Dilma Rousseff foi chamada por Lula da Silva de Mãe do PAC e
sua imagem passada ao povo como a de uma competente administradora. O povo
acreditou em que pese não se ter notícia de grandes feitos de Rousseff como
ministra de Minas e Energia e depois como ministra da Casa Civil ao longo dos
oito anos do governo Lula. Na verdade, a “gerentona” não conseguiu em tempos
passados sequer manter uma lojinha daquelas de R$ 1,90. Com relação aos dois cargos desempenhados no
governo petista do Rio Grande do Sul Rousseff esteve léguas de distância de
qualquer eficiência.
Lula da Silva, é claro, estava ciente do curriculum da
afilhada, mas, para ser justa, ele não foi o único político brasileiro a
cometer o engano de se cercar dos piores. Isso é costume entre aqueles que
detêm o poder, pois temem que assessores os suplantem, coisa insuportável para
egos descomunais. E, assim sendo, Lula da Silva escolheu os piores em termos de
caráter e conduta, a começar pelo mentor do mensalão agora recolhido á Papuda,
José Dirceu. Este, coisa de pasmar, seria o próximo presidente da República se
Roberto Jefferson não o tivesse defenestrado.
Dirceu, baseado na crença de que os petistas pairam acima da
lei e possivelmente fiado no apoio do poderoso chefão, tanto corrompeu que foi
parar atrás das grades, mas não foi só. Junto com ele, condenados no mesmo
julgamento do mensalão, importantes companheiros de seu partido e de outras
agremiações denominadas bases de apoio seguiram para a cadeia. Algo inédito no
Brasil e que aconteceu graças ao notável desempenho do ministro Joaquim
Barbosa. Outros ministros do STF seguiram Barbosa, como o brilhante ministro
Luiz Fux, além dos ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio de Mello. Demais ministros,
lamentavelmente, procederam como advogados do PT. De todo modo, Lula da Silva
ficou sem quadros para dar seguimento ao projeto de poder do PT, segundo o qual
o partido deve permanecer eternamente no comando na nação. Então, inventou
Dilma Rousseff.
A sucessora, mesmo sendo monitorada pelo chefe Lula conjugou
sua incompetência ao que foi legado por ele e por ela mesma como ministra nas
gestões anteriores. E de tal modo é arrasadora a herança maldita que Rousseff
está legando ao Brasil que bem poderia ganhar outros cognomes, tais como:
Furacão Rousseff, Mãe da Hecatombe da Petrobras, Rainha dos Apagões, Dirigente
do Custo do Modelo Elétrico, Recordista de Impostos e Juros Altos, Campeã de
Inflação, Padroeira da inadimplência, Vencedora do Prêmio Pibinho, Líder das
Promessas não Cumpridas, Excelsa Chefe de Programas Inacabados, Grande
Matriarca do Plano Afunda Brasil.
Muito outros títulos podem ser dados à governanta Rousseff
para ilustrar seu governo. A lista é grande e não cabe em um pequeno artigo, mas
vale citar trecho de uma matéria do O Estado de S. Paulo (25 de março de 2014 –
Economia – B3) para se ter ideia do descalabro, que por sinal só vai
aumentando:
“A decisão da Standart & Poor’s (S&P) de rebaixar a
nota de crédito do Brasil está baseada em uma crítica generalizada da política
econômica do governo Dilma Rousseff, inaugurada em 2011”. “A S&P critica a
condução da política fiscal, o baixo ritmo de crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB), o uso de bancos públicos para sustentar programas federais, o
abatimento das desonerações na meta fiscal, o chamado superávit primário e a
saída encontrada para bancar o setor elétrico”.
Detalhes variados estão na imprensa como trambiques,
fraudes, negociatas do partido mais corrupto que já governou o Brasil, além de
noticias da queda da indústria, da venda de automóveis, o começo das demissões,
o descalabro da Educação e da Saúde e tudo mais que infelicita a vida dos
brasileiros. Qualquer outro presidente já teria sofrido o impeachment.
Há um ponto, porém, que é crucial. Dilma Rousseff é uma
miragem, um avatar mal feito, uma realidade virtual que não consegue sequer
falar de modo coerente. O grande e real responsável pelo que está acontecendo
se chama Lula da Silva, o presidente de fato que governa do seu gabinete das
sombras. Por ele corrompeu-se, mentiu-se, fraudou-se, arrebentou-se a
Petrobras. Tudo foi feito a seu favor. Ele não sabia? Impossível. Por que suas desculpas
esfarrapadas são piores que as do seu seguidor André Vargas e todo mundo
acredita? Por que ninguém o denuncia e o chama para depor no Congresso? Porque
ele é intocável? Estão todos envolvidos em suas maracutaias? Temem sua
popularidade? De todo modo, se a oposição não tirar a coroa da cabeça do rei o
corpanzil petista se fortalecerá ainda mais.
Afinal, sem Lula da Silva ou o Barba, como o chamou Romeu Tuma Junior, o
PT não existe. Falta algum corajoso entender e mostrar isso.
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*Maria Lucia Barbosa é socióloga
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