segunda-feira, 4 de maio de 2015

TOFFOLI NÃO PODE JULGAR OS RÉUS DA LAVA JATO



Somente uma enorme omissão do STF, da mídia, da OAB, do Congresso Nacional e da opinião pública pode explicar que o ministro Toffoli consiga, mesmo, julgar os réus da Lava Jato. Será que nossas instituições perderam todo senso moral?

Lembrai-vos da Bastilha


Em 1789, a sociedade francesa era governada pelo Rei e constituída por três grupos, denominados “Estados”: o primeiro, constituído pelo clero, o segundo pelos nobres, e o terceiro pela classe média e produtora, os burgueses. O povo formava os “sans culottes”, os despossuídos, os empregados semiescravos.

Os impostos eram pagos somente pelo terceiro Estado, que sustentava os dois outros. As consequências disso recaiam sobre seus empregados, que recebiam salários miseráveis.

Quando a situação ficou intolerável, o povo e os burgueses forçaram a convocação dos Estados Gerais, uma assembleia do tipo constituinte, onde certas distorções poderiam ser corrigidas. O terceiro Estado entrava em desvantagem nas decisões, pois os outros dois sempre se juntavam contra ele a fim de manter seus privilégios.

Desta vez, porém, algumas defecções no segundo Estado lhe deram a vitória, que não foi reconhecida. Suas reivindicações não foram levadas em conta pelo Rei, o que acabou resultando na dissolução dos Estados Gerais e naquilo que se convencionou chamar de “Revolução Francesa” na qual nobres cabeças rolaram em abundância.

No Brasil de nossos dias, há uma rainha mentirosa e incompetente e um rei alcoólatra, corrupto e imoral que trabalha nas sombras e cujo trono se desloca continuamente.

Há um primeiro Estado formado por um sistema político soi-disant representante do povo e encarregado de exercer o poder em nome dele, mas que na verdade trabalha por usurpá-lo em favor de seus próprios interesses.

Há o segundo, constituído pelos parasitas que aparelham o Estado em todos os setores da administração pública, e não só nada produzem como tem autorização real e do primeiro Estado para saquear grande parte das riquezas do Estado Nacional.

E, exatamente nas mesmas condições francesas daquela época, um terceiro Estado e um povo sofrido, que sustentam os outros dois com seu suor e seus impostos.

Houve uma reunião dos Estados Gerais quando milhões de representantes do terceiro Estado e do povo foram às ruas em quase quinhentas cidades do País a fim de alertar aos outros que a situação estava insustentável. Não foram ouvidos!

Mas eles continuaram seus esforços, tentando demonstrar que, em contraposição ao Distrital Puro, o processo eleitoral que proporcionaria a mais legítima manifestação da democracia eleitoral em nosso país, aquele proposto pelas velhas raposas enriquecidas na política, o chamado “distritão”, garantiria definitivamente o poder econômico como o senhor das eleições brasileiras e seria uma afronta à maturidade de nosso povo, pois iria juntar o Brasil ao seleto clube formado exclusivamente por quatro membros ilustres: Afeganistão, Jordânia, Vanuatu e Ilhas Pitcairn.  Não foram recebidos!

Poder-se-ia, talvez, apelar à justiça, mas o Poder Judiciário está contaminado pela servidão aos interesses do partido do rei apedeuta, que continua a tentar infiltrá-lo com juízes iníquos, prontos a atender seus interesses.

Sob argumentos subjetivos, a Suprema Corte concedeu habeas corpus a inegáveis larápios, conluiados no assalto às empresas públicas brasileiras, aplicando um tapa na face da sociedade e disseminando a sensação de impunidade que tem sido a regra geral nos tempos que vivemos. Votaram irmãmente o relator e o autonomeado presidente da turma. O primeiro, escolhido a dedo pelo PT e o segundo, advogado do PT.

É absolutamente inconcebível que os senhores senadores sequer cogitem agora de completar aquela Corte com um amoral advogado do MST.

O povo, por mais de doze anos enganado pela falsa propaganda do rei nu, começa a se aperceber disso, e se inquieta. Há mais pessoas dormindo pelas ruas do Rio de Janeiro do que nas de Katmandu, no Nepal, destruída por um terremoto.

Aliás, estima-se que os recursos desviados pelos representantes do rei e do primeiro Estado (e somente aqueles até agora já descobertos), dariam para recuperar aquele país da desgraça que se abateu sobre ele. Quando, e se, forem apurados todos os desvios praticados por essa corja, talvez descubramos que menos cruel nos teria sido ter sofrido um terremoto instantâneo do que suportar por tanto tempo a corrupção desses crápulas no poder.

A insensibilidade e a fogueira de vaidades do sistema político civil aumenta a quantidade de grupos que clamam por uma intervenção militar “constitucional” e torna cada vez mais difícil a posição daqueles que acham que essa não seja a melhor solução.

Senhores responsáveis pela condução da vida política deste País: os senhores estão ignorando os repetidos avisos que a sociedade brasileira lhes está enviando, até agora pacificamente, em português claro e olhando-os nos olhos. Cuidado! Quem se propõe voluntariamente a esquecer a história se arrisca a ser devorado por ela. O povo tem hoje pouco pão e terá cada vez menos nos dias sofridos que se aproximam. Não o mandem comer bolos!

A Bastilha é frágil. Basta um rastilho de pólvora aceso para derrubá-la. A pólvora já está se acumulando na base de suas muralhas. Não são poucos aqueles cheios de intenções de acendê-la. Só falta a oportunidade adequada.

Não a forneçam!



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José Gobbo Ferreira, Coronel na reserva do EB, é membro do Movimento Acorda Brasil/União BR dos Movimentos.

O “Exército de Sempre” e o caminho do dever


Caros amigos

Em 2002, como Comandante da 7a Brigada de Infantaria, Brigada Felipe Camarão, em Natal/RN, cumprindo o dever de manter os meus subordinados informados, consultei oficialmente o Centro de Inteligência do Exército (CIE) a respeito da posição do EB sobre uma série de assertivas do filósofo Olavo de Carvalho, que denunciavam a conivência do governo com o MST.

Em 2003, transferido para o Rio de Janeiro, cursei a Escola Superior de Guerra – hoje ameaçada de deixar de ser de Guerra para ser de Defesa, bem ao gosto do revisionismo pernicioso de que o Brasil tem sido vítima.

