quarta-feira, 19 de março de 2014

Defesa: PMs que atuaram no Carandiru mereceriam medalhas



O advogado Celso Vendramini, que defende os 10 policiais militares que estão sendo julgados pela atuação no quinto pavimento (quarto andar) da Casa de Detenção de São Paulo, em 2 de outubro de 1992, no episódio que ficou conhecido como Massacre do Carandiru, fez uma apresentação emotiva para convencer o júri que os membros do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) não merece ser condenado pelas oito mortes a que estão respondendo. "Deveríamos tirar o chapéu e dar medalhas para esses homens".

Vendramini é ex-policial da Rota e afirmou aos jurados ter sido alvo de muitos tiros. "Matei para não morrer. Antes ir para a cadeia do que para debaixo da terra. Eu prefiro um bandido morto a um policial ferido", disse ele. Sobre os policiais que entraram no Carandiru, ele usou outra frase de efeito. "(Os policiais)enfrentaram o inferno, viram o demônio na frente deles", disse.

O advogado disse que os policiais são mal defendidos desde a época da ação, em 1992. "Falam aqui eu júri ideológico. Isso me causa nojo. Não se pode admitir que (os promotores) ganhem nome em cima dos policiais".

O advogado chegou a reconhecer que houve excesso por parte dos policiais na ação. Mas disse que quem se exacerbou precisa ser identificado. "Quem foi? Não sabemos. E por isso vamos condenar estes homens?", questionou.


Vendramini insistiu em sua tese principal: que os policiais que estão sendo julgados não estiveram no quinto pavimento da Casa de Detenção de São Paulo. Mas sim no quarto pavimento. “Eles não podem ser julgados por mortes que não cometeram”, disse.

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