Gen Ex Luiz Edmundo Montedônio Rêgo
Se não conseguir convencê-los, confunda-os! Frase atribuída
a Harry Truman, 33º presidente norte-americano (1945-1953).
Não é intenção deste artigo persuadir alguém e muito menos
gerar confusão. Se ao final o leitor tive conhecido mais um pouco o seu
Exército e compreendido o papel de seus valores, terá valido o esforço, a
transpiração.
O primeiro passo – básico – é estabelecer, no contexto, o
entendimento da palavra VALORES:
“Normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por
indivíduos, classe sociedade etc.” (Aurélio)
O conjunto de princípios ou normas que, por corporificar um
ideal de perfeição ou plenitude moral, deve ser buscado pelos seres humanos. ”
E qualidade humana de natureza física, intelectual ou moral, que desperta
admiração ou respeito. (Houass).
Em virtude de desconhecer obras literárias a respeito do
tema, vou valer-me da experiência acumulada ao longo de 47 anos no serviço
ativo do Exército (EB), mais seis na reserva e 18 no início da vida, onde
aprendizado ocorreu por convivência doméstica, estendida por toda a carreira
militar.
Explico: Meu pai, Edmundo Leopoldo Montedônio Rego, foi
Oficial da Arma de Cavalaria; o avô materno, Raul Eugênio dos Santos Lima,
Oficial de Engenharia; tio Ubirajara dos Santos Lima, Oficial de Artilharia:
tio Waldir e o primo Sérgio dos Santos Lima, Oficiais de Infantaria; o primo
Alberto dos Santos Lima Fajardo, General-de-Exército; o primo Jair Montedônio,
Oficial Médico, e minha irmã, Vera Lúcia, casou-se com José Cláudio de Castro
Chagastelles, Oficial de cavalaria, filho e irmão de oficiais do Exército.
A grande “milico” da família era minha mãe, Lindóia dos
Santos Lima Rego que sabia tudo, ou quase tudo, sobre os valores e os
procedimentos na caserna.
E agora após ter atingido essa provecta e septuagenária
idade com saúde, ganho liberdade para evocar a memória e discorrer sobre esse
relevante assunto.
Trataremos de valores observados no EB nos últimos 50 anos,
tendo consciência de que eles despontaram há muito mais tempo. Vamos encontrar valores intelectuais, éticos
e morais, outros de natureza profissional, operacionais, psicomotores,
coletivos e individuais.
Grande parte dos valores reparados no Exército foi
incorporado a sociedade brasileira e a maioria deles é comum às destacadas
forças irmãs: a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira.
Em uma sociedade, os valores são transmitidos pelas
instituições que constituem seus verdadeiros pilares: O Estado, a escola, a
família e a religião.
No Exército Brasileiro, a transferência dos valores ocorre
pela ação de comando nos diferentes escalões, pela instrução militar e o ensino
acadêmico, pela união e camaradagem – a família verde-oliva – nas cerimônias
militares, no ambiente de trabalho e principalmente pelo exemplo.
Os Valores. O elemento fundamental, o maior patrimônio do
Exército é o homem e, mais recentemente, também a mulher. Sem eles, a
instituição desaparece, não existe.
O ingresso na caserna se faz por meio de rigorosa seleção
intelectual, moral e física, em que o número de candidatos supera em demasia a
quantidade de vagas. Por exemplo, para o ingresso anual na Escola de Sargentos
das Armas (Três Corações-MG), já houve mais de 130 mil candidatos para apenas
1500 vagas.
Assim, o contingente aprovado é de ótima qualidade, o que
vai facilitar o aprendizado da profissão militar, incluindo os valores
presentes na Força Terrestre.
A Hierarquia e a Disciplina são valores consagrados que
representam a base, os pilares da instituição. Os postos e graduações permitem
que se estabeleça a hierarquia entre todos os militares da Força, havendo possibilidade
de ordená-los, com ao auxílio do Almanaque do Exército em relação única, desde
o comandante até o soldado mais moderno.
A disciplina é o regime que torna possível o funcionamento o
funcionamento da organização, facilita as relações de subordinação entre os
militares e permite a observância das leis, regulamentos, diretrizes,
preceitos, normas, ordens etc. Durante mais de 50 anos não constatei, no
Exército, Lei que não pegou, regulamento que não foi seguido ou diretriz não
cumprida.
