Está consumado o afastamento da presidente Dilma. Tudo teve
início com a manifestação popular, em 15 de março de 2015, naquele que foi
considerado o maior protesto contra um governante brasileiro em todos os tempos
– 6,9 milhões ao longo do território nacional segundo os organizadores. Razões
de sobra existiam para isso, pois o Brasil já se encontrava mergulhado na maior
crise econômica, política, ética e moral de que temos conhecimento em nossos já
muitos anos de vida.
A corrupção foi institucionalizada nos órgãos públicos. Os
desvios de verbas públicas atingiram números inacreditáveis. O desemprego
níveis assustadores. O País, desacreditado na comunidade internacional,
praticamente paralisado. Chegamos, e ainda hoje nos encontramos, a um passo do
caos.
Instalado o processo de impeachment, aprovado o rito
processual pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara dos Deputados e o
Senado Federal, por esmagadora maioria dos seus integrantes, determinaram o
afastamento da presidente por 180 dias, período em que assume um governo
interino, enquanto no próprio Senado a dirigente afastada passa a ser julgada
pelos crimes de responsabilidade de que é acusada. Tudo em total respeito à Lei
Maior, a Constituição Federal, e agora sob a coordenação do próprio presidente
do STF.
O mais é o “jus sperniandi” de gente que jamais esteve
preparada – ética e moralmente e muito menos sob o aspecto da competência —
para dirigir os destinos do Brasil.
Mas os problemas estão longe de terminar, e disso temos
plena convicção. Nossas atenções devem voltar-se, sobretudo, para o
comportamento do novo governo. Se o afastamento do antigo tornou-se
absolutamente necessário para que houvesse a esperança de reerguimento e
reconquista do orgulho nacional, ninguém deve ter tantas ilusões quanto aos que
chegam. A vigilância e cobrança permanentes da sociedade são essenciais.
O povo brasileiro foi às ruas, também, para repudiar a
cleptocracia comandada pelo PT. Não suportaremos novos desapontamentos. Entre
os ministros anunciados para compor a equipe do novo presidente, estão algumas
raposas velhas e até investigados pela Justiça. Ninguém ignora as dificuldades
de Michel Temer para montar uma equipe ideal nas circunstâncias atuais, no
entanto, ele aceitou e até, a partir de um determinado momento, pareceu
incentivar o desenlace da tragédia petista. Sua responsabilidade é, pois, imensa.
Não pode falhar.
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