Por UCHO.Info
As Forças Armadas da Venezuela
reiteraram, na última quinta-feira (7), “lealdade absoluta” e “apoio
incondicional” ao presidente Nicolás Maduro. O país vive uma crise política
entre o governo e a recém-eleita oposição, que detém a maioria parlamentar.
“O presidente é a mais alta
autoridade do Estado e nós reafirmamos a nossa lealdade absoluta e o nosso
apoio incondicional”, declarou o general Vladimir Padrino López, reconduzido ao
cargo de ministro da Defesa nesta quarta-feira.
López ainda criticou a decisão
da oposição de retirar da Assembleia Nacional (Parlamento) os retratos e
símbolos ligados a Simón Bolívar, herói da independência no século 19, e a Hugo
Chávez, presidente da Venezuela entre 1999 e 2013.
“Exigimos o fim imediato de
atos de tal natureza, que em nada contribuem para a harmonia, a compreensão e a
paz de nossos compatriotas”, disse o ministro. “Apesar das diferenças
políticas, inevitavelmente compartilhamos o amor pela pátria, pela
independência e pela soberania nacional, assim como o respeito pela
Constituição e pelas leis da República.”
Em comunicado, López afirmou
ainda que a decisão é uma “atitude grosseira, arrogante e prepotente contra a
memória eterna de nosso libertador Simón Bolívar, que é o pai da nação”. “É
também um insulto à memória de um filho ilustre de Bolívar, o comandante supremo
Hugo Chávez, às forças armadas e à honra militar”, concluiu.
A oposição antichavista –
aliança Mesa de Unidade Democrática (MUD) – conquistou uma maioria de dois
terços nas eleições legislativas de 6 de dezembro do ano passado. Isso lhe
confere largos poderes, como convocar um referendo ou estabelecer uma
assembleia constituinte.
Essa maioria representa uma
virada histórica contra o regime chavista, atualmente protagonizado pelo
presidente Maduro. Trata-se da primeira vez desde 1999, ano em que Chávez subiu
ao poder, que a oposição detém maioria legislativa. (Com agências
internacionais)
Nenhum comentário:
Postar um comentário