Por Carlos I. S. Azambuja
A infiltração ideológica do governo venezuelano no Brasil
vai muito além do lançamento do livro de Simon Bolívar. Hugo Chávez tinha um
projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta
revolucionária em prol do seu Socialismo do Século XXI.
"Durante vinte anos tive o poder e tirei umas poucas
conclusões inquestionáveis: 1. A América é ingovernável por nós. 2. Quem serve
à causa da revolução perde tempo. 3. A única coisa a fazer na América é
emigrar. 4. Este País cairá infalivelmente nas mãos de um bando desenfreado de
tiranos mesquinhos de todas as raças e cores, que não merecem consideração. 5.
Devorados por todos os crimes e aniquilados pela ferocidade, seremos
desprezados pelos europeus. 6. Se fosse possível que parte do mundo voltasse ao
caos primitivo, esta parte seria a América” (Simon Bolívar, falecido em 17 de
dezembro de 1830).
Em 24 de outubro de 2007, o jornal Correio Brasiliense, de
Brasília, publicou matéria a respeito dos Circulos Bolivarianos existentes no
Brasil, bem como o esforço do governo venezuelano, através de um grupo de
diplomatas, de municiar essa organização - Círculos Bolivarianos - de política
antiimperialista para transformar o Brasil numa democracia socialista. O título
do artigo é apropriado ao tema:Ameaça à Soberania.
Segundo a matéria, a infiltração ideológica de Hugo Chávez
no Brasil vai muito além do lançamento e distribuição às universidades e
escolas do livro Simon Bolívar - O Libertador. O livro é apenas a ponta de um iceberg
do projeto político de Hugo Chavez para o Brasil, país no qual assenta as bases
de uma luta revolucionária em prol do Socialismo do Século XXI.
O trabalho de campo está sendo articulado e coordenado pelo
venezuelano Maximilian Arvelaiz, assessor de política internacional de Hugo
Chávez (http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/19/o-brasil-e-imperialista/).
Hugo Chávez tem um projeto político especial para o país, no
qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do seu Socialismo do
Século XXI. Nesse sentido, Maximilian Arvelaiz desde algum tempo percorre
várias capitais brasileiras com a missão de coordenar os Círculos Bolivarianos e
outras unidades de apoio à causa chavista.
Tal articulação culminou com a realização da I Assembléia
Bolivariana Nacional, no Rio de Janeiro, quando foi lançada a versão tupiniquim
doMovimento Bolivariano, uma frente antiimperialista que não passa de um
ambicioso projeto destinado a transformar o país numa democracia socialista. As
linhas teóricas do Estatuto desse organismo repetem, sem timidez, o ideário da
reforma constitucional que está sendo feita na Venezuela, bem como a meta de
Hugo Chávez de construir um poder popular para formar uma Federação Socialista
Latino-Americana.
O Movimento Bolivariano terá um hino, um símbolo e uma
bandeira, e prevê a cooptação de posições estratégicas em partidos políticos,
sindicatos, associações de moradores, grupos religiosos, ligas camponesas e
empresas. Nesse trabalho, Arvelaiz não está sozinho. Dispõe de uma equipe de 15
diplomatas lotados na embaixada e em diversos consulados, inclusive um Adido de
Inteligência.
Essas pessoas foram mandadas ao Brasil com a justificativa
oficial de que se trata de um reforço diplomático para impulsionar as relações
bilaterais. Sem dúvida, uma justificativa coerente, uma vez que o próprio
presidente Luiz Inácio classificou Hugo Chávez como um parceiro importantíssimo
e sua base parlamentar fez esforços para a imediata aprovação no Congresso do
Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul.
O enviado especial de Chávez manteve reuniões com os
coordenadores dos vários Círculos Bolivarianos já existentes no Brasil, a fim
de instruí-los sobre a mudança de status dessas células sociais: deixam de ser
unidades para a disseminação da doutrina bolivariana e tornam-se parte de uma
estrutura nacional, uma frente política aparelhada, composta por mulheres e
homens dispostos a assumir a responsabilidade de conduzir a pátria brasileira e
latino-americana à definitiva independência.