Em 2004, servindo no Estado Maior do Exército, entreguei aos meus chefes imediatos um documento pessoal que, entre outras coisas, dizia:

“Infelizmente, entendo que, se as Forças Armadas continuarem silenciosas em relação aos atos e fatos que interferem em sua missão constitucional, ocorridos interna ou externamente, mantendo-se, por inação, coniventes com os projetos de poder do governo da ocasião, elas verão surgir, rapidamente, a cizânia e a quebra da coesão entre seus quadros e se transformarão (…) em milícias manipuladas pelo interesse corrupto dos políticos, mal equipadas, despreparadas e, principalmente, mais preocupadas em sobreviver do que em servir!

Considero que a omissão é a mais destrutiva das atitudes de um soldado, e que será tanto mais destrutiva quanto mais alto seja seu posto ou graduação.”

Em 2006, minha carreira foi interrompida no posto de General de Brigada e, consequentemente, não tive mais acesso às informações que devem ser facultadas aos postos e funções de maior responsabilidade.

No entanto, o relacionamento próximo e franco que mantenho com meus camaradas no serviço ativo me enseja um bom nível de conhecimento da percepção política e estratégica do Exército e de seus integrantes face à conjuntura nacional.

A humildade, virtude essencial à convivência entre os homens, e a obrigação que me imponho de não contribuir para “a cizânia e a quebra da coesão” me têm feito respeitar com resignação, mas não em silêncio, tudo o que considero equivocado na condução do Exército e no seu relacionamento com o governo e com a sociedade ao longo dos anos que caracterizam o que chamo de era pós-moral.

Não me permito deixar de prestigiar os meus camaradas em função de comando e procuro transmitir-lhes este sentimento junto com o meu juízo crítico. Parto do princípio de que têm a mesma formação e a mesma vivencia que eu tenho, conhecem o seu dever, estão mais informados e tão ou mais preparados do que eu julgo que estaria se estivesse em seus lugares, mas, principalmente, pelo fato de que, aconteça o que acontecer, estando em reserva, não poderei assumir com eles as responsabilidades por suas ações ou omissões, diferentemente do tempo em que podia e devia consultar o CIE ou manifestar-me, por escrito ou não, a meus subordinados e chefes imediatos.

Em que pese a crise política, econômica, social e jurídica em que vivem os brasileiros, seja qual for o contexto vindouro e baseado na máxima de que “muitos caminhos levam a Brasília”, mantenho-me convencido de que, no que depender do Exército, o resultado final será positivo, cabendo aos civis e aos militares em reserva, como eu, sem descurar da crítica ponderada, franca e honesta, continuar unidos e crentes na força atávica dos valores morais e democráticos que historicamente têm indicado o caminho do dever ao “Exército de Sempre”.

Após a árdua tarefa de resgate que cabe a todos os homens e mulheres de bem desta terra, a Nação terá, com ou sem sequelas, ainda mais razões do que já tem para orgulhar-se dos seus soldados, marinheiros e aviadores e lamentará, constrangida, ter dado crédito às mentiras e às falsas profecias de seus eternos traidores e detratores.

FORÇA-TAREFA PREVÊ SENTENÇA A PARTIR DO PRÓXIMO MÊS


Procurador Deltan Dallagnol concede coletiva sobre operação 
em Curitiba. Foto: André Dusek / Estadão conteúdo
Contagem regressiva para julgamento de executivos começa nesta semana
  
A decisão do Supremo Tribunal Federal de livrar da cadeia e transferir para o regime de prisão domiciliar nove empreiteiros denunciados no bilionário esquema de corrupção e desvios na Petrobras não vai criar obstáculos ao ritmo dos processos da Lava Jato conduzidos pelo juiz federal Sérgio Moro, avalia a força-tarefa responsável pelas investigações. Pelo cronograma, a partir de junho começam a ser expedidas as primeiras sentenças nas cinco ações penais que têm os executivos como réus.

Esta semana a Justiça Federal em Curitiba dará início aos interrogatórios dos 25 dirigentes e funcionários de seis empreiteiras - Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC - das 16 apontadas como integrantes de um cartel nos contratos da Petrobrás dentro desse primeiro pacote de processos criminais.

As ações foram abertas em dezembro de 2014, após denuncias do Ministério Público Federal serem aceitas por Moro.

Na semana passada, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef - delatores e peças centrais das investigações - foram os primeiros réus desses processos a serem interrogados pelo juiz. Costa confirmou o esquema de corrupção e cartel na estatal. “Nos contratos envolvendo o cartel, a propina era generalizada”, afirmou.

Na opinião dos investigadores, os executivos das empreiteiras têm pouca chance de escapar da condenação pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro em primeira instância. Alguns respondem ainda por formação de organização criminosa e por uso de documentos falsos.

As acusações tratam da corrupção e dos desvios comprovados pela força-tarefa em contratos apenas da Diretoria de Abastecimento - que era a cota do PP no esquema.

Contra eles, foi reunida farta documentação de prova material e técnica, como quebras de sigilos fiscal, bancário e telefônico, que somadas às confissões de delatores e às provas produzidas pela própria Petrobras - dentro de suas apurações administrativas - servirão como base para o julgamento de Moro.

‘Cartas marcadas’. O coordenador da força-tarefa, procurador Deltan Dallagnol, sustenta que há “uma guerra contra a corrupção” em curso. “Esse é apenas um pacote das várias denúncias que virão. Estamos em uma guerra contra a impunidade e a corrupção.

”Os executivos e as empresas serão acusados formalmente ainda por formação de cartel, fraudes em processo licitatório, itens ainda não inclusos nesse primeiro pacote. “As empresas simulavam um ambiente de competição, fraudavam esse ambiente e em reuniões secretas definiam quem iria ganhar a licitação e quais empresas participavam de qual licitação. Temos aí um ambiente fraudado com cartas marcadas”, afirma Dallagnol.

A Petrobras - tratada como vítima do esquema - reforçou os trabalhos de investigação no mês passado, quando oficialmente passou a integrar o polo ativo dos processos. Com isso, ela virou acusadora formal dos réus, ao lado do Ministério Público Federal.

