Por ucho.info
Sinuca oficial – Há uma briga silenciosa e crescente nos
bastidores do Palácio do Planalto, que contrapõe a presidente Dilma Vana
Rousseff e seu antecessor, o lobista Luiz Inácio da Silva. Ciente de que uma
nova queda de Dilma nas pesquisas colocará o projeto totalitarista do partido
na corda bamba, Lula adotou um comportamento dual. Enquanto, diante de câmeras
e microfones, defende a reeleição da sucessora, nas coxias do poder o
ex-presidente vem alimentando uma guerra que cada vez torna-se identificável.
Depois do movimento “Volta Lula”, que ainda não produziu
qualquer resultado surpreendente nas pesquisas eleitorais, o cenário político
nacional abre a semana com mais uma polêmica. A declaração do ex-presidente da
Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que em entrevista ao jornal “O Estado de S.
Paulo”, no domingo (20), disse que Dilma não pode fugir à responsabilidade pela
conturbada e polêmica compra da refinaria de Pasadena, no Texas.
José Sérgio Gabrielli reconhece que o relatório entregue ao
Conselho de Administração da estatal foi “omisso” ao não disponibilizar as
malfadadas cláusulas que constavam do contrato, mas Dilma, que à época dos
fatos era ministra-chefe da Casa Civil e presidia o conselho da empresa, “não
pode fugir da responsabilidade dela”.
Ao custo de US$ 1,25 bilhão, o negócio é considerado péssimo
e gerou um enorme prejuízo aos cofres da estatal, cujo controle acionário é da
União, ou seja, do povo brasileiro. No momento em que Gabrielli faz tal
afirmação, contrariando as desculpas de Dilma Rousseff, torna-se imprescindível
a instalação de uma CPI específica para investigar a empresa, que ao longo da
última década foi transformada pelo PT em uma usina de escândalos de corrupção.
Dilma vem tentando nas últimas semanas escapar do olho do
furacão, utilizando inclusive algumas estratégias pouco convincentes, como, por
exemplo, o aumento da veiculação de campanhas publicitárias da Petrobras, mas a
missão parece não ter produzido os resultados desejados. O PT trabalha com a
possibilidade de Dilma e o ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, serem
responsabilizados pelo péssimo negócio envolvendo a Petrobras e a belga Astra
Oil. Mantega foi parceiro de Dilma no Conselho de Administração da Petrobras.
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