Por Aluizio Amorim
MINHA ANÁLISE: O resultado das eleições municipais na França
já eram esperadas. A Frente Nacional que a grande mídia rotula de
extrema-direta, deu de goleada nos socialistas no pleito deste domingo. As
coisas funcionam mais ou menos assim: quando o clima eleitoral está bom para os
socialistas, os jornais são inundados com reportagens enfocando o pleito
francês.
Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, recebe o abraço de Steeve Briois, recentemente eleito prefeito de Henin-Beaumont. (Foto de O Globo) |
Desta feita, com os conservadores da Frente Nacional
correndo soltos conforme apontavam as pesquisas, o noticiário murchou. Apenas
na descolada Paris os socialistas levaram a melhor e em algumas outras cidades.
Mas o resultado total do pleito indica um forte guinada à
direita na França e, de certo modo, pode também sinalizar que a farra
liberticida politicamente correta que escancarou os países europeus abrindo a
porteira às hordas de retirantes do terceiro mundo, como destaque para os
islâmicos (na Franca há pelo menos 100 mesquitas com direito a minarete,
madraças e demais equipamentos), pode estar se esgotando. Sem falar nos guetos
que se formaram pelas levas de imigrantes que, por questões culturais,
religiosas e políticas! negam-se a se incorporar aos costumes dos países que
lhes acolheram e respeitar as leis.
Isto não acontece apenas na França, mas em todos os países
desenvolvidos da Europa. Claro, porque os imigrantes jamais migram para Cuba,
Egito, China, Coréia do Norte ou para repúblicas islâmicas. Todos querem o
conforto e o bem-estar das democracias capitalistas européias. Ocorre que o
aumento indiscriminado da população decorrente da imigração em massa, tem um
custo. Os europeus já sentiram o cheiro de carne queimada. Pressentiram em boa
hora que a conversa de comunistas e socialistas é furada e não estão mais a fim
de financiar mesquitas, minaretes e homens de turbante reivindicando direitos
aos quais não têm qualquer direito. Nunca contribuíram com um tostão para a
previdência social; nunca pagaram os impostos que sustentam os serviços de
saúde e querem ser titulares desses direitos. É aí que o caldo entorna.
A grande mídia e seus jornalistas militantes da causa
esquerdista, simplesmente escamoteiam esta realidade. Brasileiros que estiveram
recentemente em Paris ficaram apavorados quando tiveram que tomar o metrô. Um
amigo meu teve o seu iPhone surrupiado dentro do metrô parisiense. A Cidade
Luz, depois da farra do multiculturalismo politicamente correto não é mais
aquela. O ambiente foi contaminado por uma espécie de laissez-faire
terceiro-mundista em todos os sentidos.
Nesses momentos os cidadãos resolvem sempre chamar os
líderes conservadores para governar e legislar com finalidade salvacionista, já
que além da debacle econômica os valores morais e éticos foram para o brejo.
A minha intuição não costuma falhar. Na próxima década
veremos uma grande guinada à direita em toda a Europa desenvolvida, nos Estados
Unidos e na América Latina. Ainda bem. Antes tarde do que nunca. E isto se
deve, antes de mais nada, a uma questão de sobrevivência. Comunismo, socialismo
à francesa, bolivarianismo, petismo e congêneres não dão certo de jeito nenhum
e em lugar nenhum. Que o digam os franceses que, aliás já disseram tudo neste
domingo nas eleições municipais francesas, conforme relata esta reportagem do
site do jornal O Globo. Leiam:
A NOTÍCIA - O presidente François Hollande deverá considerar
uma possível reforma ministerial nesta segunda-feira, depois da
"goleada" sofrida pelos socialistas nas eleições municipais deste
domingo, nas quais o partido de extrema-direita Frente Nacional (FN) obteve
vitória em um número recorde de cidades. Resultados iniciais mostram que o
partido protecionista e anti-União Europeia, liderado por Marine Le Pen, vai
assumir o controle de pelo menos 11 cidades do país, ultrapassado com folga o
recorde dos anos 1990, quando conquistou quatro.
Pelo menos outras 140 cidades seguiram uma mudança de
direção política, indo da esquerda para a oposição conservadora, em um
movimento que pode ser traduzido como um golpe a Hollande, por causa de sua
tentativa considerada fracassada de alavancar a segunda maior economia da Zona
do Euro e, sobretudo, de enfrentar a alta taxa de desemprego, que se mantém em
10%. Embora Hollande, que, segundo pesquisas, é um dos líderes menos populares
da França das últimas décadas, vá permanecer no poder, a questão é se ele irá
substituir o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, cujo governo foi acusado de
amadorismo e de ficar paralisado por causa de divisões políticas.
— Éssa noite é um momento da verdade. Não há como voltar
atrás: essa votação foi uma derrota do nosso governo, e eu vou assumir a minha
parte da culpa — disse Ayrault disse neste domingo, na televisão. — O
presidente vai tirar lições dessa votação, e ele fará isso tendo em vista os
interesses da França — acrescentou, sem comentar sobre o o próprio destino.
Pesquisas de boca de urna indicam que as 11 vitórias da
Frente Nacional foram principalmente no sul do país, que tem uma tradição
anti-imigração, mas também em distritos do norte e nordeste, que sofrem com o
declínio industrial. As vitórias da FN incluem as cidades de Beziers, Le
Pontet, Frejus, Beaucaire, Le Luc, Camaret-sur-Aigues e Cogolin no sul, e
Villers-Cotteret e Hayange no norte.
O partido dirigido por Marine Le Pen já tinha feito um
avanço na semana passada, na primeira rodada de votação, por ganhar no norte,
na cidade de Henin-Beaumont.
— É evidente que estamos entrando em uma nova fase, o
duopólio da política francesa foi quebrado e temos de contar com uma terceira
força — disse Le Pen.
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