Por Luciano Ayan
Lula não tem jeito mesmo! Quando ele discursa metido a bravo
contra adversários, parece que estamos assistindo a baixarias de botequim,
principalmente quando todo mundo está de cara cheia.
Agora é a vez dele baixar o nível contra a analista do
Santander que emitiu a nota dizendo o óbvio: o mercado sobe quando Dilma desce,
e cai quando Dilma sobe. E como é que os petistas queriam que fosse diferente?
Um governo que usa seu poder de pressão financeira para chantagear empresas é
evidentemente um perigo para toda a iniciativa privada.
Mas socialistas vivem brigando com a realidade e se rasgam
de ódio quando alguém lhes mostra os fatos. como diria Glenn Beck, Por isso, a
cúpula petista pressionou o Santander para voltar atrás e demitir sua
funcionária. Por parte do PT, uma mistura de rancor, ódio e despeito, como sói
ocorre quando falamos da extrema-esquerda.
Em estilo boca-do-lixo, Lula disse o seguinte em uma
plenária da CUT ao falar da analista do Santander:
Essa moça que falou [isso] não entende porra nenhuma de
Brasil e de governo Dilma Rousseff. Manter uma mulher dessas em cargo de chefia
é sinceramente… Pode mandar embora e dar o bônus dela pra mim, que eu sei como
é que eu falo.
Não há palavras para descrever o quão baixo esse sujeito
desceu. Mais uma vez, diga-se de passagem. Ele foi mais grosso que papel de
enrolar prego.
Antes, é preciso lembrar que todos os petistas criaram a
seguinte regra para lançar um shaming contra aqueles que mandaram um VTNC para
Dilma na abertura da Copa do Mundo: (1) Quem xinga uma mulher e (2) Usa de
palavrões é [escreva todos os adjetivos de shaming que conseguir, incluindo
"cretino", "mal-educado" ou coisas do tipo], e demonstra a
falta de educação da elite branca.
E agora eles não podem dizer que “se enganaram” nas
palavras. Mais uma vez um líder petista pede a demissão de uma funcionária do
Santander apenas por ela ter apontado os fatos. Estão agindo como a escória do
governo venezuelano.
Não podemos deixar de mencionar a piada involuntária, onde
um sujeito sem estudos (mesmo que tenha tido todas as oportunidades do mundo
para estudar) diz entender mais de economia do que um profissional que estudou
por muitos anos sua área de atuação. E tudo isso sem dizer os erros cometidos
pela analista. Foi só na gritaria “não entende porra nenhuma, não entende porra
nenhuma, eu entendo mais, eu entendo mais” que parece discurso de hospício.
É hora de superarmos a baixaria petista e encararmos de
frente esse totalitarismo típico de ditadores cubanos e russos.
Como sabemos, os petistas também foram atrás da Empiricus,
empresa de consultoria independente que também foi censurada pelo partido ao
divulgar os fatos.
Pelo menos, o cofundador da Empiricus, Felipe Miranda, e
autor do relatório “O Fim do Brasil” (que fez o PT babar de ódio), deu uma
entrevista ao InfoMoney mostrando a extrema gravidade de toda situação de
opressão governista à livre expressão.
Leia a entrevista:
IM – Depois destes episódios recentes e particularmente com
a decisão da Justiça de mandar tirar a campanha do ar da Empiricus, você acha
que a liberdade de expressão, de forma geral, está ameaçada?
FM: Sim, com certeza. O que você viu com o Santander e com a
gente foi uma censura muito grave. Agora os bancos, em geral, já estão adotando
novos procedimentos para se relacionar com seus clientes a respeito de
eleições. Então a liberdade de expressão já está prejudicada gravemente. Isso é
algo muito sério e preocupante para o nosso país.
IM – Era essa a intenção do governo em sua opinião? Você
acha que tem um terror que inibe as pessoas e instituições a fazerem críticas?
FM: Esse é um governo que já provou não aceitar críticas. E
quem não aceita críticas não caminha para frente. Só ouvindo elogios e
censurando as críticas, como eles terão um bom diagnóstico da situação? Tem que
ouvir e admitir os erros, afinal, ficar só se elogiando e barrando o resto é
fácil.
IM – O que você tem a dizer da declaração em que o Lula diz
que “a analista do Santander não entende porra nenhuma do Brasil”?
