Por
Portal Terra
O
Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou nesta quinta-feira a julgar o
recurso do coronel da reserva do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra contra
decisão da Justiça de São Paulo que o declarou como torturador por crimes no
período da ditadura entre 1970 e 1974.
Dois
dos quatros ministros que integram a Terceira Turma entenderam que é possível
exigir reparação do Estado em qualquer momento, no entanto, a Lei da Anistia
(6.683/1979) impede qualquer punição aos militares. Após os votos da ministra
Nancy Andrighi e do ministro João Otávio de Noronha, um pedido de vista do
ministro Paulo de Tarso Sanseverino interrompeu o julgamento. Não há data
prevista para a retomada.
Em
2012, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve decisão da primeira
instância, proferida em 2008, que responsabiliza o militar pelas torturas
cometidas no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-Codi).
A
ação foi proposta por Maria Amélia Teles, o marido César Augusto Teles e a irmã
Crimeia de Almeida. Eles foram presos em 1972 e torturados no DOI-Codi.
Fonte: A Verdade Sufocada
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Observação
do site A Verdade Sufocada
A
publicação acima se refere, unicamente,
ao cel Ustra, entretanto, o Portal Terra, na
mesma matéria, publica em Saiba Mais três assuntos, dando a entender que
os mesmos se referem ao cel Ustra, o que é absolutamente falso.
1
- Saiba Mais:
2
- Veja agora como o Cel Ustra nada tem a ver com estes três assuntos:
A - Restos mortais de Rubens Paiva foram
jogados ao mar, conta coronel
Às
vésperas do Ministério Público Federal (MPF) denunciar os agentes do regime envolvidos
na morte do ex-deputado Rubens Paiva, ocorrida entre os dias 20 e 22 de janeiro
de 1971, um coronel reformado, de 76 anos, afasta as dúvidas que restavam
acerca do destino do ex-deputado. "Ele saiu para o mar", garantiu o
oficial em entrevista ao jornal O Globo. Segundo ele, recebeu a missão ao
baixar à Seção de Operações do Centro de Informações do Exército (CIE),
acostumado, como ele diz, a "consertar cagadas" de militares de
outros órgãos da repressão. A ordem de dar um fim definitivo a um corpo enterrado
dois anos antes nas areias do Recreio dos Bandeirantes veio do "gabinete
do ministro", em 1973. "Pelo estado do corpo, não posso dizer de quem
era, nem cabia a mim identificá-lo. Mas o nome que ouvi foi o de Rubens
Paiva", recorda-se.
O
coronel contou que montou uma equipe de 15 homens, disfarçados de turistas, e
passou 15 dias abrindo buracos na praia — as escavações eram feitas dentro de
uma barraca — até encontrar o corpo ensacado. "De lá, ele (o corpo) seguiu
de caminhão até o Iate Clube do Rio, foi embarcado numa lancha e lançado no
mar. Estudamos o movimento das correntes marinhas e sabíamos o momento certo em
que ela ia para o oceano", disse.
B - Coronel desmente versão oficial sobre
desaparecimento de Rubens Paiva
O
general reformado do Exército Raimundo Ronaldo Campos apontou em depoimentos à
Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, no final de 2013, que o Exército montou
uma farsa sobre o desparecimento do ex-deputado Rubens Beirodt Paiva, que sumiu
no dia 20 de janeiro de 1971, depois de ser levado para a carceragem do
Destacamento de Operações de Informações do 1º Exército (DOI-I), no Rio de
Janeiro. As informações são do Jornal Nacional.
À
época, o Exército afirmou que Paiva foi resgatado por seus companheiros quando
era transportado por agentes do DOI no Alto da Boa Vista
C
- Coronel do regime militar diz que morreu 'o quanto foi necessário'
Foi
só quando o carro embicou no pátio do Arquivo Nacional, no Centro do Rio, e o
corre-corre da imprensa se amontoando ao seu redor começou -
"Chegou!" - que as dúvidas sobre se o coronel reformado Paulo Malhães
de fato apareceria se dissiparam.
Aos
76 anos, Malhães foi carregado do carro para a cadeira de rodas que havia
solicitado para comparecer à audiência pública da Comissão Nacional da Verdade
(CNV), cercado de fotógrafos e cinegrafistas.
O
ex-agente do Centro de Informações do Exército (CIE) chegou acompanhado da
esposa, vestindo um terno bege e um óculos escuros de aro dourado - que fez um
repórter ao meu lado comentar que parecia o ex-ditador líbio Muanmar Khadafi.
Outra
repórter arriscou puxar uma entrevista - "Você não se arrepende?" -
gritou, mas a cadeira de rodas era empurrada às pressas para a sala de
depoimento, que seria fechada à imprensa. Malhães nem olhou para trás.
Fonte:
A Verdade Sufocada
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