Excitada com os aplausos da plateia amestrada, Dilma
Rousseff resolveu deixar claro na discurseira no congresso da CUT que enxerga
as coisas pelo avesso. “Meu governo e o governo do presidente Lula proporcionou
(sic) o mais enfático combate à corrupção de nossa história”, fantasiou
a torturadora da gramática e da verdade. Mesmo para os padrões da seita
lulopetista, é muito cinismo.
Lula e Dilma são os parteiros e tutores da corrupção
institucionalizada e até recentemente impune. Nunca antes neste país a
bandidagem a serviço dos poderosos chefões roubou tanto e tão descaradamente
quanto nos últimos 13 anos. O PT que, segundo o presidiário José Dirceu, não
roubava nem deixava roubar hoje nem esconde que virou um ajuntamento de
larápios compulsivos.
Três tesoureiros e dois presidentes do partido foram parar
na cadeia. A Operação Lava Jato já provou que gatunos bilionários não são
inimputáveis. A crise econômica erradicou a praga da abulia, e uma imensidão de
iludidos compreendeu que Lula é o pai do mensalão e do petrolão, que Dilma é a
babá do primeiro escândalo e a mãe do segundo. Os indignados redescobriram a
força das ruas. Dois terços da nação exigem o enterro imediato da Era da
Canalhice.
O padrinho e a afilhada parecem ainda acreditar que todos os
brasileiros são idiotas. Pior para os dois. Dilma vai abrir os olhos já
despejada do Planalto. Lula vai acordar quando estiver dormindo em Curitiba.
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