Por Ucho.Info
Não sabia – Presidente da República, Dilma Vana Rousseff
negou a existência de qualquer envolvimento seu com o Petrolão, o maior esquema
de corrupção da história da humanidade e que sangrou os cofres da Petrobras.
Em entrevista ao canal de televisão TV France 24, que foi ao
ar nesta segunda-feira (8), Dilma disse não haver qualquer possibilidade de
vinculá-la ao esquema criminoso. “Eu não estou ligada [ao escândalo]. Eu não
respondo a esta questão porque eu não estou ligada. Eu sei que não estou nisso.
É impossível. Eu lutarei até o fim para demonstrar que eu não estou ligada. Eu
sei o que eu faço. E eu tenho uma história por trás de mim. Neste sentido, eu
nunca tive uma única acusação contra mim por qualquer malfeito. Então, não é
uma questão de ‘se’. Eu não estou ligada”, afirmou a petista.
No começo de 2009, quando denunciou o esquema de corrupção
que tinha na proa o então deputado federal José Janene, já falecido, o editor
do UCHO.INFO detalhou a relação próxima do então líder do Partido Progressista
com Lula e também com Dilma.
Em agosto de 2014, em matéria que não deixou dúvidas a
respeito do assunto, este site destacou que era uma questão de tempo para a
Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, subir a rampa do Palácio do Planalto.
Dilma, por viver em uma democracia, tem o constitucional
direito à liberdade de expressão, portanto pode falar o que quiser, mas não se
pode descartar o envolvimento de Dilma no esquema criminoso, mesmo que este não
tenha sido direto. A agora presidente da República comandou o Conselho de
Administração da Petrobras, por isso deve ser responsabilizada pelo escândalo
que fragilizou financeiramente a estatal petrolífera. Somente o imbróglio da
refinaria de Pasadena é mais que suficiente para responsabilizar Dilma por um
negócio mal feito, superfaturado e lesivo à empresa. E coube à petista dar a
palavra final sobre a compra da empresa texana.
Por outro lado, o fato de dinheiro desviado da empresa, por
meio de superfaturamento de contrato, ter desembocado no caixa da campanha de
Dilma é prova inconteste de sua participação no esquema, mesmo que
indiretamente.
Cada vez mais defendendo a Petrobras e procurando colocar a
culpa apenas no colo de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da
estatal, Dilma disse à emissora francesa que a petrolífera verde-loura não pode
dar nome a um escândalo promovido por um ex-diretor da companhia. “E é muito
importante entender que a Petrobras tem mais de 30 mil empregados e tem cinco
envolvidos. O escândalo da Petrobras não é escândalo da Petrobras, é escândalo
de um determinado funcionário que era diretor na Petrobras”, afirmou.
Independentemente do discurso nada convincente de Dilma,
Paulo Roberto Costa reuniu-se com Lula em diversas ocasiões para tratar de
assuntos relacionados à Petrobras, começando por Pasadena. E Dilma sempre soube
dessa proximidade entre ambos. Fora isso, Costa e o doleiro Alberto Youssef já
incriminaram o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que passou o chapéu em
várias empreiteiras para alimentar o caixa da campanha de Dilma.
É natural que Dilma negue qualquer envolvimento no Petrolão,
até porque ninguém assumiria a culpa espontaneamente, mas sua participação no
escândalo virá à tona em algum momento.
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