“O exemplo não é a
maneira principal de influenciar os outros, é a única maneira possível”.
(Albert Schweitzer – Prêmio Nobel da Paz)
Passadas as manifestações, considerando as declarações de
dois dos ministros de Sua Excelência Presidenta da República Federativa do
Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, e depois as próprias
declarações da Senhora Dilma Vana à nação, com todo seu português facilmente
compreensível, fica a certeza, o PT é vítima.
O PT é vítima!
Há lógica na afirmativa:
1. Vivemos em um país onde não é o fumante, o indivíduo que
opta por fumar, que é responsável pelas doenças que se seguirão. É o cigarro o
causador de todo mal, então deve ser proibido o cigarro e seu uso em todos os
espaços.
2. Vivemos em um país violento, pouco nos damos conta de que
incubamos a violência, muito pouco fazemos para que se tenha uma educação
fundamental de qualidade. E muito menos nos damos conta que é a discriminação
espacial a principal causa. E se temos um criminoso que incubamos, que faz uso
de uma arma, não é ele que deve ser responsabilizado, principalmente quando ela
é ilegalmente adquirida, seja fruto de roubos ou furtos, ou através do tráfico
internacional, ele é vítima, a arma que deve ser proibida, esta é a razão pela
qual tanto se mobilizam para que as armas sejam proibidas, assim se mobilizam.
Mas sabemos que há outros motivos, muito claros, cada vez mais claros.
“O controle das armas com a população não tem como objetivo
o controle das armas, mas sim o controle da população” (Gerhard Erich Boehme)
3. Vivemos em um país onde não se investe na prevenção de
acidentes e na educação para o trânsito, e se um condutor ingere bebidas
alcoólica, entorpecentes ou outras drogas, como as anfetaminas, que são
substâncias que estimulam o sistema nervoso central e faz com que o cérebro
trabalhe mais depressa e cause nas pessoas a impressão de diminuição da fadiga
– já que consegue executar uma atividade qualquer por mais tempo- de menos
sono, perda de apetite e de aumento da capacidade física e mental. Então o
agente, o condutor, ou o caminhoneiro, é vítima, quem é culpado é a bebida, as
drogas ou os rebites. A lógica está em proibir o uso do álcool e os rebites. As
drogas, não, afinal elas movimentam a economia de um país vizinho, este
comandado por um índio sindicalista cocalero, o qual como outros líderes da
América Latina tomam parte do Foro San Pablo.
4. Vivemos em um país
onde não se valoriza o livre mercado, muito embora este coloque as nações no
rumo do desenvolvimento, justiça e legalidade. Aqui se considera que há
negócios escusos, que injustiças são cometidas pelo poder econômico e tantos
outros. A lógica é não dar ao cidadão a liberdade para empreender, a lei para
haja proteção e que contratos sejam cumpridos e salvaguardar o estado de
direito, para que não haja privilégios, usw. Então o cidadão é vítima, deixa de
ser responsável, o que justifica a intervenção crescente na economia, mesmo que
ela venha a asfixiar a economia, assim asfixiando a geração de emprego, riqueza
e renda. É por isso que, mesmo fazendo parte do Catecismo da Igreja Católica,
da qual a maioria dos brasileiros são membros, desconsideramos a importância do
princípio da subsidiariedade. Não é o cidadão que é responsável e pode exercer
suas responsabilidades, ele é vítima, Então a lógica do PT é abominar o
mercado, a lógica é não se fazer uso de indicadores de liberdade como os do
Heritage Index, e entender as razões do sucesso de muitos países, como a
Austrália, Nova Zelândia, Estônia, usw., e aqui perto de nós, o Chile. A lógica
é condenar o mercado e não cobrar responsabilidades das pessoas. A lógica é não
colocar o princípio da subsidiariedade como fundamental na organização do país.
E é por isso que não devemos nos surpreender com a
corrupção. As principais lideranças do PT e de sua base afilhada não são
responsáveis por este, que é um dos maiores escândalos de corrupção do mundo,
elas são vítimas. São vítimas não apenas o José Eduardo Dutra - que foi também
Presidente do PT até a chegada de Rui Falcão, Sergio Gabrielli e Maria das
Graças Foster, que foram presidentes da Petrobras, eles não foram responsáveis
por alimentar corruPTos e transformar a empresa em caixa para o projeto de
poder do PT, cujos esquemas estão agora sendo revelados pela condução da
Operação Lava Jato, e a CPI.
José Eduardo Dutra e
Sergio Gabrielli, indicados pelo ex-presimente Lula, assim como Maria
das Graças Foster indicada com pompas pela Excelentíssima Presidenta da
República Federativa do Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, foram
vítimas da corrupção.
Dutra, Gabrielli e Foster foram vítimas!
E não apenas eles, mas também a Excelentíssima Presidenta da
República Federativa do Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, ela é a
principal vítima desta corrupção toda.
Dilma foi e é vítima!
