Por Augusto Nunes - Veja
A conversa fiada de Dilma Rousseff informa: sai o coração
valente, entra a coitadinha perseguida desde a juventude. Nesta segunda-feira,
com olheiras de quem atravessou a madrugada ouvindo gritos de SIM em todos os
sotaques, reapareceu para ensinar que impeachment e tortura são a mesma coisa.
É a vítima banalizando a violência que sofreu ─ violência execrada por todos os
homens de bem ─ para transformá-la em pilantragem marqueteira.
“Eu estou tendo meus sonhos torturados”, choramingou a
cafetina do passado. (Por falta de ensaio, a lágrima furtiva não caiu). “Mas
não vão matar em mim a esperança, porque eu sei que a democracia é sempre o
lado certo da história”. Se não mentiu, é uma conversão e tanto: ela esteve do
lado errado da história desde a virada dos anos 70, quando resolveu derrubar a
bala o governo dos generais e trocar a ditadura militar pela ditadura
comunista.
A comparação absurda, constata o comentário de 1 minuto para
o site de VEJA, é apenas uma vigarice abjeta, que torna uma torturada tão desprezível
quanto seu torturador. Enquanto evoca sevícias sofridas nos anos 70, a mulher
que faz qualquer negócio para escapar do despejo decretado pelo povo trucida o
presente de milhões de brasileiros e agride com selvageria o futuro da nação.
É Dilma a torturadora. Os torturados somos nós.
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