O Movimento Brasil Eficiente (MBE), liderado pelo Instituto Atlântico, de Paulo Rabello de Castro, tem feito um ótimo trabalho na luta pela
redução e simplificação dos impostos no Brasil. Estiveram presentes no
Seminário “Simplificação Tributária e Gestão Pública Eficiente”, realizado pelo
LIDE e MBE, Ives Gandra Martins e Merval Pereira, que mencionou o assunto em
sua coluna de hoje, assim como os coordenadores de programa de governo Maurício
Rands (Eduardo Campos) e Wilson Brumer (Aécio Neves). O MBE divulgou a seguinte
nota:
Carta ao Povo Brasileiro
Brasil, agosto de 2014
Sr.(a) Governante:
Quem aqui se manifesta é o coletivo que chamamos de Brasil.
Nossa voz aprendeu a reconhecer, a respeitar e a defender a terra onde
escrevemos nossa história e a transmitimos à geração seguinte. Esse é o Brasil
que fala agora ao Governante.
Dessa vez é o povo que manda o recado. Um recado mais do que
necessário, porque o velho monólogo dos marqueteiros do governo, soprando
crenças no ouvido do povo, não funciona mais. O povo que lê e escreve nas redes
sociais não precisa de intérpretes de pensamento. O governante que queremos é
aquele que vai governar com o povo. O governante moderno aprende porque escuta,
em seguida planeja suas ações e as executa como combinado. Governo sem plano é
desgoverno.
Chegamos ao ponto-limite. Brasília virou uma fantasia
bilionária, de fato trilionária, cercada de desperdícios e ineficiências. O
poder que manipula trilhões de reais nos orçamentos públicos ainda tem a
petulância de afirmar ao povo que “faltam recursos”. Não! Recursos abundam.
Fizemos, nas ruas, essa denúncia, em junho de 2013. O recado deveria ter sido
suficiente, mas caiu no vazio.
Nesta Carta, retomamos a luta de Tiradentes, nosso maior
manifestante civil: não aceitamos mais carregar no lombo um governo que aplica
uma tributação impiedosa sobre o bolso do contribuinte indefeso. O empresário,
que poderia estar gerando empregos, virou um proletário do governo. Este está
sempre cobrando sua fatia na frente; não espera nem o lucro acontecer. E o povo
continua carregando uma das cargas tributárias mais onerosas do planeta:
trabalha até a metade do ano só para sustentar o governo e os governantes.
O povo brasileiro quer treinamento e trabalho. Quer
aposentadorias e pensões compatíveis com os aportes que faz ao longo da vida. O
povo brasileiro não precisa de salvadores; precisa mesmo é de gestão séria e
confiável, rotativa e verificável, em todos os níveis de governo.
Chega de burocracia e de roubar descaradamente o tempo e a
saúde do povo nas filas do atendimento médico e nas paradas de ônibus; ou
queimar o futuro dos jovens com classes sem bons professores, com a falta de um
computador por aluno. Esta Carta marca um ponto de virada. O povo brasileiro só
precisa de condições e ambiente adequado para trabalhar, para empreender seus
negócios, para desenvolver sua pesquisa, se educar e cuidar do ambiente.
Perdas são pedagógicas. Perdemos, um dia, a democracia, para
aprendermos a não perdê-la nunca mais; com a inflação, perdemos o sentido e o
valor do dinheiro para, hoje, darmos todo o valor à moeda estável. Temos
perdido tempo e energia demais com governos que governam mal e nos custam cada
vez mais caro. Nossa paciência não tem o tamanho da vida inteira. O povo
brasileiro exige ser senhor do seu tempo. Para o Brasil se projetar como líder
em sua região e como um exemplo de nação próspera, moderna e justa, perante o
mundo.
Queremos de volta a ordem no governo, para termos de volta o
progresso, que perdemos.
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