quarta-feira, 15 de julho de 2015

Dilma solta os palavrões contra Cardozo e seus comparsas


Dilma-CardozoO desespero de Dilma Rousseff transborda em explosões de fúria reveladoras.

Em abril, ela dizia: “Eu tenho certeza de que minha campanha não teve dinheiro de subornos”.

Agora a Folha informa que, após Ricardo Pessoa acusar sua campanha de embolsar propina da Petrobras, Dilma reuniu, no dia 26 de junho, seus comparsas Aloizio Mercadante, Edinho Silva, Giles Azevedo e José Eduardo Cardozo, e disse:

“Não sou eu quem vai pagar por isso. Quem fez que pague”.

É a nova versão do “houve, viu?”, expressão com que ela admitiu a existência do petrolão após meses acusando a oposição de “golpe”.

Dilma sapiens também disse na reunião, com a fineza de costume:

“Eu não vou pagar pela m**** dos outros”.

Nem precisa. Basta que pague pela própria.

Furiosa, ela ainda cobrou Cardozo por não ter impedido que as revelações de Pessoa viessem a público dias antes de sua visita oficial aos Estados Unidos, num momento em que buscava notícias positivas para reagir à crise.

“Você não poderia ter pedido ao [ministro] Teori [Zavascki] para aguardar quatro ou cinco dias para homologar a delação? Isso é uma agenda nacional, Cardozo, e você f**** a minha viagem”.

Assim como Lula, Dilma queria que Cardozo interferisse no Judiciário, o que ela mesma acabou fazendo dias depois, ao atacar os procedimentos de prisão preventiva adotados pelo juiz Sergio Moro e ao ter um encontro clandestino no exterior com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, supostamente intermediado pelo próprio Cardozo, que buscaria assim se redimir.

Como escreve Josias de Souza sobre o golpe português:

“Dilma estava a caminho da Rússia. Aterrissou em Portugal a pretexto de reabastecer o jato presidencial. Em vez de Lisboa, preferiu o Porto. Lewandowski e Cardozo estavam na cidade de Coimbra. Participavam de um seminário de nome sugestivo: ‘O Direito em Tempos de Incertezas’.
16 de agosto 
Na versão oficial, Lewandowski soube por Cardozo que Dilma faria escala em Portugal. E pediu ao ministro da Justiça que intermediasse o encontro com a presidente. Em Brasília, o mandachuva do STF poderia cruzar a praça a pé para chegar à sala de Dilma. Em Portugal, teve que vencer os cerca de 120 quilômetros que separam Coimbra do Porto. E querem que ninguém faça a concessão de uma surpresa. É certo que o brasileiro baniu dos seus hábitos o ponto de exclamação. Mas há limites para o cinismo.”

Há limites, também, para a oposição permitir que Dilma faça com o Brasil o que Cardozo fez com a sua viagem.

Os brasileiros não aguentam mais pagar pela “m****” de seu governo.

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