O Partido dos Trabalhadores pretende OCUPAR as RUAS e
literalmente PARTIR para a GUERRA. Partido faz uma ameaça a “militares
golpistas”.
Tivemos acesso à pauta de discussões para a próxima reunião
do Partido dos Trabalhadores, que ocorrerá em junho próximo. A reação do
Partidão, se exitosa, pode acabar de vez com as liberdades e perspectivas de
crescimento que nos restam. Vejam aí, discutindo alguns pontos. Ao final
disponibilizamos o texto completo, que se chama UM PARTIDO PARA TEMPOS DE
GUERRA, da Chapa Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo!.
Em um primeiro momento a liderança petista admite que
fracassou em seu projeto de aparelhar o estado no sentido de não mais permitir
que instituições privadas e a sociedade organizada implementassem qualquer tipo
de oposição eficaz. O PT ao mesmo tempo em que demagogicamente fala em
liberdade, no interior do partido faz o possível para retirar da sociedade
qualquer possibilidade de reação.
Em vermelho texto do Partido dos Trabalhadores.
“não fomos capazes de realizar transformações estruturais,
que retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas fundamentais da
economia e da política brasileira… Controlando estas alavancas, a oposição de
direita, o oligopólio da mídia e o grande capital desencadearam uma ofensiva
geral que inclui a desmoralização política e ideológica do petismo, o estímulo
à sabotagem por parte de setores da base aliada, a pressão para que o governo e
setores conservadores, a ameaça permanente de impeachment e a promessa de nos
derrotar eleitoralmente em 2016 e 2018.”
Nota-se, pelo documento que recebemos, que o partido
pretende se denominar “forças trabalhadoras” e controlar as principais
alavancas da economia e da política nacional. O partido também reclama do fato
da direita criminalizar os movimentos
sociais.
Para os Partido dos Trabalhadores taxar de criminosas as
ações de vandalismo do MST e Sem Teto, verdadeiros exércitos à serviço da
esquerda, não passa de uma ação conservadora por parte da direita.
O Partido cada vez mais demonstra que percebe o Brasil por
um prisma extremamente equivocado. Para o PT existe sempre dois lados, eles e
nós. Para eles existe sempre um lado a ser derrotado, e dessa forma haverá
sempre desunião e nunca a unidade de pensamento indispensável para a
reconstrução do nosso país.
O comando do Partido de Lula e Dilma pretende, após o meio
do ano, implementar cinco medidas principais como ações emergenciais para que o
partido não perca as eleições municipais de 2016 e gerais de 2018.
No documento, o partido tece criticas à ação da atual
Presidente. Para o PT Dilma estaria dividindo a esquerda e dessa maneira fica
bem mais fácil o esquema esquerdista ser destruído pela direita.
O partido também deixa claro no texto, que conta com a ajuda
da máquina estatal para derrotar a direita nas próximas eleições.
“A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É plenamente
possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do governo. É
possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda do governo.
Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação do governo
dividir a esquerda e alimentar a direita.”
“Frente a esta situação, o 5º Congresso do PT deve aprovar
resoluções que permitam ao Partido, ao conjunto de sua militância, executar
cinco tarefas principais.’
Vejam as orientações da diretoria petista:
1 – A primeira tarefa é reocupar as ruas. A oposição de direita
controla parte importante do Judiciário, do Parlamento e do Executivo, em seus
diferentes níveis. Agora está trabalhando intensamente para também controlar as
ruas, utilizando para isto sua militância mais conservadora, convocada pelos
meios de comunicação, mobilizada com recursos empresariais e orientada pelas
técnicas golpistas das chamadas “revoluções coloridas”. Caso a direita ganhe a
batalha de ocupação das ruas, não haverá espaço nem tempo para uma
contra-ofensiva por parte da esquerda. Assim, a primeira tarefa de cada petista
deve ser apoiar, participar, mobilizar e ajudar a organizar as manifestações
programadas pelos movimentos e organizações das classes trabalhadoras.
2 – A segunda tarefa é construir uma Frente Democrática e
Popular. Há várias iniciativas em curso, algumas delas sem o PT e até mesmo
contra o PT. Nosso Partido deve procurar as forças que elegeram Dilma no
segundo turno presidencial e que defendem as reformas estruturais, propondo a
elas que se constitua uma frente popular em defesa da democracia e das
reformas. O programa mínimo desta Frente Democrática e Popular deve incluir a
revogação das medidas de ajuste recessivo…
3 – A terceira tarefa é mudar nossa estratégia. Se queremos
melhorar a vida do povo, se queremos ampliar a democracia, se queremos afirmar
a soberania nacional, se queremos integrar a América Latina, se queremos
quebrar a espinha dorsal da corrupção, é preciso realizar reformas estruturais
no Brasil, que permitam à classe trabalhadora controlar as principais alavancas
da economia e da política nacional.
4 – A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É
plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do
governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda
do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação
do governo dividir a esquerda e alimentar a direita.
5 – A quinta tarefa é mudar o próprio PT. O Partido que
temos não está à altura dos tempos em que vivemos. Das direções até as bases, é
preciso realizar transformações profundas. Precisamos de um partido para tempos
de guerra.
É também neste contexto que deve ser analisada a mobilização
de massas do dia 15 de março. Não se trata de descontentamento “republicano e
pacífico”, nem da defesa “legítima” do impeachment. A mobilização da direita
visa criminalizar não só o PT e o conjunto dos partidos de esquerda, mas também
a classe trabalhadora nas suas mais diversas expressões, organizações e
movimentos: os sem-terras, os sem-tetos, os sindicatos combativos, os grupos e
entidades populares etc. Não pode ser outra a leitura do ódio presente nos atos
do dia 15 de março, que abriram espaço até mesmo para manifestações ostensivas
da extrema-direita e homenagem a um torturador identificado no relatório final
da Comissão Nacional da Verdade.
