Por Pericles da Cunha
O que mais me preocupa neste tsunami deflagrado pela
tragédia com Eduardo Campos é o messianismo que a Marina representa em um
momento da vida nacional dominado por uma perigosa lassidão moral em que o
escândalo do dia faz esquecer os outros e por uma não menos perigosa descrença
total com a classe política o que leva a pensar que a saída esteja na escolha
de uma figura messiânica com a da Marina para liderar uma democracia direta com
a exclusão dos políticos que dominam o parlamento. Agora mesmo José Dirceu
cunhou a expressão “Marina é o Lula de saia” porque vê nela a força eleitoral de
Lula em 2002 quando a origem humilde de Lula se juntou ao desejo de mudança da
maioria dos eleitores. E aposto como a maioria do PT pensa como Dirceu.
O que temo é que não se comanda um país complexo como o
nosso sem QUADROS e BASE PARLAMENTAR e a Marina não possuirá os dois e nem tem
jogo de cintura para compor as alianças que o José Dirceu montou para o Lula. E
nem a Marina tem o carisma e o apoio das FFAA para impor uma democracia direta
como a do Chávez, na Venezuela. Resumo: se der Marina vou fazer como aquele
sinalizador ferroviário no teste final do curso, em que lhe perguntaram qual o
procedimento diante da queda de uma ponte e na iminência da passagem de um
trem. "Ligo para a estação por onde passará antes", “não pode, pois o
trem já passou”. "Uso a sinalização com bandeiras", "não pode, é
noite”. "Recorro à sinalização com lampião", “não pode, não tem
querosene”. Ele pensou e respondeu: “Então eu corro em casa para chamar a minha
mulher”, “mas o quê ela vai resolver”? "Resolver não vai, mas vai ver uma
baita porrada".
(...)
No dia seguinte da eleição já sei o que vou fazer: CHAMAR A
MINHA MULHER PARA VER A BAITA PORRADA QUE VAI ACONTECER. Não sei se o Brasil
aguentará um purgante como este chamado Marina.
Fonte: A VerdadeSufocada
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