Só inocentes não enxergam que o impeachment ou renúncia da
desgastada Dilma Rousseff são manobras que têm um grande beneficiário e
interessado imediato: Luiz Inácio Lula da Silva. O chefão $talinácio aposta no
fracasso e inviabilidade de uma (cada vez mais provável) gestão Michel Temer
(ou de qualquer outro, se o vice também acabar impugnado por alguma denúncia
grave ou por condenação da chapa vencedora em 2014). Lula só não tem certeza
absoluta do momento exato para Dilma sair, permitindo um retorno nada triunfal
e muito arriscado dele e do PT ao papel de "franco-atiradores" de
"oposição". É uma piada-séria!
Dilma fica mortinha da Silva a cada segundo. Grande parte
dos problemas é culpa dela própria. Sua ira incontrolável e a incapacidade de
diálogo político transformou o que deveria ser um complicado "governo de
coalizão" em um "desgoverno de colisão" - na base da guerra de
todos contra todos. Sintoma desta incapacidade de aglutinar apoios foi a
derrota de ontem na votação secreta para a Comissão do Impeachment, na Câmara
dos Deputados.
Parlamentares anti-Dilma formaram uma chapa e venceram de
goleada: 272 votos contra e apenas 199 a favor. Sorte da Dilma que o ministro
Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a eleição da comissão, até
dia 16, quando o plenário da corte julgará um recurso do PC do B para anular a
votação secreta e formação da chapa alternativa de "oposição" ao
desgoverno e em favor do impedimento da Presidenta. Até quando o Executivo
continuará sendo salvo das manobras do Legislativo pelo Judiciário? E fica no
ar a dúvida se haverá recesso parlamentar ou não - aumentando a agonia do
Palhasso do Planalto.
Dilma já era há muito tempo! Michel Temer, rompido
pessoalmente com ela, conspira abertamente. Eles se encontram nesta
quarta-feira. Tardiamente, vão discutir a (péssima) relação... A contundente
cartinha, feita para vazar, foi uma tentativa de habeas corpus político, para
se livrar das amarras e contaminações de uma impopular Dilma que odeia Temer e os
principais parceiros dele, já autoescalados ministros do eventual velho-novo
desgoverno: José Serra, Nelson Jobim, Moreira Franco. O vice também escuta
muito os conselhos de um grande amigo: Jacob Goldberg, estrategista de
movimentos na Era Transmídia. FHC também já teria dado seus pitacos
sociológicos ao "presidenciável". Temer também já recebeu o apoio das
diretorias do Bradesco e do Itaú. Sinal de que não mexerá na política
econômica de forma radical - o que confirma a tese de que ele é "mais do
mesmo".
Tudo isso é ótimo para quem? Lula... Vamos desenhar, para
facilitar a compreensão e a profunda reflexão das pessoas de bem, para não se
arrependerem, em futuro próximo, dos equívocos de avaliação. Repetindo, por 13
x 13: Lula é o grande beneficiário da cassação ou saída (nada espontânea) de
Dilma Rousseff. A cúpula da Petelândia sabe perfeitamente disto. Do contrário,
já teriam promovido o massacre de Michel Temer Lulia - aquele que oferece o
perigo mais imediato ao mandato da Presidenta, por ser o imediato na linha de
sucessão dela.
Quem conhece o PT de longa data, sabe muito bem que eles
adoram as práticas dos dossiês (verdadeiros ou falsos), do ataque feroz à honra
e a credibilidade de seus adversários políticos. Como chegou a lembrar, certa
feita, o falecido caudilho Leonel Brizola (ídolo da Dilma), Lula e o PT são
capazes até de pisar no pescoço da mãe de quem os desafia ou contraria. Pois
bem e para piorar, tem outro detalhe. A crise econômica no Brasil não tem
solução de curto prazo pois os erros, desmandos e roubalheiras generalizadas
promovidas nos últimos 13 anos deixam sequelas difíceis de serem curadas ou
resolvidas rapidamente.
Os anos de 2016 e 2017 serão muito difíceis para a
população, para as famílias brasileiras e para as empresas brasileiras. Como
Dilma continuando no Palácio do Planalto, todo esse desgaste ficará com o Poder
Executivo, comandado pelo PT. A desmoralização dela não vem de agora. A
companheira Dilma quase não se reelegeu Presidenta, pois teve que ficar a
campanha toda defendendo o seu governo.
