Ainda preocupada com o risco de perder a reeleição, Dilma
Rousseff começou a demonstrar ontem qual será sua faceta bolivariana se um
próximo mandato lhe for concedido pelo eleitorado idiota ou pela fraude
eletrônica. Acuada pela delação premiada de seu companheiro de Petrobras Paulo
Roberto Costa, Dilma resolveu alvejar a mídia com sua tese autoritária. Segundo
a Presidenta-candidata, o papel da imprensa não é investigar, mas apenas
divulgar informações (de preferência que não sejam contrárias ao governo – burrice
que ela certamente pensou, mas não ousou falar).
As emissoras de televisão, como de costume, não deram
destaque à barbaridade dita por Dilma, em entrevista coletiva que a candidata
ou presidenta convocou no Palácio da Alvorada. Dilma ficou PT da vida com o
Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, por ter lhe negado acesso ao
depoimento de Paulo Roberto Costa. Indignada, advertiu que pedirá, novamente,
acesso aos documentos, agora apelando ao ministro Teori Zavascki, relator no
Supremo Tribunal Federal do processo da Operação Lava Jato, que tira o sono de
13 em cada 10 petistas:
“Pedirei ao ministro Teori a mesma coisa: quero ser
informada se no governo tem alguém envolvido. Não tenho porque dizer que tem
alguém envolvido, porque não reconheço na revista Veja e nem em nenhum órgão de
imprensa o status que tem a PF, o MP e o Supremo. Não é função da imprensa
fazer investigação e sim divulgar informações. Agora, ninguém diz que a
informação é correta. Não prejulgo, mas também não faço outra coisa: não
comprometo prova. Porque o câncer que tem nos processos de corrupção é que a
gente investiga, investiga, investiga e ainda continua impune”.
Dilma perdeu a
paciência: “Não é possível que a revista Veja saiba de uma coisa, e o governo
não saiba quem é que está envolvido. Pedi primeiro para a PF, que me disse: não
posso entregar, a investigação está em curso e peça ao MP. E o MP me disse a
mesma coisa: se ele me disser, ele contamina a prova. Quando sai uma denúncia
na Veja ou em qualquer outro jornal, eu não tomo medida, porque sou presidente
da República, baseada no disse me disse. Tomo medida baseada inclusive naquilo
que sou a favor, que é da investigação absoluta.
Dilma demonstrou profunda irritação, em seu costumeiro tom
autoritário: “Vamos deixar uma coisa clara aqui: Quem é que descobre as
práticas de corrupção no Brasil? A PF. Porque a PF tem hoje uma autonomia
integral para investigar quem quer que seja. Sempre que vazam informações que
estão em investigação, sabe o que acontece? Compromete-se a prova. O MP
denuncia e não pode ser condenado, porque a prova foi comprometida. Não é
possível que alguém queira que a fonte de investigação no Brasil não sejam os
órgãos oficiais. E são PF, MP e Judiciário”.
Ainda à beira de um faniquito, Dilma indagou a respondeu
para si mesma, dirigindo-se, agressivamente, aos repórteres que a
entrevistavam: “O que queria saber? Queria saber sim, para eu tomar
providências. O que eles me dizem? Se entregar a prova para você, estarei
comprometendo a investigação. Acho que nessa investigação, ela está sendo
diferente. A própria revista Veja diz que o inquérito, os depoimentos, a
delação estão criptografados e guardados num cofre. Isso significa que nenhuma
das falas é garantida. Ninguém sabe o que é”.
Além de atacar o direito de a livre imprensa investigar (ou
divulgar o que foi investigado oficialmente), Dilma lançou uma nova tese sobre
a razão da impunidade no Brasil: “O pai no sentido de protetor, o compadre do
crime de corrupção, do crime de lavagem de dinheiro, do crime financeiro é um
só: a impunidade. Pode saber que criar condições para (combater?) impunidade, é
uma coisa que o país tem de avançar. Antes, tinha o engavetador-geral da
república. Hoje, tem um procurador-geral da República que investiga e tem autonomia”.
Dilma perdeu a linha, novamente, na rampa interna do Palácio
da Alvorada, quando um repórter lhe indagou sobre os R$ 1,5 milhão que Paulo
Roberto Costa teria recebido de propina para facilitar o processo de compra da
refinaria Pasadena, no Texas, negócio do qual Dilma tenta tirar o dela da reta,
embora fosse presidente do conselho de administração da Petrobras que aprovou o
negócio que gerou um prejuízo de US$ 792 milhões (conforme dados do Tribunal de
Contas da União). Dilma vociferou:
“Se você me disser para quem ele disse, quem disse e como é
que disse, eu respondo. Recebo informações de juiz, de procurador e de delegado
da PF. Sou a favor de investigar, nada colocar para debaixo do tapete. Acho que
o maior mal atual é a impunidade. Se investiga, descobre o mal feito e não
condena, cria a sensação de que não teve pena nenhuma. Sabe por que protege com
a impunidade? Porque você não prende, não pune e só tem um jeito: tem que
punir. Por isso é que se diz: tolerância zero”.
Governo do PT com tolerância zero com a corrupção tem tudo
para se transformar na piada do século...
