O crime eleitoral está comprovado.
Não se trata de mera acusação do PSDB.
Não se trata de mera ilação da imprensa.
Não se trata de mera suposição.
Cidadãos, pagadores de impostos, tão donos dos Correios como
eu e você, flagraram um carteiro entregando propaganda eleitoral da Dilma. Sim,
o rapaz faz isso em horário de expediente. O material que está sendo entregue
não tem chancela, não tem carimbo, não tem nada. Assistam ao vídeo.
Já sabíamos que os Correios haviam distribuído quase cinco
milhões de folders da candidata Dilma Rousseff sem nenhuma forma de registro
que comprovasse o pagamento. Mas isso ainda é pouco: os tucanos reúnem
evidências de que uma parcela do material do PSDB entregue legalmente à estatal
para ser distribuído, com o devido pagamento e a devida chancela, desapareceu,
não foi entregue, sumiu.
Na quinta-feira passada, há uma semana, numa reunião num
comitê do PT em Minas, o deputado do partido, Durval Ângelo, afirmou: “Se,
hoje, nós temos a capilaridade da campanha do [Fernando] Pimentel [candidato do
PT ao governo de Minas] e da Dilma em toda Minas Gerais, isso é graças a essa
equipe dos Correios”. Mais adiante, diz ainda: “A Dilma tinha em Minas Gerais,
em alguns momentos, menos de 30%. Se, hoje, nós estamos com 40% em Minas
Gerais, tem dedo forte dos petistas dos Correios”.
Revejam o vídeo com a confissão.
Atenção, leitores! Atenção, brasileiros de toda parte! Isso
é crime! Na verdade, há aí uma penca de crimes: abuso de poder econômico,
doação irregular estimada em dinheiro feita por ente estatal e improbidade
administrativa. Isso só para começar. O que a legislação prevê nesses casos? A
cassação da candidatura. Tanto da candidatura de Dilma como da candidatura de
Pimentel.
“Ah, querem ganhar no
tapetão!” Não! Ocorre que é preciso vencer, seja quem for, segundo as regras
legais.
O pobre carteiro que entrega os panfletos, a gente nota,
está visivelmente contrariado. É evidente que ele não executa o serviço sujo
para o PT por conta própria ou por vontade. Está proibido de falar. Os Correios
têm uma rede enorme de franqueados, e os funcionários são contratados segundo
as normas dea CLT: podem ser demitidos sem nenhuma das exigências burocráticas
que existem para dispensar um servidor concursado. Assim, gente pobre, gente
humilde, que não pode perder o emprego, é constrangida a trabalhar para uma
máquina que se apoderou do estado brasileiro.
O crime está aí comprovado, aos olhos de todos. Existe a
confissão do deputado Durval Ângelo. Ela se deu na presença de Wagner Pinheiro,
presidente dos Correios, que se calou — e, portanto, confessou também. E agora
temos a comprovação, em vídeo, do uso da estatal em favor do PT e de sua
candidata. E o que diz o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, a quem a
empresa é subordinada?
Lembram-se do assalto à Petrobras? É evidente que aquilo não
aconteceu por acaso nem é uma exceção. Talvez esteja em vigência no Brasil hoje
a maior máquina jamais criada para usar o que pertence a todos os brasileiros
em benefício de alguns.
Estamos sendo assaltados em escala jamais vista. Também isso
estará em questão quando os brasileiros forem votar no domingo.
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