Até agora, apenas um processo da Lava Jato envolvendo a estatal foi julgado. Nele, que trata da lavagem de dinheiro usada para desviar recursos da obra da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, Costa, Youssef e outros seis réus foram condenados por crimes que integram as cinco ações penais contra os executivos. O ex-diretor de Abastecimento não recebeu perdão judicial e foi sentenciado a 7 anos de 6 meses de reclusão. Deste total serão descontados os períodos em que ficou preso na Polícia Federal em Curitiba e em regime domiciliar, que cumpre desde outubro de 2014.

O esquema - que começou a ser desmontado em março do ano passado - arrecadava de 1% a 3% em contratos da estatal, por meio de diretores indicados pelo PT, PMDB e PP. O prejuízo estimado até agora é de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, desviados entre 2004 e 2014.Pelo rito processual, após os interrogatórios dos empreiteiros, o MPF terá prazo para fazer suas alegações finais de acusação e depois os acusados terão tempo para suas defesas - antes que o juiz comece a elaborar suas sentenças.

Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato sustentam que a decisão do Supremo não altera as acusações contra empreiteiros e executivos das principais construtoras do País. Para eles, a necessidade de prisão dos réus, incluindo o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa - apontado como o coordenador do cartel -, e o presidente afastado da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Leó Pinheiro, está mantida.

A 2.ª Turma do Supremo, em decisão apertada (3 a 2), tirou os executivos da cadeia após cinco meses e meio, mas estabeleceu restrições na prisão domiciliar, entre elas o uso de tornozeleiras eletrônicas.

Cartel. Com a fase final desses primeiros processos que têm como réus executivos de seis empreiteiras, a força-tarefa da Operação Lava Jato entra em nova etapa envolvendo obras da Petrobras descobertas partir das revelações das delações premiadas.Serão duas frentes prioritárias. A primeira tem por objetivo concentrar esforços na apresentação de denúncias contra os executivos de outras empreiteiras investigadas por cartel, como a Odebrecht, a Andrade Gutierrez e a Queiroz Galvão.


A segunda frente será aprofundar a descoberta dos esquemas de desvios, propina e lavagem nos contratos das diretorias de Serviços - comandada na época por Renato Duque (preso desde fevereiro) e cota do PT no esquema - e de Internacional - comandada por Nestor Cerveró (preso desde janeiro) e cota do PMDB (AE).

Erros do PT ameaçam a sigla em 2016


Senadora Marta Suplicy com o ministro Fernando Haddad durante caravana de debates com os pré-candidatos do PT a prefeitura de São Paulo
Marta Suplicy e Fernando Haddad: adversários no ano que vem
(Fernando Cavalcanti/VEJA)
Saída de Marta Suplicy evidencia momento amargo do partido. Eleições do ano que vem tendem a resultar no primeiro recuo da legenda desde 2000

Há quinze anos o PT elegia Marta Suplicy prefeita da capital paulista - maior triunfo do partido nas eleições municipais de 2000. A sigla ainda saía do pleito com 70% mais prefeituras do que conseguiu em 1996. Em todo país, foram quase 15% dos votos totais, com destaque para o ganho de terreno da sigla no interior. Depois do PPS, foi a legenda que mais cresceu na ocasião. Oito eleições depois, o pleito do ano que vem tende a resultar no primeiro recuo do PT desde 2000. Ironicamente, a mesma Marta Suplicy que representou o avanço da legenda em 2000 é um dos símbolos do momento amargo que o partido hoje vive.

A senadora, que foi ministra de Dilma Rousseff até novembro, anunciou na última semana sua desfiliação do PT. Antes disso, Marta passou a atacar o partido sistematicamente, em um gesto que pode soar oportunista, mas é revelador do novo momento político do país: ser petista frequentemente traz mais ônus do que vantagens. Para além de fatores circunstanciais, está claro que o partido vive um momento de declínio que dificilmente deixará de influenciar o pleito de 2016.

As eleições de 2014 já mostraram uma inflexão natural, porque cíclica, no eleitorado. Não fossem as rasteiras aplicadas contra adversários na campanha do ano passado, é muito provável que Dilma Rousseff tivesse perdido as eleições.

Embora ainda não tenha confirmado, Marta deve integrar-se aos quadros do PSB, que já assegura o espaço para que a ex-petista dispute a prefeitura de São Paulo. "Ela vai ser ter uma candidatura ampla", assegura Carlos Siqueira, presidente do PSB. A sigla é a principal candidata a herdar os votos do eleitorado típico do PT. Mesmo hoje, os socialistas já governam três dos maiores municípios brasileiros. O PT, apenas um.

O caso de São Paulo é novamente um bom exemplo do novo cenário: Fernando Haddad tem índices baixos de popularidade e concorrerá em uma eleição disputada: Marta é popular justamente na periferia, onde o eleitorado é tradicionalmente petista. Celso Russomanno, que ficou perto de chegar ao segundo turno na última disputa, deve voltar a concorrer. O candidato tucano, seja qual for, terá a seu favor uma máquina partidária bem estruturada e cabos eleitorais de peso.

Já no Rio de Janeiro, PMDB e PT dificilmente repetirão a parceria das últimas eleições. O primeiro deve lançar o deputado federal Pedro Paulo ou líder do PMDB na Câmara, Jorge Picciani. O segundo cogita concorrer com o deputado federal Alessandro Molon. Em Belo Horizonte, o PT também enfrenta uma forte resistência. Apesar de ter vencido a disputa para o governo do Estado em 2014, o partido foi derrotado por uma margem expressiva na capital mineira. Aécio Neves teve lá quase dois terços dos votos válidos contra Dilma Rousseff.

Com processos correndo na Justiça e investigações contra políticos no Supremo Tribunal Federal, é pouco provável que, até outubro de 2016, o escândalo do petrolão desapareça do noticiário. "O caso da Petrobras pode comprometer a imagem do PT ainda mais", avalia o cientista político Rui Tavares Maluf.

As incertezas para o PT aumentam porque é possível que a disputa de 2016 já se dê sob um novo sistema eleitoral, atualmente em gestação no Congresso. Dificilmente será o modelo defendido pelo partido, o do voto em lista.

Além disso, outras forças políticas têm se aglutinado. PSB e PPS estão em processo de fusão, o que deve resultar na quarta maior bancada do Congresso - e mais perto da oposição do que do governo. PTB e DEM também negociam unir-se, o que pode resultar em outra grande sigla independente e fora da órbita do PT.