Os documentos legais ultrapassados ou inadequados à época
foram revogados ou substituídos por outros que atendessem aos anseios da
organização. Como a legislação antiquada não foi regida por extraterrestres, há
a sempre a possibilidade de atualizá-la, contando, para isso, com o esforço e o
conhecimento dos responsáveis pelo trabalho.
A Hierarquia e a Disciplina são preservadas em todas as
situações, dentro ou fora do quartel por militares da ativa, da reserva ou
reformados.
Esses valores fundamentais favorecem a existência de outros,
como o Patriotismo, posto em evidência pelo amor à pátria e bem caracterizado
pelo compromisso de honra prestado por quem ingressa nas fileiras da Força
Terrestre:
“Incorporando-me ao Exército Brasileiro
Prometo cumprir, rigorosamente,
As ordens das autoridades a quem estiver subordinado,
Respeitar os superiores hierárquicos,
Tratar com afeição os irmão de armas,
E com bondade os subordinados,
E dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria,
Cujas Honra, Integridade e Instituições,
Defenderei
Com o sacrifício da própria vida.”
Esse juramento deve ser feito perante a Bandeira do Brasil
que, ao lado do Hino Nacional, das Armas da República e do Selo Nacional,
configura os Símbolos Nacionais, evocando, em qualquer lugar, a Pátria e sua
gente. São valores relevantes no âmbito da Força. Cantar o Hino Nacional é um
dos primeiros aprendizados do recruta na caserna. Infelizmente, poucos portam
esse conhecimento.
A Honra, sentimento que leva o militar a ter conduta digna,
corajosa, de caráter integro, conquistando a admiração e o respeito de todos, é
outro valor presente no EB. Homens e mulheres honrados, como Caxias, Sampaio,
Osório, Mallet, Villagran Cabrita, Rondon, Bittencourt, Napion, Ricardo Franco,Severiano
da Fonseca, Muniz de Aragão, Antonio João, Frei Orlando e Maria Quitéria –
patronos do Exército e das Armas,quadros serviços - continuam a inspirar
sucessivas gerações de militares a manter comportamento digno durante toda a
sua trajetória, na caserna e fora dela.
“RECEBO O SABRE DE CAXIAS COMO PRÓPRIO SÍMBOLO DA HONRA
MILITAR”
Palavras proferidas pelos cadetes da Academia Militar das
Agulhas Negras, no 1º ano do Curso de Formação de Oficiais, ao receberem o
Espadim (réplica da espada de Caxias), em solenidade com a presença de
autoridades e familiares.
A Honestidade, muito ligada à honra, é outro valor que
continua evidente na instituição, a despeito de inúmeros roubos e fraudes
noticiados, ultimamente, de modo expressivo, e praticados, em sua maioria,
justamente por quem deveria controlar e impedir o desvio dos recursos públicos.
E a impunidade prospera.
No Exército Brasileiro, a fiscalização e a auditoria
constantes permitem que se descubra, em curto prazo, qualquer subtração
fraudulenta, e os responsáveis são punidos com rigor, de acordo com o
Regulamento Disciplinar do Exército, as Leis Penais em vigor e com amplo
direito de defesa. Se condenado, além da punição, o culpado terá de devolver
tudo o que foi desviado. E a honestidade prossegue.
A Lealdade é um valor que mantém vínculo estreito com a
honestidade, podendo ser definida como a capacidade de ser sincero, franco e
honesto com os outros, cumprindo os compromissos assumidos, e, em sentido mais
amplo, a atitude de fidelidade a pessoas, grupos e instituições, em função dos
ideais e valores que defendem. O soldado verde-oliva, demonstra lealdade com os
superiores, pares e subordinados.
O Espírito de Corpo propicia a identificação com os demais
valores presentes no Exército, gerando interações positivas de apoio mútuo e
fazendo com que o militar se sinta parte integrante da Força, devotando-se à
coletividade e á conquista de seus objetivos.
