O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), chega às
vésperas de sua campanha à reeleição com uma vantagem menor em relação a seus
adversários no horário eleitoral gratuito. Na comparação com 2010, o tucano
deverá ter palanque eletrônico com maior número de aliados, mas provavelmente
terá 2 minutos a mais do que o candidato do PT, Alexandre Padilha. Na última
eleição, Alckmin tinha 2m40s de vantagem na propaganda sobre Aloizio
Mercadante, o então adversário petista.
A projeção do tempo de TV de Alckmin na campanha à reeleição
leva em conta os prováveis partidos de sua coligação. Até agora, o tucano está
fechado com sete siglas (PPS, DEM, PSC, PRB, Solidariedade, PTB e PROS), uma a
mais do que tinha a chapa da primeira disputa, que contava com PMDB, DEM, PSC,
PPS, PHS e PMN. Considera-se no cálculo ainda o PP, partido cobiçado no mercado
de coligações por ser uma das legendas a agregar mais tempo de TV (1min16s).
Se esse cenário confirmar-se, o governador terá 2 minutos de
vantagem em relação a Alexandre Padilha. O tucano possuía 2m40s a mais do que
Aloizio Mercadante em 2010.
A situação pode se complicar para Alckmin se o PP decidir
apoiar o candidato petista. O partido faz parte da base aliada da presidente
Dilma Rousseff e apoiou o prefeito Fernando Haddad (PT) em 2012. Nesse caso,
Padilha ficaria com meio minuto a mais do que Alckmin no horário eleitoral
gratuito.
O tempo de TV dos candidatos ao governo no horário eleitoral
gratuito é calculado a partir da representatividade na Câmara dos Deputados de
cada partido integrante da chapa. Quanto mais deputados, mais tempo de TV uma
legenda agrega à coligação eleitoral.
Tranquildade. O presidente estadual do PSDB, deputado Duarte
Nogueira, um dos articuladores políticos de Alckmin no Estado, afirma que a
provável redução do tempo de TV do tucano nesta eleição não preocupa o partido.
"Nós não temos nenhum receio porque nós temos tempo, temos o que mostrar e
sabemos como fazer isso", diz.
"Quando há o que mostrar, tendo habilidade para
apresentar as coisas, o eleitor certamente saberá diferenciar o bom governo
daquilo que é só proselitismo que o adversário faz", afirma o deputado,
referindo-se a eventuais ataques do PT à candidatura de Alckmin.
Coligação. A propaganda do governador Geraldo Alckmin pode
chegar a ter 7min12s em uma coligação formada por nove partidos ( caso ele
conte com o apoio d o PP), ou 5min56s sem essa sigla. Em 2010, o tucano teve
seis aliados e 6min56s no programa eleitoral gratuito.
Alexandre Padilha, por sua vez, deve fechar uma coligação
para disputar o governo de São Paulo com apenas dois partidos (PCdoB e PR).
Somando-se seu partido, o PT, ele deve ter 5min12s de tempo de propaganda na
televisão. Caso conquiste o PP, o ex-ministro da Saúde poderá ter 6m28s,
ultrapassando Alckmin no horário eleitoral gratuito.
Em 2010, a campanha do petista Aloizio Mercadante
montou palanque eletrônico com nove aliados (PRB, PDT, PTN, PR, PSDC, PRTB,
PRP, PCdoB e PTdoB), que lhe renderam 4min16s de exposição na TV. (Estadão)
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