A maior parte das siglas que deu sustentação ao PT nos últimos anos tem pouca identidade programática com o partido da presidente. A aliança de ocasião tende a se desfazer conforme a aprovação da presidente e de seus correligionários decresce. PMDB, PP, PR e PSD são exemplos de legendas que tendem a caminhar para onde sopra o vento da política. "Há uma tendência de fragilização da aliança entre o PT e esses partidos que têm mais dificuldade em ter candidaturas próprias", avalia o cientista político.

A oscilação cíclica das preferências do eleitorado, o senso de oportunidade de antigos aliados, o fortalecimento da oposição dentro e fora do Congresso e, sobretudo, os sucessivos erros do Partido dos Trabalhadores devem trazer surpresas nas eleições de 2016. Só não está claro ainda quem será o maior beneficiário delas.

domingo, 3 de maio de 2015

O irmão esperto de Dilma



A polícia do Distrito Federal investiga o caso de Igor Rousseff que recebeu 120 mil reais por serviços de consultoria que nunca prestou.

REFORMA POLÍTICA DA CNBB? NÃO ASSINE!


Sou leigo católico. Não faz parte de meus deveres de batizado seguir a orientação da CNBB para uma reforma política no Brasil. Reforma política é tema político e quem entra na pauta vai, necessariamente, para o contraditório. Ao se comprometer tanto com o assunto, a CNBB se envolve em algo que não lhe diz respeito e onde, mesmo entre juristas e cientistas políticos, as opiniões divergem. Como leigo, sou membro do Corpo Místico de Cristo (que é a própria Igreja, cuja unidade defendo e integro), mas quando a Conferência envereda no campo político, é ela que desliza para o espaço das opiniões e para os conflitos inerentes a essa atividade, desligando-se do que deve ser unitário. Nem fica bem invocar a unidade para eximir-se do contraditório, ou para fazer um tipo de crítica que tenta desqualificar a crítica.

Um grupo de 112 entidades uniu-se em torno de um projeto de reforma política para o país. Seguindo a velha cartilha da mobilização, iniciaram coleta de assinaturas, em busca do mínimo constitucionalmente exigido para os projetos de iniciativa popular - 1,5 milhão de adesões. O projeto foi amplamente divulgado em outubro de 2014 pelo movimento Eleições Limpas (www.eleicoeslimpas.com.br) e hoje é acionado por uma certa Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas (procure no Google por esse nome e clique em "Quem somos").

Examine a lista e depois me responda: qual o partido ou tendência ideológica que lhe vem à mente quando lê MST, CUT, Via Campesina, CONTAG, UNE, FENAJ? Em meio a uma batelada de ONGs que vivem às nossas custas, com acesso franqueado a verbas públicas, também integram a tal Coalizão: o MMC (Movimento das Mulheres Camponesas, aquelas que destruíram os laboratórios da Aracruz em 2006 e atacaram recentemente, em Itapetininga, um laboratório da Suzano Papel e Celulose), a UBM (entidade de mulheres pró-aborto), a RFS (Rede Feminista de Saúde, pró-aborto), a REBRIP (rede de ONGs e movimentos sociais com propostas "alternativas"), a Liga Brasileira de Lésbicas, o Movimento Evangélico Progressista, a Articulação Mulheres Brasileiras (pró-aborto e contra os direitos dos nascituros). Que interesses em comum podem ter com a CNBB?

Qualquer pessoa minimamente informada percebe que "tem PT nesse negócio". E tem. A proposta é um espelho das questões centrais do projeto petista de reforma política: voto em lista (acrescentando um segundo turno com voto nominal); financiamento exclusivamente público, ou seja, custeado pelos pagadores de impostos; um reforço aos instrumentos de democracia direta (bebendo água no Decreto Nº 8243, aquele dos sovietes). Agora, uma diferença. Enquanto a proposta petista falava em igual número de candidaturas masculinas e femininas aos cargos legislativos, a proposta da CNBB é mais moderninha e fala em igualdade de "gênero". Pode? Pode. É a CNBB. Enfim, a concepção do projeto é tão petista que o site do PT, em 26 de fevereiro, comemorou o manifesto da CNBB, conforme pode ser lido em (http://www.pt.org.br/cnbb-e-oab-lancam-manifesto-em-apoio-a-reforma-politica/).

Os católicos já foram solicitados pela CNBB, em 2002, a assinar por um calote da dívida externa (chamado de "auditoria") que absolutamente não era necessário; convidados a assinar por um plebiscito e uma nova constituinte que a ninguém interessou; convencidos de que a salvação moral da política viria da lei da ficha limpa (uma lei boa, aliás) que precedeu a maior ladroagem da história. Agora estão escaldados, e as assinaturas pela Reforma Política patinam, distantes do 1,5 milhão de adesões. Por isso, surgiu um formulário suprimindo do cabeçalho os nomes das entidades que revelam a vinculação da iniciativa aos já desacreditados interesses petistas. Desculpem-me, mas isso não se faz. Parece coisa de, digamos assim, petistas.



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Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+ e membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

Renan Calheiros pode vetar Fachin



A coluna de hoje de Eliane Cantanhede se debruça sobre as atitudes oposicionistas do presidente do Senado, Renan Calheiros. É o espelho da fraqueza crescente de Dilma Rousseff no Parlamento. O pano de fundo desse elevação do conflito legal é a possível recusa do Senado para aprovar a indicação de Dilma Rousseff ao STF, o advogado Luiz Fachin.

ATITUDES DIGNAS

Por Emerson Rogério de Oliveira - Jornal O SUL

Relembro um fato inédito que chamou a atenção dos presentes à cerimônia de entrega de medalhas, realizada no dia 25 de Agosto de 2005, por ocasião das comemorações do Dia do Soldado, em Brasília. Com a presença de Ministros de Estado, Comandantes das Forças Armadas, convidados e familiares, foi entregue a Medalha do Pacificador. Depois do dispositivo pronto, um senhor idoso, apoiado em uma bengala, vestindo roupas escuras e gravata preta, portando em seu peito a Medalha do Pacificador, atravessou toda a frente do dispositivo até o local onde estava a autêntica espada do Duque de Caxias. Com lágrimas nos olhos, retirou a medalha do peito, elevou ao alto, à frente, à esquerda e à direita. Depois de beijá-la, colocou-a no seu antigo estojo e a depositou aos pés da coluna onde estava a espada de Caxias. Voltou, passou silenciosamente pela frente do dispositivo, indo sentar-se na arquibancada de cimento, diante do palanque.