A lógica do PT é que a corrupção não tem responsáveis, mas
sim que há uma legislação que necessita ser mudada, é por isso que defendem
medidas de combate a corrupção ou a reforma política. Os culpados pela
corrupção são, na lógica do PT, não foram os agentes que empreenderam o esquema
bilionário de corrupção que assistimos, há que se combater a corrupção e se
realizar a reforma política. Para eles a Excelentíssima Presidenta da República
Federativa do Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, não tem culpa
alguma. Para eles pouca importância tiveram os seus passos frente à Petrobras.
Desconsideram que ela, a Excelentíssima Presidenta da
República Federativa do Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, foi:
a) Ministra de Minas e Energia de 1 de janeiro de 2003 a 21
de junho de 2005, e assim esteve no comando do Ministério que tem a Petrobras
como uma das empresas sob sua gestão;
b) Ministra Chefa da Casa Civil, entidade que promove o
loteamento político e assim absorve do poder legislativo por parte do executivo
que representa - e essa é a principal característica e definição de ditadura
como consta nos dicionários - e
c) Presidência do Conselho de Administração da Petrobras
desde 2003 até o dia 22 de abril de 2010, quando saiu devido ter se candidatado
à Presidência, mas deixou em seu lugar o navegador genovês Guido Mantega, seu
principal braço direito até então.
E vale sempre lembrar que a Petrobras sempre teve suas
principais decisões tomadas no Palácio do Planalto, isto desde que foi criada,
com destaque depois de 1961, em especial na indicação dos principais cargos na
empresa, muitos ocupados pelas pessoas mais competentes que tivemos no Brasil,
como Ernesto Geisel, Araken de Oliveira, Hélio Beltrão e Ozires Silva. Destes,
destaco Hélio Beltrão e Ozires Silva que dignificaram o termo brasileiro, sem
aspas.
Realmente, o “brasileiro” tem que entender que ela foi
vítima. Não deve ser penalizada. Na lógica do PT devemos combater a corrupção,
não preveni-la, como deveríamos fazer com todos os crimes, Pela lógica do PT
não se deve cobrar responsabilidades, os agentes dos crimes são vítimas, devem
ser mantidos impunes. Segue a lógica pela qual não entendem que temos polícias
que atuam na prevenção ao crime, como as polícias militares e as polícias
rodoviárias, assim como os militares nas
fronteiras e, caso ele, o crime ocorra, devemos ter justiça, e então as polícias
que atuam neste campo, que dão os primeiros passos, como as polícias civis,
técnicas ou técnico-científicas e a Polícia Federal. É a reforma política que deve ser aprovada e
deve-se adotar medidas de combate à corrupção, não preveni-la.
Realmente, o “brasileiro” tem que acatar o pronunciamento do
ministro da Secretaria Geral da Presidência, devem desconsiderar que ele
ocorreu com um tom ameaçador, na linha da defesa de um partido e não da nação,
foi totalmente desconexo com a realidade e com o desejo da população.
Apresentar como soluções uma reforma política, com o
financiamento público de campanha, que tende a concentrar ainda mais poder nas
mãos do governo, e novas medidas contra a corrupção, quando nosso maior
problema é a impunidade, é um desrespeito à inteligência dos brasileiros.
O financiamento público de campanha implica em mais ônus ao
contribuinte e centraliza o poder em Brasília. Não faz sentido impor ao
contribuinte que ele contribua com candidatos que apresentam propostas contrárias
à que defende. Seria uma aberração contra a democracia.
Eu me mostro descrente quanto a possibilidade da
Excelentíssima Presidenta da República Federativa do Brasil, a Senhora Dilma
Vana Rousseff Linhares, ou o futuro presidente da República, seja quem for,
colocar a reforma política como prioridade. Até porque teria que passar pelo
legislativo, ou melhor deveria esta proposta vir do Congresso, e não o
contrário. Assim, uma reforma só virá se a sociedade pressionar.
Nos últimos anos tivemos alguns avanços, como na
participação popular na política. "O Ficha Limpa, que é um projeto de
iniciativa popular, e a Lei 9.840, que pune a compra de votos, são exemplos de
uma participação mais ativa da sociedade.
Vindo do PT, a proposta do financiamento público é ainda
mais temerária, pois pode trazer mecanismos que façam com que os partidos sejam
praticamente estatizados.
E fico impressionado como o PT consegue tirar o foco do tema
central, o de não deixar impune quem de fato é o agente, conseguem mobilizar os
“brasileiros” para que o debate seja feito na continuidade dos temas como o da
proibição do cigarro, do álcool, das armas, do livre mercado, da corrupção ou
da liberdade do cidadão decidir quem deve apoiar, financiar e votar. Não se
pode cobrar responsabilidade, é inaceitável no nosso país que lideranças
política sejam exemplo, não podemos valorizar o princípio da subsidiariedade: o
“brasileiro” é vítima.
O PT é vítima, o "brasileiro" é vítima e as nossas
autoridades não devem dar o exemplo e ser exemplo, devem ser mantidas impunes.
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Gerhard Erich Boehme é Engenheiro.
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