombar a qualquer momento, pois a disputa
ganhou muito mais musculatura do que gostaria a presidente.
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