Perguntado por que devolveu a medalha, respondeu que ela havia sido desonrada e desprezada, em flagrante desrespeito à figura do  insigne patrono do  Exército, o Duque de Caxias, por já ter sido distribuída a pessoas que não mereciam tal honra. Disse mais, que, se a recebeu num ato solene, seria justo devolvê-la também num ato solene.
Esse senhor idoso é o coronel de Infantaria Reformado/Inválido Cícero Novo Fornari. Na época tinha 74 anos, desses, 43 de serviços prestados ao Exército e à Pátria.

A imprensa divulgou o fato em poucas linhas, mas eu o destaquei pela sua atitude digna e corajosa em meu livro Trincheiras Abertas, que lhe chegou às mãos por um amigo. Em dia recente, ligou-me de Brasília, onde mora, para agradecer-me e perguntar-me se eu tomara conhecimento do que lhe aconteceu depois daquele fato. Respondido que não, contou-me que, durante um passeio com a esposa pelas ruas de Brasília, resolveu entrar em uma loja de antiguidades – uma mistura de velhos objetos com brechó. Apoiado pela bengala visitava prateleiras e balcões, olhando as mais variadas quinquilharias e artigos ali expostos, parando em frente a uma redoma de vidro onde estavam diversas medalhas militares, cuidadosamente alinhadas num feltro verde. Atento, o dono da loja aproximou-se, cumprimentou-o e passou a discorrer sobre o histórico das medalhas, as suas origens, quem as mereciam..., e, por fim, perguntou se ele desejava comprar uma. Apesar de não ter obtido resposta, sabia que iria negociar com aquele homem calado, pois já vira aquele brilho nos olhos de muitos clientes. Abriu a tampa da redoma e continuou com a explicação, mostrando-lhe a medalha da Primeira Guerra Mundial, da Segunda, do Serviço Amazônico...

Tentava cativar aquele cliente que parecia paralisado, que ainda não abrira a boca, mas também não tirara o brilho dos olhos, e, então, o vendedor apontou o dedo para uma Medalha do Pacificador e perguntou se ele lembrava do caso daquele coronel do Exército que devolveu a sua Medalha do Pacificador numa cerimônia em Brasília, depositando-a junto à espada de Caxias, sob o olhar e o silêncio dos presentes.

 O coronel levou um choque. Ergueu a cabeça para aquele homem gentil e educado, que evocava lembranças de um fato da sua vida.  Valeu-se da bengala para melhor firmar as pernas trêmulas das muitas jornadas, e contendo a emoção falou pela primeira vez desde que entrara naquela loja: "Não me lembro, mas deve ter sido um velho "gagá", meio maluco, pra fazer isso!"

Surpreso, o dono da loja retrucou-lhe com veemência, dizendo que ele estava enganado, pois o coronel era um homem honrado e tomou uma atitude digna naquele dia, uma vez que essa medalha passou a ser concedida a pessoas que não preenchiam os requisitos para tal, perdendo, assim, o seu valor.

O coronel sorriu, mostrou-lhe a identidade, e disse-lhe: "Pois saiba o senhor que esse coronel está à sua frente. Fui eu quem devolveu a medalha".

O coitado do homem ficou pasmo, olhou para a identidade, olhou para o coronel e, num gesto largo e espontâneo, abraçou-o. Imediatamente pegou a medalha, empertigou-se, esboçou um gesto solene e prendeu-a no peito do coronel, dizendo-lhe: "Ela é sua! Estou devolvendo-a para o lugar de onde nunca deveria ter saído".

 A surpresa agora era do velho e experiente militar. Quis impedir-lhe o gesto, mas não conseguiu. Tentou pagar-lhe o valor da medalha, também não conseguiu... E o vendedor, com um sorriso largo, disse-lhe: "Coronel, o senhor mereceu essa medalha pelo seu trabalho e dedicação à Pátria. Estou feliz por devolvê-la".

Os dois velhos emocionados se abraçaram. O coronel agradeceu-lhe, juntou-se à mulher e, com passos lentos, auxiliados pela bengala, retirou-se da loja, levando a sua Medalha do Pacificador no peito. Certamente também levava os olhos marejados.

Atrás dele, um homem feliz pelo resgate que fizera naquela tarde observava-o partir, tendo a certeza de que aquele foi o seu melhor negócio do dia.

Gesto isolado, sem pompa e sem testemunhas. Mas nobre e grandioso, porque esculpido na dignidade das suas atitudes, provando que os valores morais são cultuados por homens, não por sombras.

Nem tudo está perdido.




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Emerson Rogério de Oliveira é Militar Reformado e Escritor

Triângulo perigoso envolve Toffoli, ministro do STJ e empreiteiro



O ministro Dias Toffoli, do STF, nunca vem escoltado por boas notícias. A capa de VEJA desta semana estampa uma preocupante proximidade entre o ministro e o empreiteiro Leo Pinheiro da OAS, segundo relatório da Polícia Federal. "Quando os escândalos de corrupção se aproximam da cúpula do PT, o Supremo Tribunal Federal parece não estar interessado em apurar o caso", diz o colunista de VEJA Augusto Nunes.

Investigação do MP contra Lula torna inquestionável CPI do BNDES, afirmam líderes oposicionistas


lula_380Nocaute político – O senador Ronaldo Caiado (Democratas-GO) declarou nesta sexta-feira (1) que a investigação do Ministério Público contra o ex-presidente Luiz Inácio da Silva por tráfico de influência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é mais uma prova de todas as denúncias de corrupção que a oposição vem fazendo em relação ao banco estatal de fomento.

Reportagem da revista Época mostrou que o MP tem documentos e depoimentos com indícios de que Lula teria atuado para favorecer empréstimos do BNDES para a construtora Odebrecht realizar obras em países como Gana, Cuba, Republica Dominicana e Angola.

Para o líder do Democratas no Senado Federal, a suspeita contra o ex-metalúrgico revela um padrão de atuação do BNDES no governo do PT que privilegia o calendário eleitoral desses países, a reorientação das obras para empreiteiras que sustentem os “mimos” de Lula e caixa 2 de campanha no Brasil. Esse cenário no mínimo criminoso caracteriza mais um grande esquema de corrupção praticado pelo PT. “Todas essas denúncias só serão esclarecidas com a CPI do BNDES, atesta.