Lições de Mestres
Dilma deveria aprender um pouco mais sobre o verdadeiro
papel do Jornalismo.
Então, sugerimos à Presidenta que tome como referência os
ensinamentos do veterano professor-doutor e jornalista Nilson Lage, em postagem
no Facebook de 23 de setembro de 2014:
“Vocês querem saber o que é jornalismo? É isso aí. Coisa
decente, séria, que não se conforma em ecoar o senso comum, mas parte daquilo
que as pessoas acreditam por ouvir dizer para buscar a verdade nos fatos. Bom
jornalista não é o que crê, é o que desconfia. Esses sujeitos que dão palpites
de rebanho na mídia impressa, no rádio e na TV pertencem a três categorias: os
fanáticos (que são poucos), os idiotas e os picaretas”.
Vale também a lição de Carlos Alberto Di Franco, em O Globo
de 1º de setembro:
“A fortaleza do jornal não é só dar notícia, é se adiantar e
investir em análise, interpretação e se valer de sua credibilidade”.
Abandono de incapaz
Vai processar a Dilma?
Será que Geraldo Brindeiro, Procurador-geral da República no
governo FHC, gostou de ser chamado de “engavetador-geral da república” por
Dilma Rousseff?
De 626 inquéritos criminais que recebeu, Brindeiro engavetou
242, arquivou outros 217 e só aceitou 60 denúncias.
As acusações recaíam sobre 194 deputados, 33 senadores, 11
ministros e quatro contra o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso...
Duro é que o pobre do Brindeiro, agora aposentado, nem
poderá brindar a Dilma com algum processo por chamá-lo de
“engavetador-geral”...
Sem comentários
Dilma também não quis falar da nova pesquisa que a colocou
em vantagem na sucessão de si mesma.
Mas aproveitou para dar uma estocadinha no mercado
financeiro, criticando, com grossa ironia, o sobe e desce na Bolsa de Valores:
”Acho ótima a reação da Bolsa. Quando a Bolsa cai, eu falo:
será que eu subi? Tá ficando ridículo isso. Especulação tem limite! E acho que
tem gente ganhando com isso. Eu não sou, eu perco, tá? Acho desagradável o fato
de acharem que uma coisa está vinculada à outra. Quando sobe, ou quando desce.
Não comentei e não comento pesquisa nem quando sobe e nem quando desce. Nunca
comentei na vida”.
Rolo na Invepar
Os petistas que dominam os fundos Previ, Petros e Funcef
fazem pressão para derrubar Gustavo Rocha da presidência da Invepar – empresa
de concessões que mantêm em sociedade com a empreiteira baiana OAS, de Cesar
Mata Pires, famoso genro do falecido ACM, acusado de ditar as regras na
empresa.
Os detratores reclamam que a dívida líquida da Invepar
saltou 121% em 12 meses, subindo de R$ 2,4 bilhões para R$ 5,5 bilhões.
Concessionária do Aeroporto de Guarulhos (SP), a Invepar
tomou fumo nas licitações para a BR-163 e o Aeroporto do Galeão – o que
capitalizaria a empresa.
Líderes gráficos
Foi instituído ontem o Grupo de Líderes da Indústria Gráfica
no Brasil.
Noventa pessoas, representantes de companhias nacionais e
multinacionais das áreas de máquinas e equipamentos, tinta, papel, livros e
todos os insumos, participaram do lançamento na sede da Associação Brasileira
da Indústria Gráfica (Abigraf), em São Paulo.
A intenção do grupo é ampliar a competitividade do parque
impressor nacional no âmbito de um mercado mundial estimado, no ano de 2017, em
US$ 668 bilhões - sendo US$ 20 bilhões no Brasil.
Poder militar
Militares recomendam a assistida na entrevista de Ives
Gandra com o General de Exército João Camilo Pires de Campos, comandante
militar do Sudeste, transmitida em 22 junho de 2014, na Rede Vida, da Igreja
Católica.
Marchando
Convite para manifestação dia 27, em frente ao Palácio Duque
de Caxias.
Selfie do Produtor Rural
Desabafo de um agricultor que não encontra empregados para
trabalho na lavoura, graças às bolsas vagabundagem que elegem o PT
Poder Judiciário na atualidade
O programa Direito e Justiça em Foco, na Rede Gospel, recebe
no domingo, às 22 horas, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo,
desembargador José Renato Nalini.
O relógio marca...
O Comitê de Ética da Fifa ordenou que 28 membros de seu
comitê executivo devolvam o luxuoso relógio da marca Parmigiani que ganharam da
CBF na véspera da Copa do Mundo no Brasil.
Cada reloginho - avaliado na bagatela de US$ 26,6 mil – foi
dado a 65 cartolas do futebol.
A decisão não afeta os 750 participantes do Congresso da
Fifa, também no Brasil, em junho, que ganharam de presente da Fifa um relógio
mais baratinho: um Longines de US$ 191...
Pergunte ao IBGE...
Será que os técnicos do IBGE conseguem saber quantos fios de
cabelos foram implantados na cabeleira de Renan Calheiros, cuja cabeça Paulo
Roberto Costa teria colocado a prêmio na delação premiada?
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