Nas manifestações deste 13 de dezembro, a voz da rua precisa
transformar em quarteto a trinca de campeões de impopularidade. “Fora Dilma!”,
“Fora Lula”, “Fora PT!”, continuarão clamando as multidões fartas de
incompetência e ladroagem. Muito justo. Mas chegou a hora do “Fora Cunha!”.
Primeiro, porque um Eduardo Cunha no comando da Câmara é
algo tão intragável quanto uma Dilma Rousseff na chefia do Executivo. Segundo,
porque o “Fora Cunha!” desmontará de vez a farsa forjada pelo Planalto para
tentar reduzir o processo de impeachment a um duelo entre dois pecadores sem
salvação.
A esperteza vai morrer de inanição. O que está em curso é um
confronto entre uma governante fora da lei e o Brasil decente. É um embate
entre uma nulidade destrambelhada e o estado democrático de direito. O Brasil
ficará bem menos cafajeste com o sepultamento simultâneo da dupla na vala comum
reservada aos embusteiros.
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