“Essas informações que estão vindo a tona só confirmam os depoimentos dos delatores do processo da operação Lava Jato. É um enorme esquema de corrupção que envolve a Petrobras, BNDES com tentáculos em empreiteiras e frigoríficos. No dia da audiência pública com o presidente do BNDES (Luciano Coutinho) já havíamos denunciado a coincidência das viagens de Lula com a liberação de recursos e aprovação de obras nesses países. Mostrei que 57% dos financiamentos do BNDES para exportação de serviços de, 2007 a 2014, foram para Cuba, Angola, Argentina, Venezuela e República Dominicana”, disse Caiado ao mencionar audiência pública com Coutinho na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, realizado em 14 de abril.

“Faltam apenas poucas assinaturas para protocolarmos a CPI. Precisamos priorizar informações que comprovem a ingerência política no banco público que mudou seu perfil e age conforme estratégia do Foro de São Paulo. É possível visualizarmos como padrão a forma atuação do BNDES: a coincidência com o calendário eleitoral desses países; a reorientação das obras para alimentar caixa 2 de campanha no Brasil bem como atender aos ‘mimos’ de Lula e a caracterização de mais um grande esquema de corrupção praticado pelo PT”, concluiu.

PPS também protesta

Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), considerou de “extrema gravidade” a investigação aberta pelo MP para investigar Luiz Inácio da Silva, o agora bem sucedido lobista de empreiteira. Lula é acusado de ajudar a Odebrecht em contratos de ao menos US$ 4,1 bilhões em projetos financiados pelo banco estatal em vários países durante o seu governo e o de Dilma.

“A CPI do BNDES precisa começar a funcionar o mais breve possível para contribuir com as investigações do Ministério Público, e a Justiça apurar e julgar com celeridade essa denúncia de extrema gravidade contra um ex-presidente da República, que atua sem limites para atender a demanda da custosa máquina petista por meio do tráfico de influência”, afirmou Bueno, autor do pedido de criação da CPI.

“Não há como não investigar a fundo o tráfico de influência exercido por Lula porque os casos envolvendo integrantes do governo do PT já têm extenso repertório de escândalos, no qual figuram Rosemary Noronha e Erenice Guerra. A existência de um padrão no modus operandi do PT, que triangula o dinheiro da propina em paraísos fiscais, reforça ainda mais a instalação da CPI pelo fato de Lula operar em benefício da Odebrecht na América Latina e na África”, defende o líder do PPS.

Rubens Bueno disse que protocolará, na próxima semana, duas PFCs (Proposta de Fiscalização e Controle) na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para o TCU (Tribunal de Contas da União) auditar o contrato do BNDES com o governo da República Dominicana para a construção de usinas termelétricas, no valor de 2 bilhões de dólares; e com o governo de Gana, para a construção de um corredor rodoviário, estimado em 290 milhões de dólares.

“O caráter sigiloso dos contratos não pode impedir que o Congresso Nacional atue para exercer seu dever constitucional de fiscalizar os atos do Executivo”, afirmou o parlamentar, que também ingressou com outra PFC para passar um pente fino na atuação do BNDES no financiamento do Porto de Mariel, em Cuba.

“A imediata instalação da CPI do BNDES se mostra mais do que necessária para abrirmos a caixa preta do banco e conhecermos a exata dimensão do buraco negro do dinheiro público aberto pela gestão petista”, diz Bueno.

sábado, 2 de maio de 2015

Lula é investigado pelo MPF por tráfico de influência internacional


Militares do Exército Brasileiro na Rua. Susto para alguns e esperança para outros.

Militares do exército na rua em 26 de abril 
Nunca se falou tanto em intervenção militar no país. A ânsia da esquerda em reescrever a história acabou surtindo efeito contrário. A sociedade buscou se informar e cada vez maior número de pessoas declara acreditar que os militares agiram corretamente em 1964.

A Comissão Nacional da Verdade caiu totalmente em descrédito, a ponto do relatório, que levou anos para ser concluído, ter caído no ostracismo em apenas alguns meses por conta das várias falhas e unilateralismo na condução das pesquisas.

evento central do brasil 31 de março 2015
“quem jura defender a pátria com sua própria vida
não pode ter medo de se posicionar“
Um grande número de pessoas tem ido às ruas pedir aos militares que tomem partido e intervenham na política. A maioria dos militares se mantém calada e os clubes e entidades que congregam praças e oficiais da reserva oficialmente dizem que o país se mantém dentro da ordem institucional. Contudo, em alguns eventos com a presença de militares percebe-se mensagens sutis indicando que ha muitos que acreditam que ha necessidade de um posicionamento mais firme, como pode-se atestar observando a imagem abaixo, registrada pela Revista Sociedade Militar em manifestação ocorrida no final de março, no Rio de Janeiro.

Está marcada para primeiro de maio, no Rio de Janeiro, mais uma manifestação pedindo intervenção militar (Veja aqui). Os organizadores protocolaram um documento no Comando Militar do Leste e Polícia Militar informando sobre o evento.

Ontem, em pleno domingo, alguns militares tiveram que atravessar parte da cidade de Santos – SP. A população, aparentemente assustada, parou pra tirar fotografias e postar nas redes sociais. O Globo logo publicou nota informando que não passava de um deslocamento de rotina. Os militares estavam se deslocando para a Base do Guarujá, onde agora realizam treinamento.

$talinácio responderá por tráfico de influência no BNDES em favor de obras da Odebrecht no exterior?

 
A nazicomonopetralhada, sempre radical e fanática em suas avaliações, faz a seguinte análise sobre o gravíssimo momento político: "A imprensa golpista resolveu perder a vergonha e definitivamente partiu para dar eco a denúncias contra a cúpula dirigente do PT, tendo como principal objetivo atingir o símbolo máximo do partido, Luiz Inácio Lula da Silva. Destruir o mito Lula é a principal missão dos golpistas, em conluio com um segmento do Ministério Público e da oposição".

Membro do Núcleo de Combate a Corrupção da Procuradoria da República no Distrito Federal, a procuradora federal Mirela Aguiar abriu um procedimento preliminar para investigar suposto envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em tráfico de influência no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A ideia é apurar se o ex-presidente atuou de forma indevida para induzir o BNDES a financiar obras da Odebrecht no exterior. Justamente aqueles empreendimentos cujas informações são classificadas, absurdamente, de "secretas". A partir desta "Notícia de fato", a procuradora tem 30 dias para pedir ou não abertura de inquérito contra o companheiro $talinácio - candidato a enquadramento no artigo 332 do Código Penal.

