quarta-feira, 20 de maio de 2015

Professores gaúchos assumem que querem doutrinar ideologicamente mesmo


É um espanto! O advogado Miguel Nagib, criador da ONG Escola Sem Partido, vai fazer uma palestra em Porto Alegre sobre o abuso da liberdade de ensinar por parte dos professores, que muitas vezes mais parecem militantes partidários. O que fazem os professores para reagir? Repudiam a liberdade do palestrante de expor seu ponto de vista e, indiretamente, assumem que querem doutrinar ideologicamente mesmo!

Sim, parece absurdo, e é. Mas foi o que fizeram nessa moção de repúdio aos organizadores do evento. Vejam a nota dos “professores” na íntegra. Volto depois:

Os professores do ensino privado do Rio Grande do Sul, reunidos na assembleia geral do Sinpro/RS, repudiam a iniciativa do Sinepe/RS de promover a palestra “Ideologização nas escolas: o abuso da liberdade de ensinar”, de Miguel Nagib, fundador da ONG Escola sem partido, no Seminário de Diretores a realizar-se no dia 26 de maio, em Porto Alegre.


O repúdio dos professores estende-se ao Projeto de Lei 867/2015 que pretende incluir entre as diretrizes e bases da educação nacional o Programa Escola sem Partido, de autoria do deputado federal Izalci Ferreira (PSDB/DF).



A iniciativa reabre o debate sobre a possibilidade da “neutralidade” da ação educativa desprovida de concepção política. Retirar da educação esse caráter é privá-la de sua essência. O que é a escola senão um espaço essencialmente político com vista à escolarização da população, capacitando-a a ler e escrever, produzir conhecimentos sobre o seu tempo e espaço e estimular sua autonomia de pensamento? 



O cinismo da “escola sem partido” explicita que o “sem partido” é partidário, sim, de uma concepção ideológica evidente: a ideologia liberal conservadora, alheia à agenda dos direitos humanos, avessa aos movimentos sociais, suas reivindicações e a repercussão dessas no mundo da escola.



Os professores reiteram que a escola deve ter o compromisso de construir uma sociedade efetivamente democrática. 



O silêncio que se pretende impor é uma forma brutal de escamotear as desigualdades, injustiças e opressões que estão à vista de toda a sociedade.



Nesse sentido os professores conclamam a comunidade escolar, a sociedade gaúcha e as instituições nacionais comprometidas com a democracia, com a liberdade e o respeito às diferenças a rechaçarem essa iniciativa legislativa e a proliferação desse ideário nas escolas.


Notem a facilidade com a qual esses “professores” abusam de certos conceitos como democracia e liberdade. Para eles, a escola é local de politizar sim, ou seja, de introduzir a agenda partidária e ideológica que abraçam como cidadãos. Isso, segundo eles, é garantir a “autonomia” dos alunos, ou seja, eles devem ser expostos a todo tipo de bandeira “progressista” em nome da democracia.

E para provar como são plurais, o que fazem? Tentam calar o contraditório! Querem impedir a manifestação de quem discorda deles. Escrevem uma moção de repúdio para pressionar a entidade a cancelar a palestra e nunca mais convidar palestrantes que discordam de sua agenda “social”. É o apreço que demonstram pela liberdade na prática: nulo!

Esses “professores” admitem publicamente que não existe neutralidade possível, nem mesmo como objetivo nobre. Para eles, querer ser neutro e deixar o partido ou a ideologia de fora das salas de aula já é algo de conservador ou liberal. Logo, como todos possuem algum viés, então vamos logo escancarar e enfiar ideologia goela abaixo dos alunos indefesos!

Claro, nem toda ideologia, pois quando um liberal ou conservador aparece para defender a neutralidade como meta, é logo rechaçado com uma moção de repúdio. Deve se calar, e deixar o ambiente livre para os “democratas” que defendem o MST ou a ditadura cubana. Entenderam?

É tudo muito bizarro. E são “professores” assim que estão destruindo nossas crianças, incutindo nelas slogans marxistas, vendendo bandeiras ideológicas e partidárias como soluções mágicas e subvertendo valores e conceitos, como democracia e liberdade. Precisamos combater esses militantes disfarçados de professores o quanto antes. Essa é a luta para salvar nosso país das garras desses socialistas.


Tanto que será o tema do meu próximo livro, que vai contar justamente com a parceria de Miguel Nagib. Não vamos aceitar calados essa tentativa de se transformar as escolas e universidades em braços partidários de gente sem escrúpulos, que enxerga os alunos como massa de manobra para seus anseios utópicos e arrogantes de “reconstruir a sociedade”.

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