Segue o Reality Show da Política. Fatos & Farsas,
Tragédia & Comédia...Show pós-moderno, interação multimídia de atores e
platéias.
Espetáculo por vezes grotesco, cenas de hipocrisia e cinismo.
No sábado, Marta Suplicy filiou-se ao PMDB.
Tendo ao lado Eduardo Cunha e Renan Calheiros, Marta disse
querer "um Brasil livre da corrupção". E tratou Sarney como
"gigante da política".
E a platéia ainda aplaudiu e pediu bis, em coro: "Marta
pra São Paulo e Temer pro Brasil". O vice de Dilma fez a habitual cara de
paisagem.
Fernando Henrique opinou na Folha: "Dilma tenta vender
a alma ao diabo para governar. E não vai governar, vai ser governada".
Fernando Henrique tem razão. Entregar Saúde e mais quatro
ministérios ao PMDB para tentar seguir no Poder é grotesco.
Fernando Henrique sabe o que diz. Fez pactos semelhantes,
com os mesmos.
Renan foi seu ministro da Justiça, Eliseu Padilha, dos
Transportes, Jáder Barbalho presidiu o Congresso... E muito mais.
Fernando Henrique foi presidente amarrado a ACM e PFL. Duas
vezes presidente do Congresso, ACM foi "dono" dos ministérios da
Previdência e Minas e Energia.
Pouco antes de morrer, via fax, Sergio Motta aconselhou o
amigo: "Presidente, não se apequene...".
Fernando Henrique diz faltar "narrativa
convincente" para um impeachment. Mas falta, também, coesão ao PSDB.
Aécio quer pra já. Alckmin sabe que sua chance é 2018. Serra
joga para ser com Temer o que Fernando Henrique foi com Itamar.
O PSDB segue votando contra seu ideário, e hesita. Por temer
pegadas e DNA na História, espera que seja o PMDB a comandar a derrubada.
Perdendo prefeitos, parlamentares, e Poder, o PT encolhe.
Começa a pagar pelos erros.
Teve grandes acertos, mas cometeu erros fundamentais.
Inclusive o da corrupção, que com razão sempre criticou nestes adversários.
O PMDB foi à Tv e rádio para seu Reality Show: Eduardo
Cunha, Renan, Padilha, Romero Jucá... com Temer, e por Temer, em nome dos
"sonhos" e da "verdade".
Não se ouviu nem uma panela.
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