Se isto dará em alguma coisa ou não, são outros quinhentos. A blindagem de Lula continua inexpugnável, até agora. Sempre paira a ameaça de que seu santo nome seja vomitado nas "delações" premiadas da Lava Jato. Lula escapou milagrosamente do Mensalão, Sequer foi citado no Rosegate - caso abafadíssimo que envolve sua amiga Rosemary Noronha. Por isso, a dúvida é se sobreviverá a uma nova onda de denúncias, já que não tem sequer foro privilegiado para julgamento no Supremo Tribunal Federal. Este é o cagaço real do $talinácio e da companheirada diante dos terremotos de denúncias.
A pergunta fatal, no entanto, continua no ar: será que o MPF terá poderes de fato para mexer com ele? E se for denunciado, como o geralmente lerdo e covarde judiciário vai se posicionar? Não há respostas para tanta dúvida. O fato concreto, até agora, é que Lula está "malhando" e se preparando para surgir das cinzas do PT em 2018... O resto é puta torcida e especulação.

Um direito do cidadão




Em nome da legítima defesa, a arma de fogo é um direito de todo cidadão. Quanto mais se restringe sua venda legal, mais aumenta a quantidade e a forma cruel dos crimes.

No mesmo sentido, o número de policiais mortos foge à estatística comparativa com qualquer outro país. A legislação lhes nega a retaguarda jurídica para bem desenvolver seu trabalho, pois não faltam propostas para desarmá-los fora de serviço ou na inatividade.

A política de direitos humanos, ao vender uma perfeição hipotética, na prática anestesia a população, inibindo-a de reagir a injustas agressões. Uma verdadeira lavagem cerebral faz o povo aderir à "cultura da paz", como se a violência pudesse regredir com passeatas ou cruzes fincadas na Praia de Copacabana.

Os casos de execução seguidos de furtos se apresentam como uma nova realidade em nosso dia-a-dia. A certeza de encontrar uma vítima desarmada e a despreocupação de uma pena branda, que não será cumprida em sua totalidade, estimula o crescimento desse lucrativo "negócio".

O atual Estatuto do Desarmamento, ao exigir "comprovada necessidade" para aquisição de arma, na verdade, pela sua discricionariedade, veta ao cidadão a sua posse.

Uma nova lei se torna imperiosa no sentido de facilitar, àqueles que desejem, a aquisição de arma de fogo para defesa própria, de seus familiares e patrimônio. A população, rural ou urbana, não pode continuar convivendo com o fantasma da insegurança, já que o poder público não é onipresente.

Por ocasião do referendo, em 2005, o governo demonstrou a farsa do desarmamento quando o relator do Estatuto — deputado Luiz Eduardo Greenhalgh — se apresentou como advogado do líder do MST, José Rainha, detido em flagrante portando uma escopeta ilegal. Na prática, ficou caracterizado que o desarmamento somente seria aplicado aos outros, e não àqueles que levam o terror ao campo, bem como aos criminosos urbanos que continuam com armamento e poder de fogo muito superiores ao das nossas polícias.

Em operações mal planejadas ou midiáticas, como a "tomada" do Complexo do Alemão, assistimos a centenas de marginais, fortemente armados, evadirem-se sem serem incomodados, para praticar seus crimes em outras regiões, junto ao nosso povo completamente desarmado pelo malfadado Estatuto.

A atual composição da Comissão de Segurança Pública da Câmara, majoritariamente composta por agentes da segurança pública e com conhecimento de causa, traz a esperança de mudanças profundas na legislação que dispõe sobre a aquisição e porte de armas, contribuindo para garantir melhores condições de defesa do cidadão.


Apesar das críticas e da pecha "bancada da bala", entendemos que se exauriu a política de que o crime pode ser combatido com medidas que não sejam capazes de levar o medo ao agressor.

Gestão Haddad negociou com chefes do narcotráfico da Cracolândia




O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, negociou com chefes do narcotráfico da Cracolândia, informa a Folha, a intervenção da Prefeitura na região, que acabou resultando, depois, em confronto entre viciados e forças de segurança: Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Metropolitana. Ou por outra: o prefeito Fernando Haddad escolheu bandidos como seus interlocutores. Ou por outra: o prefeito Fernando Haddad tem de ser política e criminalmente responsabilizado por dividir com traficantes os destinos da maior cidade do país. Ou por outra ainda: o prefeito Fernando Haddad não pode continuar à frente da capital do Estado.

Vamos à história. Agentes do prefeito negociaram, sob a sua orientação, a ação que seria empreendida pela Prefeitura para desmontar a tal “favelinha” na Cracolândia. Tudo foi meticulosamente combinado com marginais, que não eram, atenção!, usuários de drogas, mas traficantes. Na hora h, os interlocutores de Haddad deram no pé, sumiram, e os dependentes armaram a reação. Aí foi preciso chamar a Polícia Militar.

Haddad, claro!, não admite que o acordo se deu com traficantes. Assume um “compromisso” com dependentes, como se esses pobres desgraçados estivessem em condições de fazer e de cumprir alguma forma de acordo. Diz ele: “Alexandre [de Moraes, secretário estadual da Segurança Pública] foi avisado por mim da operação. Falei com ele que não precisaria de apoio da PM porque havia firmado compromisso. Quando o acordo foi rompido, liguei para ele e disse que poderia haver incidente”.

Eis aí uma clara confissão.

E que se note: ainda que a conversação tivesse ocorrido com viciados, já seria imprópria. Eles não podem ser considerados interlocutores da administração para temas que dizem respeito à cidade como um todo. De resto, não custa lembrar: o consumo de drogas ilícitas continua a ser crime. E uma Prefeitura não negocia com criminosos, pouca importa a sua periculosidade. Quando se trata de narcotraficantes, não mesmo!

Uma das pessoas envolvidas na operação revela à Folha que a conversa se deu foi com traficantes: “Não era como zumbis”. “Zumbi” é o termo habitualmente empregado para designar os viciados em crack. De tal sorte estão debilitados e sem condições de responder por si que são tidos como “mortos-vivos”.

