sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Correspondência remetida ao Presidente da CNV

Por Cel Ref Exército Márcio Matos Viana Pereira

Ao Presidente,  Coordenador e Membros da COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE

Faz dois anos, da criação da COMISSÂO NACIONAL DA VERDADE, com o objetivo declarado de buscar e afirmar a VERDADE para a História e para os brasileiros, relativa aos fatos revolucionários ocorridos no PAÍS, apurando as graves violações de Direitos Humanos praticados entre 18 de setembro de 1946  e 5 de outubro de 1988.

Embora se me afigurasse desnecessária a criação da aludida CNV, considerando a vastíssima bibliografia existente sobre o tema, através de livros escritos por pessoas de ambos os lados que estiveram envolvidos na luta travada; de entrevistas e de longas e detalhadas reportagens, publicadas nas principais revistas e mais famosos jornais existentes no País, além das declarações prestadas nos Tribunais por ex-presos políticos e seus Advogados, não via a necessidade de reabrir mágoas do passado, à época já sepultadas, face a Anistia a longos anos concedida, ainda na vigência de Governo militar.

Se o objetivo alegado era a busca da VERDADE para a História, com o início dos trabalhos logo a farsa se revelou, ao informar a CNV que iria levantar apenas os crimes e as violências praticadas pelos militares e agentes do Governo.  É lógico que tal decisão foi surpreendente, pois, se o objetivo da Comissão tinha por escopo buscar a verdade a respeito das violações havidas, durante a luta armada travada, evidentemente as versões existentes são conflitantes, pois, cada lado tem a sua verdade a expor.

Ficou então patente, ter por objetivo a CNV, não a busca da VERDADE para a História, mas, reescrever a História, através de estórias sordidamente fabricadas, com o intuito de inverter os fatos havidos, transformando, como por mágica, traidores da Pátria a serviço do Comunismo Internacional, assaltantes de Quartéis e de Bancos, ladrões de Armas militares, seqüestradores, torturadores, justiceiros e assassinos, em heróis, enquanto os militares que foram à luta em defesa da Democracia e dos valores morais sedimentados na consciência nacional, militares que foram emboscados na selva e ameaçados pela sanha de insanos que acreditaram na utopia de vencer as Forças Armadas, sendo  vítimas da prática da mentira continuada, passaram a ser rotulados de torturadores e criminosos.

Afirmo ao Presidente, ao Coordenador da CNV, Sr PEDRO DALLARI, bem como aos seus demais integrantes, saber ser legal a existência da CNV, mas, com igual ênfase, também afirmo ser amoral o procedimento da Comissão, por ser injusta, parcial e facciosa a decisão de  substituir a busca indiscriminada da VERDADE, alegada como anseio dos brasileiros, pela manipulação de mentiras fabricadas para permitir a vossas senhorias, em detrimento da ética e da dignidade, encherem o tempo, mamando nas tetas generosas do Tesouro, transformado na era petista em saco sem fundo,fato normal em  Governo corrupto, como o foi o  do apedeuta  Lula e o é o da Presidente e ex-terrorista Dilma.
Nas Forças Armadas, felizmente, há Comando, hierarquia, disciplina e Regulamentos. As Leis são cumpridas e cultuamos o patriotismo, a ética, a honestidade, a dignidade, a honra e o amor à verdade como atributos que ornamentam o caráter.

Publicou a Folha de São Paulo declaração de um membro da CNV, afirmando que a Comissão iria decidir se encarregaria a Polícia Federal de conduzir, coercitivamente, o militar que intimado não comparecesse ao local designado.  O Sr DALLARI, como Coordenador da CNV, sendo jurista, deveria saber que, para conduzir coercitivamente um militar ante a Comissão, teria de ser solicitado ao Comando do militar e não à Polícia Federal que é um órgão do Ministério da Justiça, não integrante, pois, da Cadeia de Comando Militar, portanto, não lhe cabendo aceitar, nem cumprir a solicitação recebida.

Saibam os membros dessa inoperante e em conseqüência ineficaz CNV, que se portaram como anões morais, submissos ante a imposição governamental de apurar os fatos unilateralmente, violentando o bom senso e indiferentes à necessidade de demonstrar independência moral, como pilar básico, para que pudesse  haver êxito na missão imposta, que a decisão calhorda tomada pelos senhores,  optando por assegurar as mamadas mensais nas tetas do Tesouro, fez a Comissão perder a credibilidade perante cada cidadão digno e responsável desta  Nação, razão de ter sido tratada como piada de mau gosto a tentativa de transformar os cadáveres dos ex-presidentes Juscelino e Jango, em vítimas das ações dos militares.   A palhaçada foi tão absurda e ridícula que o cretinismo da ação fez cair no descrédito, quaisquer sejam as acusações, afirmativas e conclusões que venham a constar do Relatório final a ser apresentado ao Governo e à Nação, por essa já popularmente conhecida como Comissão da Mentira.  

Em 2011 e também em 2012,  as estatísticas revelaram  que os mortos, apenas por assassinatos, atingiu em cada ano, o exorbitante  e terrificante número: 50.000, porém,nem a PRESIDENTE, nem a CNV, nem o Poder Legislativo, nem o Judiciário, nem as Comissões de Direitos Humanos, que somente defendem  criminosos e corruptos, nem a CNBB, nem a OAB, nem os Partidos Políticos, nem a  Imprensa amestrada, nem os Sindicatos, nem a UNE e nem os Movimentos e Organizações Sociais se interessaram em denunciar e apurar as causas, nem em  tomar ou exigir efetivas medidas que assegurem a SEGURANÇA devida aos brasileiros, que tão caro pagam, ao serem anualmente punidos com impostos exorbitantes. 

Acredito  que para os brasileiros,  já anestesiados por sucessivos escândalos, nada mais importa!  Então, a Presidente e ex-terrorista parece haver tomado por máxima, remeter ao passado e ao esquecimento os crimes de hoje, e, rebuscando um passado de 30 anos, subtrair dos Arquivos fatos já anistiados, entregando-os à CNV, onde fantoches amestrados deveriam transformá-los em crimes hediondos cometidos por militares. 
  
De bem mais longe nós brasileiros já viemos, e em dezembro, veremos todos os integrantes da CNV, que despudoradamente, durante dois anos, tentaram fabricar escândalos que comprometessem militares, para que os brasileiros acreditassem na necessidade da permanência da incompetente Comissão, finalmente, colocar um fim no engodo desonesto.  Como cidadão brasileiro espoliado e militar enojado ante a subserviência demonstrada, formulo a todos os membros da facciosa CNV, um cumprimento formal de pesar, pela parcialidade publicamente assumida, atitude que, acredito, maculou as suas biografias, tornando-as similares a Folhas Corridas . 

                                                                                      São Luis/MA - 09/09/2014


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