A convocatória para a realização da conferência para a
criação dosCírculos Bolivarianos, no Rio de Janeiro, terminou com as seguintes
palavras-de-ordem em uma página
(http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com) mantida pelosCírculos
Bolivarianos Leonel Brizola, coordenada pelo jornalista Aurelio Fernandes,
membro da CUT e do Diretório Nacional do PDT:
Ousar sonhar! Ousar Lutar! Ousar Vencer!
Não ao Imperialismo, não ao Liberalismo, não ao Reformismo!
Poder Popular!
Pátria, Socialismo ou Morte! Venceremos!
Recorde-se que os Círculos Bolivarianos Leonel Brizola são
uma iniciativa do Partido Comunista Marxista-Leninista – um grupelho - e as
palavras-de-ordem Ousar Lutar! Ousar Vencer! eram as utilizadas pela Vanguarda
Popular Revolucionária durante a luta armada dos anos 60 e 70.
Aurélio Fernandes conseguiu unificar todas as organizações
similares existentes no Rio, como o Círculo Bolivariano Che Guevara, que reúne
universitários e, para isso, recebeu apoio do Cônsul da Venezuela no Rio de
Janeiro, embaixador Mario Guglielmelli Vera.
O Movimento fundado em dezembro de 2007 terá como fachada
jurídica a Associação Nacional pela Educação Popular e a Cidadania
(http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com/), em cujo nome estarão
todas as propriedades e documentos legais do Movimento Bolivariano, à
semelhança do que já acontece com o MST, que legalmente não existe, e tem suas
finanças geridas pela ANCA - Associação Nacional de Cooperação Agrícola.
Os Círculos Bolivarianos reúnem, em sua direção, intelectuais,
políticos, sindicalistas, empresários e estudantes. Há membros do PT, PSol,
PDT, CUT e MST. O Rio de Janeiro é o estado com maior número de unidades
bolivarianas (sete), grande parte sob o guarda-chuva doCírculo Bolivariano
Leonel Brizola. Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo,
Bahia e Amazonas também têm organizações bolivarianas.
Trechos do Estatuto do Movimento Bolivariano do Brasil
(http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com):
"É uma organização política que se define como
bolivariana, guevarista e brizolista. Fundamenta na teoria marxista sua visão
crítica e revolucionária, contra o capitalismo (...) Se propõe a combater por
meio da luta ideológica frontal. Utilizaremos todas as formas de luta tendentes
à resolução da luta de classes que tem como objetivo a tomada do poder".
Observem: todas as formas de luta...
"Lutamos por uma sociedade socialista que prepare as
condições para uma sociedade sem classes e sem estado: a sociedade comunista.
Um movimento da luta socialista pela libertação nacional brasileira, pela
unidade e independência da América Latina".
"O povo trabalhador deve se organizar e lutar para
construir o Poder Popular através da conquista do Estado e o controle dos meios
de produção. Precisamos de uma educação política que garanta a unidade da
teoria à prática local concreta".
"O Congresso Bolivariano Nacional é a instância máxima
do Movimento. Reúne delegados de todos os círculos bolivarianos dos estados e
municípios".
"A Assembléia Bolivariana Nacional reunirá a
Coordenação Nacional, os coletivos e equipes nacionais e dois representantes
por estado".
"As principais missões que deverão agrupar os
companheiros e ter planos de ação são: Educação Política, Comunicação e
Propaganda, Finanças, Mobilização. Haverá ainda o Coletivo de Relações
Internacionais".
"O Movimento deverá implementar e organizar seus
militantes na forma de Círculos Bolivarianos, agrupando os companheiros, desde
a base, em seus locais de luta, no trabalho, na moradia e no estudo. Para o
melhor funcionamento dos círculos, a coordenação nacional elaborará normas de
funcionamento específicas".
"Em todas as atividades do Movimento devem estar
presentes a Bandeira e o Hino (a serem definidos). Todos os meios de
comunicação possíveis, como rádio, folhetos, filmes, vídeos serão utilizados
para divulgação".