Impeachment

O senhor Fernando Haddad tem de ser alvo de um processo de impeachment. E já. Aliás, se os petistas tiverem um mínimo de juízo, não moverão uma palha para salvar o mandato deste celerado. Se eu fosse do partido, aplaudiria o impedimento de um sujeito que, obviamente, depõe contra uma legenda cuja reputação já está no lixo. Ser tida como um covil de ladrões parece ser ruim o bastante, não é mesmo?

Existe lei para pôr Haddad na rua? É claro que sim! Trata-se do Decreto-Lei 201, de 1967, que foi recepcionado pela Constituição de 1988.

Vejam o que define o Inciso X do Artigo 4º da Lei:

Art. 4º São infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato:
X – Proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

Negociar com traficantes é incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

O Artigo 5º da mesma lei define a forma do processo, destacando que a denúncia pode ser feita por qualquer cidadão — e, claro!, por vereadores.


Fim de papo

Acabou! Acho que, desta feita, este senhor passou dos limites. Uma coisa é comportar-se como um ser idiossincrático, monomaníaco, autocentrado. Outra, muito distinta, é quebrar o decoro de forma determinada, clara, consciente, e transformar traficantes em interlocutores da administração.

A Prefeitura se torna, nesse caso, cúmplice de bandidos. Espero que a oposição ao prefeito na Câmara não esgote a sua ação na simples crítica em plenário aos desastres perpetrados por este senhor.

De resto, cumpre indagar o que fará o Ministério Público. Já temos a confissão do prefeito. Ele assume ter negociado com o que diz ser “dependentes” a intervenção da Prefeitura na Cracolândia. Ora, suponho que seus agentes tenham ao menos anotado os nomes dos interlocutores. Quem são?

Chega! Não dá mais! A cidade pode esperar as eleições para mandar para casa um autocrata dos pedais. Mas não pode esperar até 2016 para pôr na rua quem negocia os destinos de São Paulo com marginais.

Impeachment já!

PS: Os petistas chamariam também essa ação de golpe? Golpista das instituições não é quem negocia com traficantes?


CONHECENDO O INIMIGO


Nosso Editor de Opinião comenta aspectos do Caderno de Teses do Partido dos Trabalhadores, preparado para o 5º Congresso a se realizar na capital baiana em junho próximo, em especial as expostas pela tendência “Chapa Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo!”. Como bem diz nosso articulista, a leitura é longa e desagradável, mas essencial para que compreendamos  quem prega o golpe neste país. E não se alegue que a “tendência em questão caracteriza-se pelo seu radicalismo revolucionário  e pregação do ódio na sociedade” pois as ideias que defende são muito semelhantes as tratadas no Forum de São Paulo.

Abaixo o link correspondente. 
        

                                                          Gen Gilberto Rodrigues Pimentel
Presidente do Clube Militar

CONHECENDO O INIMIGO

“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.” Sun Tzu (594 a.C.-496 a.C.) in A Arte da Guerra.

Talvez o prezado leitor julgue forte o termo inimigo. Não devemos temer as palavras.

Mas se um grupo político desesperado e radical, assessorado por instrutores guerrilheiros estrangeiros e nacionais, possuidor de armamento letal e disposto a usá-lo, ocupando posições que lhe permitem paralisar, a qualquer momento, o tráfego nas principais rodovias do país e incursionar na área urbana, invadindo prédios públicos e privados – como, aliás, já fez várias vezes em treinamentos isolados – é chamado por um ex-presidente boquirroto e sem compostura de “exército”, que ameaça empregar nas ruas para forçar a adoção de suas ideias, é bom conhecê-lo. Mesmo que o chamemos por um eufemismo, como adversários, forças adversas ou expressão equivalente.

Não tenha dúvida: para eles, somos o inimigo, e eles não têm nenhum escrúpulo em empregar o termo. E como tal nos tratarão.

Mas o que deve nos preocupar não é tanto o “exército” inimigo, mas seus mentores e as forças que o mantêm, doutrinam e sustentam, os partidos comunistas ou filocomunistas capitaneados pelo nefasto e desonesto PT. E que o empregará, o que se torna mais possível quanto mais desesperadora for sua situação.

Acossado por denúncias diárias de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas etc, responsabilizados pela derrocada da Petrobras, acusados de estelionato eleitoral, cúmplices de todas as maracutaias e falcatruas que envergonham o Brasil, o desespero pode levá-los a atitudes extremas, pois sentem o poder escapar entre seus dedos.

Atônito com o clamor popular contrário que sobe das ruas, apenas quatro meses depois de assumir mais um mandato no executivo federal, o PT organiza seu 5º Congresso Nacional.

 Dentre as sugestões recebidas das diversas correntes de opinião que compõem o partido, cada vez mais uma frente de ideias inconciliáveis, chama atenção a tendência “Chapa Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo!”. Apesar de rolar pela internet, vertendo ódio e radicalismo revolucionário extremos, as sugestões deste grupo não constam da página oficial do PT.

As delirantes propostas atribuem o fracasso administrativo e gerencial dos mais de doze anos do partido no poder a uma suposta inclinação à direita, o que só ocorreu no atual mandato, por absoluta necessidade de a presidente evitar o caos total na economia do país.

Culpando o capitalismo pelas desgraças que produziram, propõem uma retomada das propostas originais do partido na busca do socialismo, como se tivessem feito outra coisa que não fosse procurar implantá-las no Brasil e apoiá-las nos países vizinhos.

A implementação do sugerido no documento só pode ser feito por meio de um golpe de estado, com o fechamento do Congresso.

Não pretendemos aqui analisar todo o documento, que pode ser encontrado na Internet. É leitura longa e desagradável, mas importante para que se saiba quem são os verdadeiros “golpistas”.

Dizer que se trata de proposta de grupo radical não convence, pois grande parte do núcleo duro do PT assim pensa, inclusive Lula, segundo declarações do próprio no Fórum de São Paulo – aquele que não existia.

É imprescindível que a sociedade e sua vigilante imprensa não ignorem a realidade, mesmo com o fim do socialismo no Brasil, confirmando as palavras de M. Thatcher: “o socialismo só dura enquanto dura o dinheiro dos outros”.

Com o tesouro quebrado, as principais empresas demolidas, o desemprego e a inflação disparando, não há como pretender aplicar agora ideias socialistas em nosso país, pois não há dinheiro dos outros (dinheiro público) para dissipar.