FM: Eu sabia que o Lula sabe tudo sobre o país, sobre o
continente, sobre o planeta e sobre a galáxia, mas não sabia que ele entende
mais de ações do que uma analista que estudou isso a vida inteira.
IM – Há boatos (não confirmados pelo banco, mas sim vindos
do PT) de que uma pessoa, que foi a responsável pelo relatório, foi demitida.
Se for verdade, o que você acha disso?
FM: Um grande absurdo. A analista não fez nada. O que estava
escrito no relatório era uma simples decorrência lógica do que tem acontecido e
que todo o mercado já sabe. Se o banco a demitiu, isso prova que a instituição
é governada por outros interesses, e não apenas em prol dos clientes. O cliente
agora ficou na mão e não foi priorizado. A analista teve uma atitude louvável e
se ela foi demitida eu poderia até estudar sobre ela vir trabalhar aqui. Claro
que uma contratação não passa apenas pela boa ética, que ela já mostrou ter,
mas sou totalmente simpático a esta ideia.
IM – Você considera toda a repercussão que deu o caso
positiva para vocês? É uma espécie de mídia espontânea bem-vinda ou vocês estão
preocupados com alguma atitude mais rígida por parte do governo?
FM: De forma alguma. Eu não acho nada disso bem-vindo. Eu
fiquei decepcionado e triste em ter a liberdade expressão cerceada por um
governo que não aceita críticas. Pelo que parece, hoje é proibido dar opinião.
Muito ruim e muito triste tudo isso.
IM – Vocês estão se sentindo pressionados pelo PT? Se sim, a
Empiricus pode se curvar à essas pressões em algum momento?
FM: Jamais. Não vamos nos curvar a ninguém, a não ser que
seja na marra. Mas, neste caso, já estaremos caminhando rumo a uma Venezuela,
de fato. No momento que eu parar de dar as minhas opiniões eu acabo com a empresa,
afinal, ela nasceu para isso. No caso do Santander é diferente.
IM – Agora mais voltado ao relatório que você escreveu. O PT
disse que vocês tentam assustar as pessoas para vender consultoria. Você
acredita no que escreveu? Você realmente acha que o Brasil vai acabar?
FM: Quem está assustando as pessoas são eles, com a
estagflação. Inflação acima de 6,5% e crescimento abaixo de 1%. Isso sim
assusta. No meu texto houve uma metáfora, não é o fim do Brasil de forma
literal. Quem leu o relatório sabe disso, então isso que o PT falou não faz o
menor sentido. O que eu falo é o fim do Brasil que foi construído em 1994 com o
Plano Real e consolidado em 1999 com a criação do tripé econômico. É esse
Brasil que está acabando, afinal tudo isso está sendo ignorado. Tudo que foi
construído está sendo destruído. Essa afirmação do PT é descabida. E outra
coisa. Essa é a minha análise. Quem concordar compra a ideia, quem não
concordar não compra, mas eu tenho o direito de escrevê-la.
IM – A Justiça mandou tirar a campanha do ar, mas, ao abrir
o site de vocês, a primeira coisa que aparece é justamente a campanha. Por que
ela não foi tirada do ar?
FM: Há uma liminar concedida pela Justiça falando das
campanhas pagas envolvendo eleições. Então o TSE mandou tirar os banners que
tinham menções positivas sobre o Aécio Neves e a que falava “como se proteger
da Dilma”. No entanto, a análise econômica “O Fim do Brasil” não tem nada a ver
com isso. O link dava para ela, mas é apenas uma análise econômica. O problema
foi só os banners envolvendo o nome dos políticos. Sobre o “Fim do Brasil”,
eles podem até tentar tirar do ar, mas seria algo descabido, afinal, é uma
análise econômica.
IM – Vocês esperavam toda essa repercussão?
FM: Não. Quer dizer, eu esperava uma grande repercussão sim,
mas não essa censura e esse terrorismo todo. De jeito nenhum. O que nós e o
Santander fizemos foi algo totalmente natural.
Perfeitas palavras. Esse ao menos não abaixou a cabeça para
um bando de censores que representam o maior atraso possível para uma
democracia.
Eu não li o relatório da Empiricus (e vou fazê-lo em breve),
mas defendo até a morte o direito deles se expressarem. Em termos de defesa da
liberdade de expressão, eu e os ultra-esquerdistas estamos em pólos opostos.
Fonte: Mídia SemMáscara
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