A Camaradagem e a Solidariedade favorecem o relacionamento
cordial, agradável, desinteressado, de colaboração e amizade entre os
integrantes do EB. Práticas desportivas reuniões sociais, palestras e até mesmo
momentos de dificuldade, como a despedida e chegada em novas unidades, ampliam
esses valores. Nos exercícios no terreno, em situações de imitação do combate,
principalmente aquelas que envolvem risco de vida, a camaradagem e a
solidariedade que se fazem mais presentes, amenizando as agruras da profissão.
O Sentimento do Dever, outro valor notável do Exército de
Caxias, inspira os militares à realização das tarefas que lhe são confiadas,
com seriedade e dedicação, que só terminam após o tradicional Missão Cumprida!
Verifica-se que o trabalho profissional, em todos os
escalões, é realizado por convicção e concordância com ideias, ideais e
projetos e não em troca de favores, benesses ou promoções.
O Espírito de Sacrifício – ação com desprendimento e
abnegação no cumprimento de difíceis missões - cumprir os compromissos nos
prazos estabelecidos, assumindo as conseqüências de seus atos – são valores que
facultam ao soldado permanecer sozinho em seu posto de guarda, por duas horas,
na madrugada gelada em um quartel de Caxias do Sul (RS); permitem ao sargento
conduzir o seu grupo de combate, em passo acelerado, em um exercício de
campanha sob o forte calor da Amazônia; favorecem ao major instrutor da Escola
de Comando e Estado-Maior do Exército (RJ) a passar a noite em claro,
aprimorando a aula que irá ministrar logo ao raiar do dia.
“UM EXÉRCITO PODE LEVAR 100 ANOS SEM SER EMPEGADO, MAS NÃO PODE PASSAR UM DIA SEM ESTAR PREPARADO”
A Liderança Militar, agrupando diversos valores, pode ser
traduzida como a capacidade de um chefe militar, em qualquer nível, exercer o
comando de seus subordinados, persuadindo-os à ação e impulsionando-os ao
cumprimento do dever. Compete ainda ao líder desenvolver o espírito de corpo
entre os militares, mantendo-os disciplinados e com o moral elevado, a despeito
de circunstâncias adversas.
O líder comanda pelo Exemplo e se distingue pela desambição,
altruísmo e senso de justiça.
Conhecemos um líder que puniu um subordinado por uma falta
cometida. Dez dias após o cumprimento da pena, houve uma reunião social à qual
compareceram os integrantes daquela organização militar, incluindo o líder e o
punido. As manifestações de entusiasmo e alegria por parte do faltoso só
deixaram de preocupar o chefe quando outro militar, ciente do castigo se
pronunciou: “Não deve ter sido cometida injustiça! ”
O exercício da Liderança requer vigilância, rapidez e
firmeza para que as faltas cometidas recebam a necessária e adequada correção.
Compete também ao líder elogiar e recompensar seus subordinados, quando
verdadeiramente merecerem.
A Coragem, capacidade de encarar situações difíceis ou
perigosas com destemor e energia, é outro valor notado no EB, tanto em sua
expressão física como moral.
A ordem unida, o treinamento físico e os exercícios no
terreno aprimoram a rusticidade, o vigor e a resistência do militar,
concedendo-lhes coragem para enfrentar momentos delicados, com desembaraço,
bravura e combatividade.
Qualquer mudança de rotina, a implantação. A implantação de
novas idéias, a construção de instalações diferentes, por exemplo, necessita de
coragem para sua concretização, pois o desconhecido é incerto e o risco está
presente. O mais cômodo é não fazer nada, deixar como está.
A coragem moral fica mais evidente quando uma decisão
envolvendo o futuro é tomada, seja no campo operacional, financeiro, logístico,
de ciência e tecnologia ou de pessoal.
Por outro lado, a falta de coragem pode provocar
deterioração, atraso, aumento das despesas, enfraquecimento do moral da tropa e
danos irreversíveis ao Exército e ao País.
Felizmente, observamos, durante mais de 50 anos, decisões
oportunas e corajosas por parte de superiores, pares e subordinados,
principalmente em momentos críticos da vida nacional, em que a não intervenção
poderia trazer consequências danosas e duradouras.
