Por VEJA
Ataque aéreo israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza,
em 08/07/2014 - Ibraheem Abu Mustafa/Reuters/VEJA
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Israel retomou os bombardeios contra a Faixa de Gaza nesta
sexta-feira, em resposta ao lançamento de cerca de vinte foguetes contra o seu
território. Os disparos vindos de Gaza aconteceram logo após o encerramento do
cessar-fogo de três dias, que expirou às 8h locais (2h de Brasília), depois que
o Hamas rejeitou as ofertas para um prolongamento da trégua. A Jihad Islâmica,
uma das milícias palestinas que atuam em Gaza, assumiu a autoria dos
lançamentos. "Esta manhã, depois do reatamento do lançamento de foguetes
contra Israel, as Forças de Defesa atacaram posições terroristas em Gaza",
informou um boletim militar israelense.
O cessar-fogo de 72 horas entre Israel e Hamas na Faixa de
Gaza chegou ao fim na madrugada desta sexta-feira sem um acordo de
prolongamento. Menos de uma hora antes do encerramento, o Hamas declarou que
Israel não havia aceitado suas exigências nas negociações e que, por isso, a
trégua não seria mantida – o grupo deseja o fim imediato do bloqueio marítimo a
Gaza. Com Israel disposto a estender o cessar-fogo por mais três dias, os
mediadores egípcios tentaram até o fim amenizar as exigências do Hamas para
concretizar a ampliação da trégua. O Egito argumentou que as demandas mais
complexas dos dois lados deveriam ser discutidas como parte de um acordo de
longo prazo, e não como condições para um cessar-fogo imediato. O Hamas, no
entanto, rejeitou a proposta.
Depois de quase um mês de confrontos na Faixa de Gaza, o
cessar-fogo de três dias interrompeu as hostilidades entre os dois lados e
permitiu a abertura de negociações mediadas pelo Egito no Cairo. Apenas na
madrugada desta sexta, cerca de três horas antes do encerramento, dois foguetes
vindos de Gaza violaram a trégua e atingiram Israel sem deixar vítimas.
Reinaldo Azevedo: O que seria do Hamas sem a guerra?
Números – A ofensiva israelense contra o Hamas teve início
no dia 8 de julho e deixou 1.893 mortos do lado palestino, segundo números
divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde de Gaza. Do total de
mortos, 446 eram crianças e houve ainda quase 10.000 feridos. A ONU estima que
ao menos 70% das vítimas eram civis e que cerca de 65.000 moradores tiveram
suas casas destruídas. As Forças de Defesa de Israel afirmam ter matado cerca
de 900 terroristas. Sessenta e quatro soldados e três civis israelenses
morreram durante a operação.
(Com agência France-Presse)
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