Depois de avisar que só é possível presidir o Brasil com o
apoio da maioria do Congresso, o programa de Dilma Rousseff no horário
eleitoral desta terça-feira descambou para o terrorismo de chanchada. A
coligação que apoia Marina Silva, vaticinou o locutor, não conseguirá eleger
uma bancada parlamentar suficientemente numerosa para garantir a aprovação dos
planos e projetos do governo. Assim, a candidata do PSB pode até chegar à
Presidência. Mas não chegará ao fim do mandato.
Especialista em mensagens oblíquas, o marqueteiro João
Santana evocou dois exemplos para dar à conversa fiada ares de aula de História e associar Marina Silva a um
napoleão de hospício e a um colecionador de falcatruas. Segundo a peça
eleitoreira, foi a falta de sustentação parlamentar que provocou tanto a
renúncia de Jânio Quadros quanto o impeachment de Fernando Collor. Como atesta
o vídeo, o primeiro apareceu com nome, sobrenome e fotografia. O segundo não
deu as caras na tela.
O comercial do PT limitou-se a reproduzir a primeira página
da Folha que noticia o desfecho da crise de 1992: Vitória da Democracia: IMPEACHMENT! Quem foi vencido pela democracia? Cadê o nome
e a foto da vítima do impeachment? A resposta para as omissões escandalosas
está na foto abaixo. Dilma e Collor hoje são bons amigos. Senador por Alagoas,
o aventureiro despejado do Planalto pelo impeachment disputa a reeleição com o
apoio ostensivo da presidente da República.
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