Essas atividades bolivarianas, no entanto, vêm de longe,
como se observará pela leitura da página do Círculo Bolivariano de São Paulo.
A Casa Bolivariana, no Rio, funciona na Praça da República
25-3º andar, local onde nos dias 13 a 17 de novembro de 2006, a pretexto de
comemorar os dois anos de fundação dos Círculos Bolivarianos Leonel Brizola,
foram realizadas uma série de conferências sobre os temas"Pensamento
Social Latino-Americano", "Marxismo, Bolivarianismo e
Brizolismo", e "Poder Popular e Movimentos Sociais", bem como um
ato público em favor da reeleição de Hugo Chavez à presidência da Venezuela.
Antes disso, em 5, 6 e 7 de outubro foi realizada em São
Paulo uma reunião do Grupo de Trabalho, preparatória para o Congresso
Bolivariano dos Povos, realizado em Caracas em 20/23 de novembro de 2003, com a
presença de membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Movimento Al
Socialismo boliviano, Movimento Pachakutuk, do Equador, Movimento Piquetero
Barrios de Pie, da Argentina e Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional,
de El Salvador, partidos e movimentos que organizaram o Congresso de Caracas.
Fernando Bossi, historiador argentino, membro do Projeto
Emancipação, foi o Secretário de Organização do Congresso.
Uma das decisões do Grupo de Trabalho foi a de articular o
seguinte calendário de protestos com o objetivo de potencializar a boa
capacidade de mobilização existente:
- 13 a 15 de novembro de 2003: Cúpula Social dos Povos Santa
Cruz dela Sierra;
- 16 a 23 de novembro de 2003: Campanha contra a
Militarização;
- 18 a 21 de novembro de 2003: Miami - Mobilização contra a
ALCA;
- 20 a 23 de novembro de 2003: Congresso Bolivariano dos
Povos;
- 26 a 30 de janeiro de 2004: Havana - Campanha Continental
contra a ALCA;
- 08 a 12 de março: Quito -Foro Social Americano.
O I Congresso Bolivariano dos Povos foi antecedido pela
Reunião de um Grupo de Trabalho, realizado em Caracas dias 28 a 30 de agosto de
2003, e adotou as seguintes Resoluções:
- Criação de uma Secretaria Provisional do Congresso
Bolivariano dos Povos;
- Criação de Comitês Nacionais que sirvam para comunicar o
que for discutido e resolvido neste Encontro preparatório e impulsionar a mais
ampla convocatória, sem exclusões, às forças populares de cada país;
- Organização obrigatória, por parte dos Comitês Nacionais,
de um encontro preparatório para a realização do Congresso Bolivariano dos
Povos em novembro de 2003;
- São propostas as datas comuns de mobilização em todos os
países latino-americanos e caribenhos, o 12 de outubro, Dia da Resistencia
Indígena, e o 13 de abril, Dia da Democracia Participativa e em homenagem à
vitória do povo venezuelano ante o golpe fascista de 11 de abril de 2002;
- Construção de uma ferramenta imediata de comunicação entre
as organizações populares participantes desta convocatória. A proposta é a
criação de uma página-web onde se publiquem as Resoluções deste Encontro e as
diferentes informações sobre iniciativas de cada país;
- Realização de um vídeo que sirva para propagandear o
Congresso Bolivariano dos Povos através de TVs de cada país;
- Preparação e edição de material didático sobre a
reconstrução das lutas populares, onde se incluam acontecimentos e figuras das
batalhas de libertação e independência de nossos povos, com ênfase na menção
dos militares patriotas do nosso continente;
- Avançar na idéia de estabelecer convênios de educação
popular e formação política entre nossos países e organizações, partindo da
existência da Universidade Bolivariana da Venezuela e auspiciando que seja esta
que coordene a referida tarefa. Propiciar também a idéia de cátedras
bolivarianas em cada um de nossos países, onde se estude a verdadeira história
e realidade de nossos povos - realizar uma lista e cadastro de todas as
organizações populares de nosso continente, a fim de que cada país convocante
conheça o amplo marco de concorrência ao evento de novembro.