“A CORAGEM É A PRIMEIRA DAS QUALIDADES HUMANAS, PORQUE É A QUE GARANTE AS OUTRAS” (ARISTÓTELES)
O Zelo é um valor que vem proporcionando ao Exército
economia de recursos e de material. É notório que os militares agem com muito
cuidado em relação aos bens colocados sob sua guarda, obedecendo às instruções
de uso e manutenção, impedindo o desperdício e apresentando sempre limpos e
muito bem arrumados as suas instalações, seus uniformes e principalmente o
material bélico que utilizam. Fuzis, pistolas, viaturas, canhões, obuseiros,
carros-de-combate e helicópteros estão sempre em condições de ser
inspecionados.
A Preservação da Natureza é outro valor incorporado pela instituição,
fazendo com que áreas verdes de responsabilidade das organizações militares
estejam exemplarmente protegidas. Por exemplo, os extensos e cobiçados terrenos
situados no Rio de Janeiro (leme, Urca e Niterói), em São Paulo (Praia Grande e
Guarujá) e no Rio Grande do Sul (campos de instrução em Rosário do Sul e em
Cruz Alta) só estão intactos devido a presença e ao cuidado do Exército. Na sua
ausência, selvas de pedra ou comunidades carentes já teriam sido construídas,
há muito tempo.
A limpeza do acampamento, após um exercício de campanha,
chega ao requinte de se fazer um “pente fino” com todos os componentes da
unidade para identificação e imediata remoção de qualquer resíduo porventura
existente, ficando a área tão limpa ou melhor do que quando foi ocupada. Para a
camuflagem de viaturas, barracas e demais instalações, evita-se cortar os
galhos de árvores, recorrendo-se às redes quando o terreno é desprovido de
bosques em suas cercanias.
A Pontualidade e Assiduidade estão tão arraigadas na conduta
do militar que é necessário cuidado para não esquecê-las quando tratamos de
valores. É o dia a dia da caserna que elas são incorporadas, mas é no combate
que ganham maior destaque. Por exemplo, o atraso na preparação da artilharia
pode impedir o deslocamento da infantaria na hora do ataque, ou pior, os fogos
poderão cair sobre a tropa amiga. A falta do soldado motorista pode impedir que
seu grupo de combate se desloque em uma operação ofensiva de aproveitamento do
êxito, a qual requer impulsão e grande velocidade.
O fato de não chegar atrasado ou de não faltar a um
compromisso demonstra respeito e consideração para com os demais e é
fundamental para o funcionamento das unidades que necessitam de todos os seus
integrantes para poder entrar em ação e cumprir as missões determinadas.
A Tradição concorre para que os valores ora apresentados
sejam transmitidos de geração em geração. É valor primordial para o Exército,
especialmente nos últimos anos em que exemplos negativos despontam com elevada
rapidez, como a fama de um só dia, a estética individualista, o tráfico de
influência, a corrupção generalizada, a riqueza ostentatória e as cenas
bizarras e impróprias na internet e na televisão.
A Tradição estimula o desenvolvimento da camaradagem,
hierarquia e disciplina, patriotismo, solidariedade, espírito de corpo e
liderança militar.
É privilégio e orgulho para qualquer militar servir em
organizações tradicionais como, por exemplo, os Dragões da Independência
(Brasília-DF), o Regimento Sampaio (Rio de Janeiro-RJ), o Boi de Botas (Santa
Maria – RS), a Academia Militar das Agulhas Negras ou a Escola de Comando e
estado Maior do Exército.
As solenidades, o cerimonial, as bandas, os hinos e as
canções militares, os uniformes, as insígnias, distintivos e condecorações, a
continência, a espada conservam-se pela tradição e são modernizados, quando
chega a hora.
Museus, estátuas e monumentos em quartéis e praças públicas
ajudam a conservar a lembrança de destacados militares, cabendo salientar o
Monumento Nacional aos Mortos da II Guerra Mundial (Rio de Janeiro - RJ) e o
Panteão da Pátria (Brasília - DF) onde estão inscritos, no Livro de Aço, os
nomes de heróis militares como Caxias, Tamandaré, Barroso, Santos Dumont,
Deodoro da Fonseca e Plácido de Castro.
Como o Exército está organizado por cargos e funções, cada
militar ocupa um cargo previsto, onde exerce as suas funções. O cargo é tão
importante para a instituição que pode ser considerado como o seu terceiro
pilar, além da hierarquia e da disciplina.