Por fim o Partido faz uma ameaça a supostos militares da
ativa ou da reserva que estariam tramando um GOLPE.
Por isto mesmo, o PT defende tolerância zero com a facção
golpista da direita. As articulações golpistas, especialmente as vindas de
militares da ativa ou da reserva e de meios de comunicação, devem ser tratadas
como determina a Constituição e a legislação nacional.
Ocupar as ruas, construir uma Frente Democrática e Popular,
mudar a estratégia do Partido e a linha do governo
1. O Partido dos Trabalhadores está diante da maior crise de
sua história. Ou mudamos a política do Partido e a política do governo Dilma;
ou corremos o risco de sofrer uma derrota profunda, que afetará não apenas o
PT, mas o conjunto da esquerda política e social, brasileira e latinoamericana.
2. A crise do PT decorre, simultaneamente, de nossas
realizações e de nossas limitações.
3. Tivemos êxito em ampliar o bem-estar social — por
intermédio da geração de empregos e aumento da massa salarial e do poder
aquisitivo da população, bem como da adoção exitosa de programas de moradia,
saúde e outros — e a soberania nacional, também através de uma política externa
“altiva e soberana”. Fortalecemos o Estado, na contramão do Estado Mínimo
neoliberal. Ampliamos certos direitos e conquistas democráticas. E são estes
avanços que explicam nossas vitórias em quatro eleições presidenciais
consecutivas.
4. Mas não fomos capazes de realizar transformações
estruturais, que retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas
fundamentais da economia e da política brasileira.
5. Controlando estas alavancas, a oposição de direita, o oligopólio
da mídia e o grande capital desencadearam uma ofensiva geral que inclui a
desmoralização política e ideológica do petismo, o estímulo à sabotagem por
parte de setores da base aliada, a pressão para que o governo aplique o
programa dos que perderam a eleição, a mobilização de massas dos setores
conservadores, a ameaça permanente de impeachment e a promessa de nos derrotar
eleitoralmente em 2016 e 2018.
…
17. É neste contexto que deve ser interpretada a mais
recente onda de violência policialmilitar contra a juventude pobre e negra das
periferias das grandes cidades e contra os movimentos sociais, em especial nos
estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Não se trata de desvio nem de
novidade, pois tem sido esta a prática das PMs desde a Ditadura Militar. Mas
sinaliza uma ação organizada de setores da direita que apostam no extermínio e
no fascismo.
18. É também neste contexto que deve ser analisada a mobilização
de massas do dia 15 de março. Não se trata de descontentamento “republicano e
pacífico”, nem da defesa “legítima” do impeachment. A mobilização da direita
visa criminalizar não só o PT e o conjunto dos partidos de esquerda, mas também
a classe trabalhadora nas suas mais diversas expressões, organizações e
movimentos: os sem-terras, os sem-tetos, os sindicatos combativos, os grupos e
entidades populares etc. Não pode ser outra a leitura do ódio presente nos atos
do dia 15 de março, que abriram espaço até mesmo para manifestações ostensivas
da extrema-direita e homenagem a um torturador identificado no relatório final
da Comissão Nacional da Verdade.
19.O impasse político desgasta a esquerda (que não consegue
maioria congressual para implementar mudanças) e fortalece a direita (que sonha
em utilizar a maioria congressual não apenas para achacar e sabotar o governo,
mas também para fazer o impeachment).
20.O Partido dos Trabalhadores defende que a solução para a
crise política passa por mais democracia, não por menos democracia. Por isto
reafirmamos nossa defesa da Assembleia Constituinte, da participação popular e
da legitimidade dos processos eleitorais. Se a oposição de direita quer nos
derrotar, que se organize para disputar as eleições de 2016 e 2018.
21. Por isto mesmo, o PT defende tolerância zero com a
facção golpista da direita. As articulações golpistas, especialmente as vindas
de militares da ativa ou da reserva e de meios de comunicação, devem ser
tratadas como determina a Constituição e a legislação nacional.
22.O Partido dos Trabalhadores deve compreender, também, por
quais motivos setores importantes da direita –- inclusive lideranças como Aécio
Neves, José Serra, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso –- flertam
abertamente com o discurso e a perspectiva golpista.
23.A influência da extrema-direita decorre de um impasse
econômico-social de fundo vivido pelo Brasil há várias décadas. Assim como 1954
e 1964 não foram por acaso, o que está ocorrendo agora também não é por acaso.
24.Toda vez que o Brasil teve governos que adotaram uma
política externa soberana, que garantiram progressos na qualidade de vida do
povo e certa ampliação nas liberdades democráticas, as classes dominantes
reagiram em favor das medidas opostas: dependência externa, restrições às
liberdades, desigualdade social.
25.Hoje vivemos mais um destes momentos de definição entre
dois caminhos para o Brasil: ou bem regressamos ao desenvolvimento conservador
de viés neoliberal, com dependência externa, restrições às liberdades
democráticas e aprofundamento da desigualdade social; ou bem avançamos em
direção a um desenvolvimento de novo tipo, democrático-popular e articulado ao
socialismo.
As características fundamentais do atual período
internacional são: a) ainda estamos numa etapa de defensiva estratégia do
socialismo; b) e sob uma hegemonia capitalista como nunca antes na história; c)
por isto mesmo, o capitalismo vive uma profunda crise; d) que por sua vez aguça
uma disputa inter-capitalista que vai adquirindo contornos cada vez mais
agressivos; e) o que ajuda a entender a reação defensiva expressa na formação
de blocos regionais.
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