Para implementar as propostas acima, aprovadas por
unanimidade, foi decidido designar os integrantes da Secretaria Provisional:
o Circulos
Bolivarianos, Venezuela
o Comitês de
Defesa da Revolução, Cuba
o Frente
Farabundo Martí de Libertação Nacinoal, El Salvador
o Movimiento Al
Socialismo, Bolívia
o Movimiento
Piquetero Bairros de Pie, Argentina
o Movimento dos
Sem-Terra, Brasil
Em 2004, a Resolução Final do II Congresso Bolivariano dos
Povos(Caracas, 06/09 de dezembro de 2004) aprovada por cerca de 200 delegados
de toda a América Latina, reiterou a necessidade de manter articulada uma rede
de movimentos sociais do continente contra as políticas que ameaçam a livre
determinação dos povos e sua sobrevivência. As políticas neoliberais e suas
variadas vertentes como os tratados de livre comércio, a militarização do
continente e a exploração dos recursos naturais centralizaram as discussões do
encontro que teve como consigna a unidade latino-americana.
Entre as principais propostas está a formação de uma
Organização Internacional de Trabalhadores, a consolidação de um Tribunal
Bolivariano dos Povos, com atuação permanente e a criação de um banco de
sementes crioulas, para preservar as variedades em ameaça pela expansão do
agronegócio.
O presidente venezuelano, que no encerramento do encontro de
intelectuais, dia 5, propôs o enlace entre as redes dos intelectuais e dos
movimentos sociais, reiterou a urgência para a formação de um movimento
internacional para enfrentar as agressões a Cuba, à Venezuela e "as que
serão lançadas a qualquer governo ou qualquer país que se afaste do
império" (http://www.voltairenet.org/article123170.html).
PARTICIPANTES DO II CONGRESSO BOLIVARIANO DOS POVOS
ARGENTINA:
MOVIMIENTO PIQUETERO BARRIOS DE PIE
Representante: Jorge Ceballos, Coordinador Nacional.
* PARTIDO COMUNISTA en IZQUIERDA UNIDA
Representante: Rubén Varone, Miembro de la Secretaria de
Relaciones Internacionales y Coordinador de la Junta Popular Argentina del
Congreso Anfictiónico Bolivariano.
* FEDERACION DE TRABAJADORES DE LA ENERGIA DE LA REPUBLICA
ARGENTINA (FeTERA)/ CENTRAL DE TRABAJADORES ARGENTNOS (CTA)
Representante: José Rigane, Secretario General y miembro de
Dirección Nacional de la CTA.
* CORRIENTE PATRIA LIBRE
Representante: Daniel Ezcurra, Miembro del Comité
Internacional y Coordinador de la Junta Popular Argentina del Congreso
Anfictiónico Bolivariano. BOLIVIA:
* BOLIVIA
MAS - MOVIMIENTO AL SOCIALISMO
Representante: Evo Morales, Presidente.
* COORDINADORA DE PUEBLOS ÉTNICOS DE SANTA CRUZ (CPESC)
Representante: Bienvenido Zacu, miembro de la dirección.
* FUNDACIÓN CHE GUEVARA DE BOLIVIA - MAS/CONVERGENCIA
Representante: Osvaldo Peredo Leigue, Presidente de ambas
instituciones.
BRASIL:
* MST. MOVIMIENTO DE LOS TRABAJADORES RURALES SIN TIERRA
Representante: Egidio Brunetto, miembro de dirección
nacional.
* PARTIDO DE LOS TRABAJADORES/PT BRASIL SOCIALISTA/INSTITUTO
DE ESTUDIOS POLÍTICOS MARIO ALVES
Representante: Bruno Costa de Albuquerque Maranhão. Miembro
Ejecutiva Nacional del PT. Coordinador Instituto de Estudios Políticos Mario
Alves y del Movimiento de Libertação dos Sem Terra.
* UNIÓN NACIONAL DE LOS ESTUDIANTES
Representante: Pedro Campos Pereyra. Miembro dirección
ejecutiva.
* MOVIMIENTO REVOLUCIONARIO 8 DE OCTUBRE
Representante: Susana Lischinsky, miembro de la dirección
nacional.