Anualmente, são incorporados e formados novos militares,
para compensar os que dão baixa ou passam para a reserva, mantendo-se o total
geral, cerca de 200 mil integrantes inalterado.
Em virtude de a Força Terrestre funcionar por agrupamentos
(brigadas, batalhões, companhias, pelotões), os efetivos devem estar sempre
completos, facilitando a entrada em combate sem perda de tempo.
Cumpre, nesse ponto, assinalar outro valor observado no
Exército nas últimas cinco décadas, a alternância no poder, ou seja, a troca de
cargos e funções, com o tempo médio de três anos, particularmente no que se
refere a comando, chefia ou direção. Esse procedimento faculta ao militar
adquirir inúmeras experiências e possibilita a reunião de conhecimentos que o
credenciam a exercer funções em graduações e postos mais elevados e ainda
impede-se o surgimento do “dono do cargo”.
O ensino profissional (básico, graduação, mestrado e
doutorado) fornece excelente orientação para o percurso na caserna, mas é
pelejando (grato, Camões) que se conquistam a sabedoria e a confiança para o
bom desempenho das funções mais elevadas.
A estrutura, a organização e a doutrina do Exército
facilitam, sem dúvida, a presença o aprimoramento e a aceitação dos valores
observado. Variando-se o momento, tempo de paz, crise ou de guerra, alguns
valores podem tornar-se mais destacados que outros.
A análise simples sobre essência dos valores apresentados
permite concluir que a sua convivência se manifesta com o regime político
denominado democracia, doutrina que se caracteriza por divisão de poderes,
eleições livres, controle da autoridades e atendimento aos anseios do povo.
A Consciência Democrática é um dos valores mais presentes no
Exército, pelo menos desde a eclosão da II Guerra Mundial quando foram enviadas
tropas da Força Expedicionária Brasileira para combater ditadores de outros
regimes nos campos da Europa.
E foi principalmente pela influência desses valores que a
Instituição, atendendo ao clamor da sociedade brasileira, impediu que se
instalasse no País, em 1964, outro regime controlado por um ditador – figura
autoritária, cuja a primeira ambição é a de perpetuar-se no poder, seguido de
enriquecimento ilícito, diversas “esposas”, desrespeito a tudo e a todos,
deslealdade, traição, racismo, corrupção, execução sumária, impunidade,
prevalência das versões sobre fatos, falsa propaganda, impunidade etc.
Essas características não surgiram do imaginário, mas de
informações comprovadas e noticiadas em todo o mundo, onde ditadores ainda
estão a postos, em pleno século 21, no terceiro milênio.
Se tivéssemos vivido um regime dessa natureza, correríamos o
risco de não ter, até hoje, eleições livres e democráticas, pois o tirano ainda
poderia estar alojado em sua cadeira, preenchendo o seu “mandato” por 30, 50
anos ou mais, como é comum acontecer em países sob esse jugo
Finalizando, desejamos que os integrantes do Exército
Brasileiro, sempre disciplinados, leais, responsáveis e vigilantes, prossigam
em sua saga, observando constantemente os valores que tanto prezam e mantêm.
Fonte: DefesaNet
____________________________
General-de-Exército Luiz Edmundo Montedôno Rego é natural
de Três Corações - MG e concluiu a AMAN em 1961, na Arma de Artilharia.
Como Coronel foi Comandante do 29º grupo de Artilharia de
Campanha Autopropulsado (Cruz Alta-RS) e Adido das Forças Armadas do Brasil no
México.
Ao ser promovido a General-de-Brigada assumiu o comando da
1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (Guarujá-SP) e em seguida comandou a Escola
de Comando e Estado Maior Exército, no Rio de Janeiro, por mais de três anos.
Foi Diretor de Especialização e Extensão, 1º Subchefe e
Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército, no posto de General-de-Divisão.
Encerrou a carreira, como General-de-Exército, na Chefia do
Departamento-Geral do Pessoal.
Dentre alguns trabalhos extras, criou a Revista Verde-Oliva,
em 1982 e idealizou e conseguiu a provação da Medalha Corpo de Tropa e do
Quadro de Cargos Previstos (QCP), que permite o controle e a adequada
movimentação do pessoal do Exército.
O General Montedônio é casado com a Sra. Maria Teresa Otto
Montedônio Rego e tem três filhos e um neto.
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