Qualquer um que conhece um pouco de política sabe que é
muito mais fácil fazer campanha eleitoral na ofensiva, fazendo promessas – na
maioria das vezes sem a menor intenção de cumpri-las. É assim que Lula prefere
operar. Como o gênio $talinácio voltaria ao poder em 2018 tendo que defender
quatro anos de caos na economia, na saúde, na educação, nos transportes, além
da roubalheira generalizada nas estatais e nos altos escalões políticos, seja
do PT ou do PMDB?
Improvável e impossível. A última pesquisa eleitoral deu
conta de que ele, o mito decadente Lula, é rejeitado por 47% dos eleitores.
Agora, o jogo pode mudar se o senhor Temer, junto com os "primos" do
PSDB assumirem o Poder Executivo e ficarem com a bomba no colo até 2018. Neste
cenário, o companheiro $talinácio seria candidato de oposição, podendo fazer
promessas, promessas e mais promessas. Nesta mesma linha, taticamente, os
petistas não soltariam os dossiês contra aqueles que querem agora derrubar a
Dilma, pois guardariam as malvadezas como moedas de troca para 2018.
Caso o senhor Temer e o PSDB resolvam fazer uma verdadeira
faxina ética e moral, apurando todas as bandidagens que foram praticadas nos
últimos 13 anos, aí sim os comissários do PT pulariam nas tamancas. Rapidamente,
em reação, divulgariam os dossiês que seriam verdadeiras bombas. Principalmente
porque teríamos o PMDB na chefia do Executivo junto com o PSDB, gente sobre
quem o PT alardeia saber muita coisa podre. Haveria uma barganha política,
aquela do pior nível possível e que tem acabado com a nossa Pátria, com a nossa
Nação, inviabilizando um País maravilhoso chamado Brasil.
A lógica pragmática de Lula é bem mais simples e imediata.
Sacrifica-se a Dilma, que já está cansada mesmo desse fardo. Deixa-se o PMDB
pilhar o País de maneira mais direta e explícita. O PSDB volta a sentir o
gostinho do poder, algo tão almejado pelos já envelhecidos cardeais José Serra,
Geraldo Alckmin, FHC e até o jovial Aécio. Os tucanos alimentariam, assim, as
chances de enfrentar uma campanha eleitoral usando o poder da máquina - como
fazia na era FHC.
As cúpulas decidem o jogo no tapetão. Novamente vemos aquele
cenário em que nenhuma das “ditas autoridades” pensa no futuro da Nação
Brasileira, no destino promissor da Pátria Brasil. Comportam-se como as hienas
se revezando na pilhagem estatal, fazendo jogos de aparências e de cena, com
brigas e disputas falsas para se manterem no podre poder. Mais uma vez, fica
claro que não temos oposição, mas sim mera "composição". As
zelites brasileiras não aprendem e, pior, não querem aprender. O Capimunismo
Rentista as satisfaz.
Cassar a Presidenta Dilma é tapar o sol com a peneira. Dilma
não é a causa dos males. Ela é consequência da falha estrutural do modelo
estatal brasileiro. Por isso, ser cassada pelo senhor Eduardo “Contas na Suíça”
Cunha é desmoralizar por completo aquilo que parece ser um arremedo de processo
democrático brasileiro. Aliás, até no caso do pau no Cunha tem rigor seletivo.
O Ministério Público da Suíça já enviou ao Brasil a relação de várias pessoas
que tiveram movimentações suspeitas naquele paraíso fiscal decadente. Segundo o
próprio Cunha, nesta relação existem diversos parlamentares. Ele reclama porque
só ele está sendo “crucificado”.
A presidente Dilma, inclusive a todo instante, lembra que
não é ela que está sendo acusada de manter contas não declaradas na Suíça.
Ninguém com o mínimo de seriedade ou inteligência pode imaginar que depois de
cassada por gente desta “pouca qualidade política”, o PT não vai trabalhar e
provavelmente conseguir demonstrar que houve um "golpe" contra a
(pretensa) democracia (regime que o Brasil ainda não conhece plenamente).
