Prestem atenção. Não existe a menor possibilidade, de os
bolivarianos ganharem a eleição para o Parlamento da Venezuela, em 6 de
dezembro. Eles sabem disso. E já montaram a maior operação de fraude na recente
história eleitoral da América Latina. Fizeram uma nova divisão dos distritos
eleitorais para prejudicar a oposição. Expulsaram os observadores americanos da
Comissão Carter, e tentam impedir que a OEA, a Organização dos Estados
Americanos, fiscalize a falta de honestidade da eleição.
O presidente Nicolas Maduro virou um personagem patético. O
regime político inventado pelo finado Hugo Chávez está falido. Não há uma única
boa notícia na Venezuela. A inflação está em 240 por cento. O PIB vai cair este
ano em 5 e meio por cento. Quem for a um supermercado encontrará apenas três
mercadorias entre as dez que procura. A escassez é tão grave que os pequenos
traficantes de maconha e cocaína preferem agora fazer o tráfico de comida. É um
tráfico que até tem nome. Se chama "bachaqueo". A farmácias também
estão com as prateleiras vazias. Então os venezuelanos doentes estão comprando remédio
veterinário.
Essa falência tem duas causas. A primeira é a incompetência
de um modelo econômico corrupto e centralizador. A segunda é a queda dos preços
internacionais do petróleo. Um barril custava 100 dólares há um ano. Hoje custa
42 dólares. O petróleo representa 95 por cento das exportações da Venezuela. E
o que faz o presidente Nicolas Maduro? Ele cria um bode expiatório atrás do
outro. Manda prender donos de lojas de alimentos, porque diz que são eles os
culpados pelas filas. Afirma que os Estados Unidos conspiram contra ele. E há
dez dias, para estimular o pouco que restou de patriotismo, inventou um
conflito com a Colômbia. Fechou a fronteira e expulsou mil colombianos. Mas
nada disso funciona. O modelo bolivariano, que já teve um forte apoio militar, está
caindo aos pedaços. É assim que o mundo gira.
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