domingo, 2 de novembro de 2014

Eleições 2014: fraude, decepção, traição

Por Graça Salgueiro

O jornal oficial da ditadura cubana, o Granma, publicava no dia seguinte que a “Reeleição de Rousseff avaliza a sucessão de mudanças no Brasil”, para a qual os Castros contribuíram enormemente com seus mais de 13 mil espiões disfarçados de médicos.

Quando o então candidato Aécio Neves conseguiu votos para chegar ao segundo turno, comentei no meu programa Observatório Latino na Rádio Vox, que essa havia sido a praxis do Foro de São Paulo em toda a América Latina para enganar os eleitores, fazendo-os crer com isso que respeitavam o “jogo democrático”. “Permitindo” que um candidato opositor fosse disputar o cargo à Presidência, o processo seguiria mostrando o opositor à frente nas pesquisas eleitorais para em seguida dar empate técnico e, finalmente, mostrar seu candidato superando o opositor com alguns pontos de vantagem. Dessa forma, dava-se passagem para a fraude que seria cometida no dia do pleito. E assim foi. Rigorosamente igual.

Esse processo fraudulento ocorreu sempre na Venezuela, nas disputas entre Hugo Chávez e Henrique Capriles e depois, deste com o usurpador Nicolás Maduro. De igual modo ocorreu na Colômbia, na disputa entre Juan Manuel Santos e Oscar Iván Zuluaga, e em El Salvador, onde o candidato do Foro de São Paulo, Salvador Sánchez Cerén elegeu-se.

Durante todo o dia 26 de outubro e seguintes, as denúncias de fraude nas urnas de votação e seções eleitorais  abundaram pelas redes sociais. Através de fotos e vídeos, as pessoas lesadas referiam desde duplicidade de título de eleitor e de digitais, a atas e fitas de mesas de votação encontrados em lixeira, além de urnas que votaram sozinhas ou que na ata chamada zerésima (que é a primeira, provando que nem um único voto foi ainda depositado), a lista já trazer 400 votos impressos para a candidata governista.

Entretanto, a fraude mais descarada dessas eleições foi cometida pelo próprio STE que cercou a apuração de um hermetismo inadmissível, nunca visto em nenhum país democrático, nem mesmo aqui no Brasil em eleições anteriores. O presidente do STE, Antonio Dias Toffoli, outrora advogado do PT e posto no cargo estrategicamente pela presidente, declarou que o resultado só seria anunciado às 20:00 h., alegando a diferença de horários entre as regiões Norte e Nordeste com o restante do Brasil que adotou o horário de verão.

Nunca viu-se em lugar algum, exceto na Venezuela, apurações de votos em sala fechada com apenas 23 eleitos, sem que os eleitores tivessem conhecimento dos números parciais do escrutínio. Ninguém, exceto esses escolhidos, conheceu o que de fato se passou naquela apuração. Algumas perguntas se impõem: quem eram essas pessoas, únicas a ter acesso à apuração, e quem as escolheu? Por que foi proibido divulgar os resultados parciais e o que se temia previamente? Por que escolher 23 funcionários do STE para participar do escrutínio e não outras pessoas? Delegados de partidos sempre tiveram o direito garantido por lei de acompanhar a apuração mas, desta vez, sob o comando do petista Dias Toffoli não foi permitido.

Em vídeo publicado pelo G1, o repórter informa que às 17:15 h., quando começou a apuração, Aécio Neves aparecia com 62,71% dos votos contra 37,29% de Dilma. A vantagem se mantinha até às 19:32 h., onde Aécio Neves aparecia com 50,05% e Dilma com 49,95%. Meia hora mais tarde é oficialmente anunciado que dona Dilma venceu as eleições com quase 52% dos votos válidos. Milagre como esse só se viu na Venezuela, de Chávez e Maduro, com a diferença de que lá a oposição pôde pedir uma auditoria nos resultados - embora tenha sido aceita pelo usurpador Maduro e depois negada -, uma vez que, além do voto eletrônico há o registro em papel, o que não ocorre aqui, cujas urnas são inauditáveis e as atas destruídas após o anúncio do resultado. E tudo isto nos dá SIM o direito de duvidar da lisura e transparência das apurações.

Para completar o que previ antes das eleições, tal como ocorreu com Capriles na Venezuela, Aécio aceitou de imediato a “derrota” sem questionar nem pedir auditoria, apesar de o PSDB ter recebido denúncias de fraude durante todo o dia. E para culminar a traição, ainda disse que isso fazia parte do “jogo democrático”, telefonou para a presidente felicitando-a pela “vitória” e em vez de se colocar como opositor, que foi o que levou mais de 50 milhões de brasileiros a crer na “mudança” proposta em sua campanha, chamou a presidente a uma “união de esforços” e em seguida partiu para o exterior de férias.

O PT deu dois golpes de uma só vez: não se satisfez apenas em fraudar as eleições mas jogou a maior parte nas regiões Norte-Nordeste, causando ira em alguns eleitores do Sul-Sudeste que agora advogam pelo separatismo dessas regiões, não percebendo que era exatamente isso que o governo desejava: criar a xenofobia interna e o ódio entre irmãos. Também como forma de humilhar Aécio Neves e jogar seus eleitores contra os mineiros, a candidata governista teve uma expressiva “vitória” naquele estado.

Para quem assistiu o crescimento de uma oposição que já julgávamos morta e sepultada, onde de norte a sul do país por onde a presidente passava levava vaias monumentais e xingamentos com palavras de baixo calão dirigidas a ela, seu mentor Lula e o PT, essa “vitória” é um cálice amargo de tragar porque não convence ninguém e eles SABEM que não foi limpa nem legítima.

O jornal oficial da ditadura cubana, o Granma, publicava no dia seguinte que a “Reeleição de Rousseff avaliza a sucessão de mudanças no Brasil”, para a qual os Castros contribuíram enormemente com seus mais de 13 mil espiões disfarçados de médicos e temiam perder o maná que jorra do BNDES às custas do nossodinheiro e trabalho. E o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, diz em seu enfadonho pronunciamento oficial repleto de autoridades, militares da Guarda Presidencial em formação e adidos militares de vários países, que “a vitória do Brasil reforçou nossas forças revolucionárias na América Latina”, como pode-se ver ao final deste artigo.

Muitos brasileiros que apostaram e acreditaram na possibilidade de tirar o PT do poder se decepcionaram com os resultados porque não conhecem a história desse partido que veio para ficar, e passaram a se agredir buscando entre nós um (ou os) culpados. Entretanto, o que é preciso ficar claro é que o nosso grande inimigo é, e sempre foi, o Foro de São Paulo e os ditadores Castro que já mandam no Brasil. Por isso o PT não podia perder as eleições, porque ele é o coração do Foro de São Paulo. Se perdesse, seria o começo do fim desta organização criminosa e para evitar isso, eles usam a “combinação de todas as formas de luta”. Sobretudo as mais execráveis.



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