COLOMBIA:
* PARTIDO COMUNISTA Y FRENTE COLOMBIANO CONTRA EL ALCA
Representante: Alfredo Holguín, Dirección Nacional.
* SINTRATELEFONOS
Representante: Rodrigo Acosta - Rafael Galvis, miembros de
la Dirección Nacional.
* CABALLO DE TROYA
Representante: Gloria Gaitán - Candidata a Alcaldía Mayor de
Bogotá por AICO - Autoridades Indígenas de Colombia.
* REVISTA DESDE ABAJO
Representante: Omar Rodríguez, Director Editorial.
* CORPORACIÓN BOLIVARIANA SIMÒN RODRÍGUEZ
Representante: Hernán Darío Vergara.
CUBA:
* PARTIDO COMUNISTA CUBA (PCC)
Representante: Jesús Lancha, Dirección Nacional.
* COMITÉS DE DEFENSA DE LA REVOLUCIÓN (CDR)
Representante: Glenda Azoy. Directora de la Escuela de Formación
* CENTRAL DE TRABAJADORES DE CUBA (CTC)
Representante: José Miguel Hernández Mederos, Secretario de
Relaciones Internacionales.
CHILE:
* LA SURDA
Representante: Rodrigo Ruiz, miembro de Dirección Nacional
* MELI WIXAN MAPU
Representante: Alihuén Antileo, Secretario General.
* PARTIDO COMUNISTA
Representante: María Cristina Lártiga, miembro del Comité
Central.
* FRENTE UNIDOS VENCEREMOS / MOVIMIENTO PATRIÓTICO MANUEL
RODRIGUEZ
Representante: Roberto Muñoz, miembro de dirección.
EQUADOR:
* PACHAKUTIK
Representante: Víctor Hugo Jijón, Dirección Nacional.
* CONAIE - CONFEDERACIÓN DE NACIONALIDADES INDÍGENAS DEL
ECUADOR
Representante: Blanca Chancoso, Dirección Nacional de
Ecuarunari/CONAIE y Coordinadora del Capítulo Ecuador del Foro Social Mundial.
* APDH - ASAMBLEA PERMANENTE POR LOS DERECHOS HUMANOS
Representante: Alexis Ponce, Vocero Nacional.
EL SALVADOR:
* FRENTE FARABUNDO MARTÍ DE LIBERACIÓN NACIONAL (FMLN)
Representante: Roger Alberto Blandino Nerio, miembro de la
Comisión Política.
GUATEMALA:
* CLOC - COORDINADORA LATINOAMERICANA DE ORGANIZACIONES DEL
CAMPO CONIC - COORDINADORA NACIONAL E INDÍGENA Y CAMPESINA
Representante: Juan Tiney, Coordinador Nacional.
* URNG - UNIDAD REVOLUCIONARIA NACIONAL GUATEMALTECA
Representante: Silvia Solórzano, Secretaria de Relaciones
Internacionales.
HAITI:
* ORGANIZACION PUEBLO EN LUCHA (OPL)
Representante: Fritz-Pierre Joseph. Miembro del
secretariado.
HONDURAS:
* VÍA CAMPESINA
Representantes: Doris Gutiérrez - Rafael Alegría, Miembros
de la Dirección Nacional.
* UNIFICACIÓN DEMOCRATICA
Representantes: Matías Funes, Secretario General.
MEXICO:
* FUNDACIÓN PARA LA DEMOCRACIA
Representante: Cuauhtémoc Cárdenas, Presidente .
PARTIDO DEL TRABAJO / PT
Representante: Arturo Aparicio. Dirección Nacional.
* MOVIMIENTO MEXICANO JUARISTA BOLIVARIANO
Representante: Cuauhtémoc Amezcua, Coordinador General.
NICARAGUA:
* FRENTE SANDINISTA DE LIBERACIÓN NACIONAL - FSLN
Representante: Samuel Santos López, Secretario de Relaciones
Internacionales y Nelson Artola, Diputado Nacional y Miembro de la Asamblea
Sandinista.
