A economia do Brasil, a produção e a renda, cresceram ainda
menos do que se imaginava no segundo trimestre deste ano, como a gente soube
hoje, pelos números do PIB. Para piorar, os número já ruins do crescimento do
final de 2014 e início de 2015 foram revisados para baixo: a situação era pior
do que se imaginava.
Como resultado, as previsões para o restante do ano
pioraram. A economia, o PIB, deve encolher mais de 2,5%, a previsão séria mais
pessimista até agora. Assim, em 2015 o país vai passar pela maior crise desde
1990, primeiro ano do governo Collor, de hiperinflação e de um plano econômico
que confiscou dinheiro de empresas e indivíduos.
O consumo das famílias caiu pelo segundo trimestre
consecutivo. O consumo das famílias equivale a quase dois terços do PIB do
Produto Interno Bruto, a produção econômica do país em um determinado período.
O consumo não caía por dois trimestres desde 2003, na virada do governo FHC
para o de Lula.
Pior ainda, o investimento em novos negócios e construções
cai faz oito trimestres: isso mesmo, dois anos.
Por enquanto, a única notícia melhorzinha na economia é o
setor externo. Quer dizer, a gente está produzindo mais aqui o que costumava
importar, pois o dólar ficou muito caro.
No mais, há desânimo. A confiança de empresários e
consumidores está nas mínimas históricas, os estoque estão altos, o emprego vai
continuar a diminuir até o ano que vem.
Um dos motivos de tamanho desânimo é a crise política e a
pindaíba do governo. O buraco previsto nas contas públicas do ano que vem é
tamanho que o governo já pensa até em voltar a cobrar a CPMF, imposto sobre
qualquer movimentação financeira, que havia sido extinto em 2007. Dada a crise
política e outras revoltas, vai ser difícil tal imposto ou outro passar no
Congresso. Sem ter como tapar o rombo, a crise do governo piora e assim a da
economia. Estamos entre a cruz do imposto e a caldeirinha de mais crise
econômica.
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