Mesmo nessa farsa de discurso, Lula e o PT vão ganhar o
argumento eleitoral de que eles foram vítimas de um "golpe" praticado
pelos corruptos investigados pela Polícia Federal por ordem de quem? Da
Presidenta e de seu Ministro da Justiça. Novamente, a Petelândia voltaria a
posar de "vítima das zelites". A novelinha do impeachment é oportuna
para a encenação desta tragicomédia.
Por tudo isto, qualquer um que defender a cassação da
presidente Dilma como "solução efetiva" acaba se transformando, mesmo
sem querer, em um cabo eleitoral antecipado do senhor Lula para a aventura de
2018 (que só Deus sabe se ele terá saúde para encarar). O plano do $talinácio,
se conseguir o retorno triunfal, será terminar de implantar o socialismo do
século 21 (na prática um bolivarianismo radical, mas com o jeitinho brasileiro
da esculhambação, inspirado nos ideais do Foro de São Paulo - que ele não teve
coragem (ou condições) de fazer valer, de forma hegemônica, em seus oito anos
de mandato, e nos primeiros quatro da Dilma, até agora.
Se Dilma sair ou for saída antes do tempo, dando lugar a
Michel Temer, o chefão Lula ressurgirá como grande salvador das massas
desempregadas, esfomeadas e injustiçadas. Pelo menos este é o script que
petistas próximos a ele desenham. A quem interessa a volta de Lula ao Palácio
do Planalto em 2018? Só interessa a ele mesmo e ao sistema que aparelha a
máquina estatal capimunista no Brasil.
Pensemos bem e respondamos para a própria consciência: Quem
deseja a volta de Lula à Presidência da República? Quem gostaria que as coisas
fiquem do mesmo jeitinho que estão no Brasil da impunidade, ilegalidade e
ignorância? Quem tem medo de pensar conceitos corretos? Quem teme as mudanças
verdadeiras?
$talinácio quer saber de nada disso! Apesar do desgaste de
imagem, Lula ainda não tem adversários a sua altura. Quem seria o
presidenciável "oposicionista" para 2018? O nome ainda parece longe
de surgir... A falta de lideranças políticas verdadeiras é o grande drama do
Brasil. Além disso, qualquer um que ouse se mostrar como "opositor",
com as regras atuais do jogo, será fulminado pelo sistema do crime organizado.
Se o Brasil não mudar de verdade, o caos continuará operando a pleno vapor.
Na estrutura atual, o Brasil é inviável: com visão vagabunda
de rentista, juros altíssimos, carga tributária absurda (92 impostos, taxas,
contribuições e infindáveis instruções normativas ou portarias ministeriais),
gritante insegurança jurídica e desgovernança sistêmica do crime organizado.
Infelizmente, ainda estamos longe da verdadeira Democracia - definida como o
Império da Lei, da Segurança do Direito, através do exercício ético da razão
pública.
Por isso, o primeiro e nada fácil passo é romper com o
Capimunismo Rentista e patrimonialista, mudando a estrutura do Estado
brasileiro que serve ao crime e não ao cidadão ou à sociedade. Só uma
Intervenção Constitucional, pelo Poder Instituinte do Cidadão, tem condições de
mudar o Brasil. Tal movimento só não pode se resumir a um "iluminismo de
classe média" ou um "middle class wishfull thinking" - como
sempre bem me adverte o cientista político William Carvalho.
O problema gigantesco que temos pela frente é: nossas
elites, não se comportando como tais, não demonstram maturidade para definir e
liderar o processo de mudança do caos para o pleno desenvolvimento de fatores
políticos e econômicos. Assim, o Brasil segue sem rumo, na velha sina de País
do futuro (mas que não cuida do presente e ignora as besteiras do passado,
repetindo-as de tempos em tempos.
Let's sing
O Rei Roberto Carlos e Isaurinha Garcia fazem uma homenagem
a Dilma recebendo a carta de Michel Temer - que ele deixou vazar...
Descendente
Lema do Lobão no Facebook, com direito a caixa alta e
negrito:
"QUEM COM O 13 FERE,COM O 13 SERÁ FERIDO. DIA 13,
TODO O BRASIL NAS RUAS A BRADAR: FORA DILMA, FORA PT!"
Apelidos
Incredulidade
Martirizado
Problema numerológico
Irmão Temer
Irregular na Maçonaria, quer tomar o lugar da
Dilma...
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