PANAMA:
* FUNDACION OMAR TORRIJOS - PARTIDO DE LA REVOLUCION
DEMOCRATICA (PRD) Regional
Representante: Álvaro Menéndez Franco, miembro de Dirección.
* FUNDACION CASA AZUL
Representante: Carlos Wong. Presidente
* CENTRAL NACIONAL DE TRABAJADORES DE PANAMA
Representante: Alberto Aguilera, Secretario Adjunto.
PARAGUAY:
* PARTIDO PATRIA LIBRE (PPL)
Representante: Camilo Soares, miembro de la Dirección
Nacional.
PERU:
* FRENTE POPULAR
Representante: Héctor Béjar Rivera, miembro de dirección.
PUERTO RICO:
* TODO PUERTO RICO CON VIEQUES
Representante: José Paralitici, Portavoz.
* CONSEJO NACIONAL DE INSTITUCIONES CULTURALES AUTÓNOMAS
Representante: José Ignacio Jiménez, Asesor Internacional.
REPUBLICA DOMINICANA:
* FUERZA DE LA REVOLUCION
Representante: José Noel Germán, dirección nacional.
* MOVIMIENTO IZQUIERDA UNIDA
Representante: Miguel Mejía, Presidente.
* CENTRAL GENERAL DE TRABAJADORES
Representante: Francisca Peguero, Relaciones
Internacionales.
URUGUAY:
* FEDERACIÓN DE ESTUDIANTES UNIVERSITARIOS DEL URUGUAY -
FEUU.
Representante: Leandro Grille, Presidente.
* FEDERACIÓN URUGUAYA DE COOPERATIVAS DE VIVIENDA POR AYUDA
MUTUA - FUCVAM
Representante: Gustavo González, Secretario General.
* CONOSUR
Representante: Beatriz Briozzo, Secretaria.
VENEZUELA:
o Círculos Bolivarianos, o Congreso Anfictiónico
Bolivariano, o Fuerza Bolivariana de Trabajadores, o Federación Bolivariana de
Estudiantes,
o Coordinadora Simón Bolívar
o Movimiento Quinta República (MVR), o Unidad Popular de
Venezuela, o Asociación Nacional de Redes y Organizaciones Sociales (ANROS), o
Campaña Admirable/Cooordinadora Continental Bolivariana, o Consejo Nacional
Indígena de Venezuela (CONIVE), o Fundalatín, o Movimiento Electoral del Pueblo
(MEP), o Universidad Bolivariana de Venezuela (alumnos y profesores), o
Juventud de Patria Para Todos (PPT)
o Misión Robinson, o Partido Comunista de Venezuela (PCV), o
Pueblo Soberano
o Tupamaros, o Comité Bolivariano de Solidaridad y Amistad
con los Pueblos (CBSA)
o Frente Agrario o Fuerza Bolivariana Internacional, o
Podemos, o Agrupación de Profesionales y Técnicos, o Otras organizaciones
locales.
Para concluir, em dezembro de 2006 foi fundado no Rio de
Janeiro oPartido da Revolução Bolivariana Nacional, com 109 assinaturas de
eleitores de 11 Estados. Seus integrantes dizem se inspirar em Simón Bolívar
(1783-1830), herói da independência de colônias espanholas na América, e no
presidente da Venezuela Hugo Chávez, que diz promover uma revolução
"bolivariana" e socialista.
Os militantes do PRBN iriam propor a Chávez, que estava no
Rio para a cúpula do Mercosul, uma "Internacional Bolivariana". O
PRBN diz-se nacionalista e defensor da economia de mercado com presença forte
do Estado. O presidente do PRBN é o empresário Paulo Memória, que já foi do PMDB
e do PT do B. Como não poderia deixar de ser, o PRBN apóia o governo federal,
mas seu modelo não é Lula, e sim Chávez, disse Paulo Memória
(http://www.panoramabrasil.com.br/noticia_completa.asp?p=conteudo/txt/2006/12/27/21788722.htm).
Observação: Até o momento tudo isso não passou de uma peça
de ficção!
Fonte: Alerta Total
_________________
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
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