Entre os vários certificados que adquiri em minha trajetória em TI, dois são meus preferidos: CISA (Certified Information Systems Auditor) e CISM (Certified Information Security Manager). De acordo com o syllabus de cada uma das certificações, somos obrigado a saber, dentre outras coisas, que os sistemas são mais seguros quando possuem trilhas de auditoria, ou algo que o substitua. Por exemplo, se existe uma gravação no banco de dados relacionada a informações críticas, é preciso ter um log (registro) do usu ário que fez a alteração, o horário e qual a alteração efetuada.
O ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, está revoltado
com a aprovação do voto impresso, pois a ilustre figura deu uma declaração que
deve revolucionar o conteúdo de todas as certificações de segurança e auditoria
em TI: “Do ponto de vista técnico, a Justiça eleitoral é contrária. Toda
concepção da urna eletrônica se baseou na intenção de terminar com a
intervenção humana, que não deixa digitais muitas vezes.”
Pela nova tese revolucionária de Toffoli, as transações
bancárias devem se tornar mais seguras uma vez que não permitirem mais a
geração de recibos. Eis a tese da fé cega nos sistemas eletrônicos, que já foi
tornada ridícula por qualquer especialista da área há décadas. Mas Toffoli não
se contenta com isso: para ele, um sistema passível de não ser auditado, passa
a ser um sistema “livre da intervenção humana”.
O Efeito Dunning-Kruger realmente não tem limites!
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